Sob a coordenação de Hélder Beja, a jornalista baseada em Macau Catarina Domingues continua a ser a minha interlocutora semanal sobre questões europeias. Fá-lo com grande nível. Aprecio imenso a maneira como organiza o programa Magazine Europa e as questões que me coloca. Cada programa é um desafio.
Esta semana falámos novamente da Rússia e do caso Skripal, bem como sobre a Turquia, a natalidade, o aborto e a Igreja Católica na Polónia e ainda sobre o envelhecimento das populações europeias.
Depois de uma tarde de viagens, estou de novo no Norte da Europa, para voltar a notar que estas economias europeias mais desenvolvidas têm, como um dos seus pilares, a imigração. Gente muito nova, de muitos cantos do mundo, faz todo um tipo de trabalhos pouco atraentes. A sua presença permite a vários sectores de actividade económica continuar com as portas abertas e ser viáveis. A energia e vontade de trabalhar destes jovens são bem visíveis. São um exemplo.
A contribuição da mão-de-obra estrangeira é fundamental para a sustentação da Europa. O que não que dizer que não haja hoje mais xenofobia que há quatro ou cinco anos atrás. A verdade é que a imigração vai continuar. Um dia talvez se chegue a uma situação, nalguns destes países, em que a maioria dos jovens serão de origem estrangeira e a maioria dos nacionais, dos autóctones, estará próxima ou já na terceira idade.