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Vistas largas

Crescemos quando abrimos horizontes

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O atentado que complica ainda mais

O atentado suicida junto a uma das entradas do aeroporto de Cabul mostra, uma vez mais, que para certos fanáticos não existem limites. A sua leitura extremista da religião, do inimigo e da política leva-os a praticar verdadeiras chacinas, como aconteceu esta tarde. É uma leitura incompreensível para quem acredita no valor da vida. Também é um comportamento muito difícil de combater, porque esses indivíduos estão dispostos a tudo, inclusive a sacrificar a sua própria vida.

Não é ainda claro que grupo levou a cabo este acto inumano. Terá sido uma facção ligada ao Estado Islâmico, que é profundamente inimigo não apenas dos ocidentais, mas também dos talibãs.

De qualquer modo, este crime abominável veio complicar ainda mais uma situação que já era altamente complicada. E dar uma indicação do que poderá ser o Afeganistão dos próximos tempos, em termos de lutas entre grupos rivais, de viveiro de extremismos e de perigos para o cidadão comum.

 

A decapitação do Estado Islâmico

O grupo terrorista Estado Islâmico anunciou hoje o nome do seu novo “Califa”, bem como do novo porta-voz. Não sabemos ainda quem se esconde por detrás dos nomes anunciados, quem são de facto essas pessoas. O tempo dirá.

Mas haverá duas verdades que convirá ter em conta.

Por um lado, nos últimos meses, muitos dos seus principais líderes foram eliminados. Chama-se a isso “decapitar” a organização, destruir o seu núcleo dirigente. O impacto dessas acções de decapitação é difícil de medir. Existem várias dissertações sobre o assunto, com conclusões divergentes. Apesar disso, deve reconhecer-se que a morte desses dirigentes deve ter abalado profundamente a organização, sobretudo nesta fase de acumulação de derrotas. Creio poder dizer, sem grandes hesitações, que a estrutura existente na Síria e na fronteira com o Iraque está bastante esfarrapada.

A outra dimensão tem que ver como as ameaças futuras. Seria um erro pensar que, depois de todos estes assassinatos, a organização deixou de ter capacidade para planear e levar a cabo atentados terroristas. O perigo continua a existir, na Síria, à volta da Síria e para além da região. Existem células clandestinas e existe um meio social e político propício a este tipo de radicalismo extremamente violento, vingativo e fanático. Por isso, a luta contra o Estado Islâmico não pode, de modo algum, ser dada como ganha.

E aqui convém lembrar que os aliados mais efectivos na prossecução desse combate são os combatentes curdos na Síria. A Europa, e não só, tem que mostrar que é fiel à aliança que precisa de manter com essas milícias curdas.

 

A semana europeia na Rádio Macau

No Magazine Europa desta semana, difundido às terças-feiras pela Rádio Macau, os meus comentários são sobre a Grécia e as suas relações com o Eurogrupo, no quadro das negociações um terceiro resgate; depois, trata-se de fazer o ponto da situação sobre o Brexit, agora que as regras e os contornos, do lado europeu, ficaram mais claros; finalmente, debruço-me, sem cair na repetição do que por aí se diz, sobre o impacto que os 59 Tomahawks de Donald Trump estão a ter no relacionamento da UE com os EUA e a Rússia.

O link para a edição de hoje é o seguinte:

 goo.gl/aLUN5e

A estratégia americana

Analistas de política internacional continuam hoje a dizer que Donald Trump “não tem a mínima estratégia para a Síria”.

Penso que é uma leitura errada. A minha análise é outra.

O elemento fundamental da política americana na região da Síria e do Iraque assenta no combate aos terroristas do Estado Islâmico. Isso significa a continuação do apoio às forças armadas do Iraque e, na Síria, aos curdos e outros grupos aliados.

Os russos sabem que assim é e estão satisfeitos com a opção tomada em Washington.

O resto é teatro.

Mas também é um facto que o Presidente americano parece ter decidido seguir de um modo mais disciplinado as recomendações de estratégia internacional formuladas pelo Conselho Nacional de Segurança. Isso mostra o poder crescente e a capacidade de liderança do General Herbert McMaster, que lidera esse Conselho. McMaster é um militar com uma carreira brilhante, opiniões claras e um grande sentido de estratégia. Conseguiu não só afastar do CNS o louco que é Stephen Bannon como afirmar a sua autoridade e a dos principais dirigentes das áreas da defesa e da inteligência.

Podemos não estar de acordo com as opções tomadas. Mas aqui há agora um pensamento estruturado. Resulta de uma mudança do processo decisório no seio do CNS e do peso que esta estrutura da Casa Branca ganhou em matéria de política externa, sobretudo nos casos de conflitos de maior importância para os EUA.

E há também um certo entrar nos carris do comportamento público de Trump em matérias deste tipo. A personalidade que o define poderá levar a descarrilamentos. Mas, no essencial, o Presidente está a perceber que nestas coisas do poder há que jogar com base nas recomendações vindas das instituições e de quem sabe.

Sobre a defesa da Europa

Um dos líderes mais importantes do grupo terrorista “Estado Islâmico” foi morto perto de Alepo, na Síria. Foi um tiro de precisão, disparado por um drone militar americano. Por detrás deste tiro, deve reconhecer-se que existe toda uma máquina de guerra que não tem paralelo no mundo. Nomeadamente, quando se trata da selecção, da recolha de informações em território hostil, do seguimento e da acção contra alvos muito precisos, como foi agora o caso. Chama-se a isso “targetting”. E essa é uma das deficiências que encontramos nas forças armadas europeias, que não têm uma capacidade equivalente. E é isso que eu não me canso de lembrar aos que na UE falam da criação de uma organização comum de defesa. Há muitas coisas que poderíamos por em comum, em matéria de defesa, é verdade. Mas isso não implica a criação de uma estrutura militar paralela à NATO, uma estrutura que do ponto de vista operacional teria esta e muitas outras lacunas.

 

Ir ao teatro em Bruxelas

Bruxelas continua a viver ao ralenti. O choque foi extremamente violento. Recuperar leva algum tempo. Mas os cidadãos têm sabido manter a serenidade.

Ontem, por exemplo, fui ao teatro, como estava previsto há bastante tempo. A sala estava quase cheia, poucos foram os que tiveram receio e preferiram ficar em casa.

Ora, o teatro, uma instituição muito conhecida, com três peças a correrem cada serão, está situado num bairro marcadamente “estrangeiro”, quase inteiramente muçulmano, Saint Josse, para quem conhece Bruxelas.

Uma boa parte dos espectadores são pessoas de “uma certa idade”, gente que já tem muita experiência da reforma, muitos anos de pensionista. Lá estavam, ontem, como das outras vezes. E os mais jovens também.

Eu olhava para aquela grande sala, e pensava na tragédia que seria se alguém resolvesse lançar alguma coisa no meio daquela gente. É difícil não pensar assim. Estamos todos obcecados pelas hipóteses de mais atentados.

Mas, no final, a vida continua e o espectáculo não pode parar.

Esta sim, esta é que é a normalidade. O terrorismo não é nem nunca será a normalidade, nem nova nem velha. É uma aberração de doentes e criminosos.

 

 

 

Bruxelas

De Bruxelas, preocupado mas com calma

Victor Ângelo

 

 

                Esta semana, o meu plano era escrever sobre as ameaças terroristas. Parecia-me lógico, no seguimento das operações policiais de há dias, aqui em Bruxelas, que levaram à detenção do homem mais procurado na Europa, Salah Abdeslam, o bombista de Paris que resolvera não fazer detonar a sua cintura de explosivos. E ainda ontem, no meu programa semanal sobre assuntos europeus, produzido para a Rádio TDM de Macau, tive a oportunidade de referir que seriam de prever novos atentados, nos próximos tempos. Não apenas por causa da captura de Salah, que parece disposto a abrir a boca e a contar umas coisas, que serão certamente de grande interesse para a polícia, mas também porque o famigerado Estado Islâmico está cada vez mais acossado. Quando isso acontece, a sua liderança gosta de lançar a confusão noutras terras, nomeadamente na Europa.

            Não imaginava eu que essa possibilidade de mais atos de terror iria materializar-se tão cedo, ou seja, hoje, ao começo do dia de trabalho nesta cidade que se tornou uma pequena loucura de movimento de gentes e de viaturas nas horas de ponta. O aeroporto nacional, por volta das oito da manhã, de semana, está sempre num rodopio, gente que chega e que sai, muitos em viagens curtas, com regresso ao fim do dia, para ir assistir a uma reunião aqui e acolá. Também o faço muitas vezes. Bruxelas está geograficamente, e não apenas politicamente, no centro da Europa, e o aeroporto é uma placa giratória importante, muita gente jovem e outros no auge da vida ativa a chegar e a partir ao começo do dia.

            Quem decidiu colocar as três bombas no aeroporto, a essa hora, sabia que essa ação teria um efeito máximo. Uma vez mais, o inimigo mostrou capacidade de planeamento e de escolha dos alvos de maior impacto político, mediático e, desta vez, económico.

            E mostrou mais. Ao decidir fazer explodir, uma hora e picos depois, uma outra bomba na estação do metropolitano de Maelbeek, em pleno coração do distrito europeu e numa altura de muita passagem de pessoas, fez-nos lembrar que a união dos europeus, o projeto comum, é um alvo. Enfraquecer a UE, pôr em causa a sua imagem e, acima de tudo, a sua capacidade de resposta em matéria de segurança, interessa a muita gente, e seguramente aos terroristas do Estado Islâmico.

            E alguns idiotas do Brexit também. É verdade e fiquei chocado. Houve logo quem aproveitasse, no Reino Unido, e tentasse tirar partido dos trágicos acontecimentos de Bruxelas para fazer uma vez mais campanha pelo Não, pela saída da UE, dizendo que Bruxelas e a Europa não são terras seguras.

            São, sim senhor. Foi aliás isso que disse a muitos dos meus amigos, espalhados por vários cantos do mundo, que me telefonaram para perguntar se eu estava são e salvo. Estou, sim. Abalado, preocupado, triste perante o sofrimento de tantos, mas determinado e confiante.

            E estaremos todos assim, apesar do terrorismo, se mantivermos um rumo firme na cooperação europeia em matéria de segurança e de política internacional. Há aqui um desafio de liderança, mas é uma batalha que com o tempo pode ser ganha. Nestas coisas, quem perde, mais tarde ou mais cedo, são os terroristas e todos os radicais extremistas e violentos. E seríamos nós, também, se entrássemos em pânico.

 

(Texto que acabo de publicar na Visão on line sobre os dramáticos acontecimentos de hoje em Bruxelas)

Combater o Daesh

Contra o “Estado Islâmico”

            Victor Ângelo

 

            Escrevo enquanto decorre em Bruxelas uma reunião de alto nível para coordenar as ações futuras contra o Daesh, o grupo terrorista que gosta de se autointitular de “Estado Islâmico” (EI). Estão presentes os vinte e sete países – e mais uma mão cheia de penduras – que se dispuseram a participar na coligação militar que combate o EI. Ainda assim, a contribuição de alguns destes governos tem sido meramente simbólica. Na verdade, há vários membros da coligação que não consideram a derrota dos terroristas do EI como uma prioridade nacional. Fazem de conta. Por isso, convém recordar as razões que justificam a intervenção internacional. Trata-se, por um lado, de libertar da opressão mais desumana as populações dos territórios ocupados na Síria e no Iraque. Por outro, de uma questão de legítima defesa e de interesse estratégico, tendo em conta a ameaça que o EI efetivamente representa, quer no Médio Oriente quer noutras partes do mundo, em especial na Europa e no Norte de África.

            Não tenhamos ilusões. Continuaremos a assistir a uma coligação incoerente. Mas há que apreciar cada tentativa que procure dar-lhe algum nexo. O EI é um perigo que deve ser levado muito a sério.

            Reconheço, porém, que combater o EI no terreno é uma missão de grande complexidade – sublinho de grande complexidade – e com riscos elevados. Mas têm-se registado alguns progressos, nos últimos tempos. A pressão evoluiu no sentido de colocar o grupo na defensiva. O EI perdeu recursos, quadros e território. É fundamental continuar nessa via. Para além dos bombardeamentos aéreos e dos ataques a alvos precisos com drones, deve-se investir mais na recolha e análise de informações e na infiltração no terreno de pequenos grupos de militares de elite. Assim, e sem esquecer o papel muito significativo que as Forças Especiais americanas, britânicas e alemãs já estão a desempenhar, é essencial proceder sem mais demoras à mobilização de comandos árabes sunitas. Viriam em reforço das unidades iraquianas e em complemento das operações levadas a cabo pelos combatentes curdos. O assunto está em cima da mesa, agora que vários estados da região anunciaram, nas vésperas da reunião de Bruxelas, que estariam dispostos a enviar tropas de infantaria para a frente de combate. Será ver para crer, como diria o outro, pois duvido bem que isso venha a acontecer. De qualquer modo, se acontecesse colocaria sempre uma ressalva, no que diz respeito à Arábia Saudita. Qualquer destacamento saudita tem que ser visto à luz das rivalidades já existentes com o Irão, que está alinhado com o regime de Damasco. Sem esquecer, para mais, a proximidade que existe entre Bagdade e Teerão, o que torna impensável qualquer presença saudita nas terras iraquianas.  

            Outro tema em debate tem que ver com a definição dos alvos prioritários, no ataque à cadeia de comando do EI. A minha opinião é que os esforços, nesta fase, devem ser concentrados na neutralização dos quadros intermédios do aparelho terrorista, em especial os de origem europeia e outros estrangeiros. Esses quadros constituem uma malha importante no sistema de controlo territorial e no recrutamento de novos combatentes vindos de fora. São, ao mesmo tempo, alvos mais fáceis de identificar – se alguma coisa pode ser considerada fácil, nesta campanha contra um inimigo bem organizado e disposto a tudo. A eliminação desses quadros enfraquecerá a cadeia de comando, desencorajará outros candidatos europeus, e acabará por isolar e expor o topo da organização. Dito isto, é também evidente que se deve explorar toda e qualquer oportunidade que possa surgir e que leve à destruição da liderança do EI.

            Apesar de tudo, espera-se que o encontro de Bruxelas resulte num maior empenho de alguns. E que se vá além das dimensões militares. Ao nível do terreno, será importante contribuir para a reconstrução das cidades e vilas que entretanto foram recapturadas pelas forças da coligação e que estão sob administração iraquiana. O restabelecimento, na medida do possível, de um certo grau de normalidade faz parte da luta contra os extremistas.

            Chegámos aliás ao momento em que é preciso começar a discutir esta crise de modo compreensivo. Há que pensar nas dimensões políticas. Incluindo, ouso acrescentar, na autonomia das regiões libertadas, no respeito pelos direitos das pessoas e dos grupos étnicos, incluindo os curdos, talvez mesmo no possível desenho de um novo mapa político para a região.

 

(Artigo que publiquei hoje na Visão on line)

Não se acredita que estejamos preparados

Os terroristas do Estado Islâmico devem ser levados a sério. As suas ameaças, quando proferidas de modo formal e em nome do grupo, agitam as polícias europeias. São analisadas com cuidado. Recentemente, os serviços secretos ingleses responderam com meios excepcionais de investigação a uma ameaça contida numa mensagem gravada em vídeo.

Também recentemente houve uma referência concreta a um possível ataque à Península Ibérica. Isso veio aumentar o nível de inquietação que já existe em relação a Portugal. Vários serviços estrangeiros pensam que o nosso país é um elo fraco na prevenção do terrorismo. Não há meios suficientes nem autoridade legal para fazer aquilo que noutros países da UE se faz. Faltam a coragem política e o realismo a quem tem o poder em Portugal. Os tempos e os riscos mudaram, mas os dirigentes do país continuam a viver num quadro de ideias e práticas que já há muito que passou à história.

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