Na secção de opinião do Diário de Notícias
Os Estados Unidos, a China e a Europa: um tripé manco e inseguro (dn.pt)
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Os Estados Unidos, a China e a Europa: um tripé manco e inseguro (dn.pt)
O meu texto de ontem no Diário de Notícias, em que falava de Robert Mugabe e de Donald Trump, despertou interesse. Curiosamente, a versão em inglês, traduzida em segundos por meio de Inteligência Artificial e editada por mim, atraiu quase um milhar de leitores.
As duas mensagens principais por detrás das palavras escritas eram as seguintes: primeiro, que é preciso lutar pela democracia todos os dias; segundo, que a União Europeia deve dar uma prioridade absoluta às actividades que reforcem a sua coesão interna.
Claro que havia outras mensagens. Mas parece-me importante sublinhar essas duas.
Também quero esclarecer que as minhas crónicas procuram ser um misto de análise combinada com a promoção de uma certa maneira de ver a política. Não se trata de exercícios académicos. Igualmente, não são expressões de vaidade. Na verdade, o objectivo é construir um pensamento novo, que contribua para o progresso social e para o respeito por cada uma das pessoas. A análise é, por isso, enviesada. Mas no bom sentido.
O Diário de Notícias voltou às bancas hoje, no dia em que perfaz 156 anos de existência. A partir de agora, volta a estar presente nas nossas vidas, com o seu cheiro a tinta fresca e com uma qualidade que fazem desse diário uma referência.
É uma boa notícia. A sua publicação quotidiana exigirá um grande esforço por parte de todos os que nele labutam ou com ele colaboram. Sei que estão prontos para o desafio.
Entretanto, a edição comemorativa de hoje era vendida com acompanhamento: trazia como oferta, para que se pudesse celebrar o aniversário com estilo, uma pequena garrafa de espumante. Lá foi, à saúde de todos e ao bom sucesso do projecto DN.
https://www.dn.pt/edicao-do-dia/22-ago-2020/de-regresso-aos-imponderaveis-12542100.html
Deixo acima o link para o meu texto de reflexão desta semana, publicado na edição impressa do Diário de Notícias de sábado, 22 de agosto.
Convido à leitura e ao comentário. A parte do comentário é muito impostante para mim. Um dos meus leitores sugere, por exemplo, que escreva da próxima vez sobre a Turquia. Respondo que só de pensar no título da coisa já fico a tremer. É um grande problema.
A comunicação social marca a agenda política, define as prioridades. Mesmo nestes tempos que são de vésperas de eleições. E, ao que parece, a questão fundamental, neste Portugal de setembro de 2015, centra-se numa interrogação profunda: o homem vai falar antes ou depois das legislativas?
Abençoado o país que tem essa questão como o foco das preocupações.
Por isso, ontem ao fim do dia, recebi uma chamada de um diário de referência que queria saber a minha opinião sobre o assunto. E ela lá está, com todas as letras, bem impressa, ao lado de mais uma série de opiniões de gente mais ou menos ilustre.
Isto, mais o Sol do dia de hoje, faz de nós um povo no caminho certo.
Mário Soares repete a mesma lengalenga cada terça-feira que passa. Os seus escritos no Diário de Notícias empobrecem o debate político e diminuem a estatura do grande homem político que ele foi. São uma tristeza.
Aqui, como em muitas outras áreas de trabalho e de intervenção social, é preciso saber quando chegou o momento de arrumar as ferramentas. Nalguns casos, como bem poderia ter sido o de Soares, o avanço da idade é, acima de tudo, uma oportunidade para uma viragem. Sai-se da luta do quotidiano e batalha-se pelas grandes causas e pelas ideias generosas.
Esse, sim, é um fim de vida nobre e digno, à altura dos grandes deste mundo.
Em democracia, mesmo num país descontente como Portugal, não se pode admitir que uma personalidade política de monta utilize o espaço que um diário de prestígio nacional lhe concede para fazer apelos à sedição. Isso é um crime e deve ser tratado como tal.
Na sua coluna desta semana no Diário de Notícias, Mário Soares passa uma parte do seu escrito a incitar os militares à rebelião contra o poder político que está no governo neste momento. Termina mesmo dizendo o seguinte, num apelo claro à sublevação dos militares contra o ministro da Defesa:
“Quanto tempo mais vão tolerar as Forças Armadas, as quais só têm sido por ele humilhadas?”
Para além do carácter torcido da frase, é preciso que fique claro que, em democracia e na UE, este tipo de posições públicas, assumidas por uma personalidade política influente, é inaceitável. Por mais incompetente que seja o poder político, um apelo destes está fora das regras de um Estado de direito.
Depois de ter lido a crónica semanal de Mário Soares, no DN, encontrei um resumo à altura: patético!
As duas páginas de opinião do Diário de Notícias de hoje são lixo. A da esquerda publica um artigo intragável, confuso e superficial da autoria de Adriano Moreira. A da direita tem um texto “revoltado”, que tudo trata pela rama e sem conhecimento adequado, escrito por um maestro que recentemente teve um problema relacionado com abuso de confiança, pelo modo como parece ter gerido uma instituição em proveito próprio. Agora, diz-nos que já basta de malfeitorias políticas.
Faz dó ver o DN assim.
A edição de hoje do Diário de Notícias deixa o leitor comum totalmente revoltado. São páginas e páginas a contar histórias de corrupção e de práticas desonestas nas autarquias portuguesas. De Lisboa ao canto mais escondido do país. Depois remata com uma entrevista com o presidente do Tribunal de Contas (TC), Guilherme d’Oliveira Martins, que diz, entre outras coisas “ que o poder local não é um viveiro de corrupção, está é mais exposto”. Assim mesmo. Quem não acredite, veja a página 16.
Dizer que tudo isto é uma vergonha não serve de nada. É que, de facto, não há vergonha nem moralidade no poder local e na política portuguesa.
Andam a gozar com os portugueses, a aproveitar-se da democracia e arruinar o país. E os casos contados não serão mais do que uma pequena amostra da situação real.
E as instituições que deveriam fazer a supervisão do poder local, como os serviços de inspecção do Ministério da Administração Interna, ou o TC, são ou incompetentes ou coniventes. Ou estão tão sobrecarregadas, que não chegam para as encomendas.
Não é esta a vivência democrática que os portugueses desejam. Não é este tipo de poder que serve o país. É tempo de dizer basta!
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