Arrancado a ferros
A minha breve intervenção de ontem na CNN P
Muito agradecido ao jornalista André Carvalho Ramos, o pivô do programa.
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A minha breve intervenção de ontem na CNN P
Muito agradecido ao jornalista André Carvalho Ramos, o pivô do programa.
A minha intervenção de hoje na CNN P
Acabei por ser entrevistado por três canais televisivos: SIC Notícias, CNN P, e RTP 3. Tudo sobre a Finlândia e a sua adesão à NATO. E tudo para dizer que não se trata de uma vitória em relação a Vladimir Putin. Foi simplesmente a expressão da vontade soberana do povo finlandês. Ou seja, o exercício de um processo de soberania nacional. Nada mais. Os finlandeses têm o direito de decidir o que pensam ser a melhor opção para a sua defesa.
https://www.dn.pt/opiniao/a-paz-na-ucrania-uma-pergunta-a-espera-de-resposta-15768884.html
Este é o link para a minha crónica de hoje no Diário de Notícias.
Cito de seguida umas linhas do meu texto. É costume proceder assim.
"A conclusão é que estamos longe do início de um processo de paz. Antes pelo contrário, infelizmente. Putin acredita numa vitória militar e aposta no fator tempo: precisa de tempo para estar em vantagem. Ora, é exatamente isso que não lhe podemos oferecer. Se não há paz, se ninguém consegue mediar, tem de haver ação, movimento e rapidez, e a conjugação de todos os meios possíveis, incluindo o fomento de divisões e confusão no centro do poder russo."
https://www.dn.pt/opiniao/notas-a-margem-da-cimeira-da-nato-14982822.html
Este é o link para a minha crónica de hoje no Diário de Notícias. Cito, de seguida, um parágrafo do meu texto.
"Para além da aprovação do novo conceito estratégico, o desfecho do que está a acontecer na Ucrânia é que será verdadeiramente transformador. A cimeira de Madrid reconheceu que não se pode deixar a Rússia vencer o conflito que provocou. Nos tempos de hoje, a violação da lei e da ordem internacionais não deve trazer vantagens para o infrator. Já a reunião do G7, uma cimeira algo confusa nas vésperas do encontro de Madrid, havia chegado à mesma conclusão. Mas uma declaração desse tipo só tem valor se for traduzida em ações concretas que impeçam a vitória de Moscovo."
https://www.dn.pt/opiniao/a-uniao-europeia-no-caminho-do-colapso-13963761.html
Este é o link para a minha crónica de hoje, publicada no Diário de Notícias. O título é uma chamada de atenção para a necessidade de firmeza quando se trata de defender e fazer aplicar os valores em que assenta a União Europeia. O texto concentra-se numa análise de duas grandes ameaças internas para a estabilidade e a credibilidade da União - o húngaro Orbán e o polaco Kaczynski - e da enorme ameaça externa que Erdogan representa.
Cito uma extracto do meu texto, como é habitual.
"A luta contra a corrupção e pelo bom funcionamento da justiça, sobretudo a sua independência, são dois aspetos fundamentais do projeto europeu."
O Presidente turco mandou bombardear um campo de refugiados curdos localizado bem no interior do Iraque. Estes curdos fugiram de perseguições na Turquia, tendo encontrado protecção no país vizinho, com o apoio de várias agências humanitárias e da ONU. Ao ordenar o ataque de hoje, Erdogan violou aspectos importantes da lei internacional e cometeu vários crimes, incluindo o crime gravíssimo de matar e ferir refugiados instalados num campo reconhecido pela comunidade internacional. A NATO não pode ter um membro assim.
Do outro lado do mundo, nos EUA, o ex-presidente Donald Trump falará daqui a pouco aos militantes do Partido Republicano. Espera-se todo um chorrilho de mentiras e de falsas acusações. Entretanto, o partido está mais louco do que nunca. Completamente dominado pelas fantasias de Trump, fez circular uma nova teoria conspirativa: durante a eleição de Novembro, os italianos enviaram drones que iam transformando cada voto por Trump num voto para Biden. É mais uma invenção extravagante, mas a verdade é que muitos eleitores republicanos acreditam nestas idiotices. O partido está num estado absolutamente lamentável. E Trump aproveita-se disso.
Mais ao sul, no martirizado Burkina Faso, aconteceu um novo extermínio de civis indefesos. A sua aldeia foi atacada por terroristas durante a noite passada. Ainda não se sabe exactamente quantas pessoas foram mortas, mas o número é superior a 135. Este ataque lembra-nos o drama que certas populações do Sahel estão a viver. Também nos diz que a insegurança continua a crescer. Com ela, vem mais miséria, deslocamentos de população, mais sofrimento.
Entretanto, decorreu a reunião dos ministros das finanças do G7. Houve acordo quanto à urgência de fazer pagar impostos às grandes corporações mundiais. É um passo em frente. Mas há que tornar a decisão efectiva. E isso irá demorar.
Na véspera do 75º aniversário da fundação da Organização das Nações Unidas, a assinatura de um cessar-fogo permanente na Líbia é uma excelente prenda de aniversário. Foi a missão da ONU nesse país, que está em guerra civil há nove anos, que conseguiu fazer sentar à mesma mesa as duas facções rivais e promoveu o acordo. É uma grande vitória para a ONU, nestes tempos em que os sucessos têm sido parcos. Agora, há que continuar o processo de negociações e criar as condições políticas para que o cessar-fogo seja respeitado.
Entretanto, o Presidente Erdogan mostrou que não está interessado na resolução da crise Líbia. Criticou o cessar-fogo. Ora, o momento exige que se apoie a vontade das partes em conflito. Começar, desde já, a duvidar da sinceridade dos líderes líbios só pode ter consequências negativas.
Terminamos o dia com uma situação muito complicada no Mar Mediterrâneo Oriental. O exercício conjunto, que a Grécia está a levar a cabo, com a participação das forças armadas de Chipre, França e Itália, é uma resposta forte à Turquia, que prolongou a prospeção de gás em águas contestadas pela Grécia. Trata-se, acima de tudo, de uma escalada do conflito que opõe os dois vizinhos, a Grécia e a Turquia.
https://www.dn.pt/edicao-do-dia/22-ago-2020/de-regresso-aos-imponderaveis-12542100.html
Deixo acima o link para o meu texto de reflexão desta semana, publicado na edição impressa do Diário de Notícias de sábado, 22 de agosto.
Convido à leitura e ao comentário. A parte do comentário é muito impostante para mim. Um dos meus leitores sugere, por exemplo, que escreva da próxima vez sobre a Turquia. Respondo que só de pensar no título da coisa já fico a tremer. É um grande problema.
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