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Vistas largas

Crescemos quando abrimos horizontes

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As estimativas criativas e falsas

Explicava hoje a uma pessoa amiga, universitário atento aos acontecimentos do quotidiano, que os números que são citados sobre a percentagem de pessoas de religião muçulmana residentes em França ou na Bélgica, bem como noutras partes da União Europeia, são meras estimativas. Muitas vezes não têm qualquer base científica e não seriam aceites pelo mais comum dos técnicos estatísticos. Os recenseamentos da população há muito que deixaram de perguntar aos cidadãos a religião que praticam ou com que se identificam.

Convém, por isso, ser prudente com os “dados” que por aí surgem.

E não esquecer que existe uma tendência para inventar números que não se conhecem. Quando andei pelas coisas da estatística, vi muitos exemplos desses.

Também é verdade que a repetição, por várias personalidades públicas, da mesma estimativa inconsequente acaba por dar ao valor uma credibilidade que não se justifica.

Estamos numa época em que a repetição das mesmas ideias erradas por muitos acaba por dar a esses erros um cunho de verdade indiscutível.

Estatísticas do crime

Tenho muitas dúvidas sobre a maneira como as estatísticas sobre a criminalidade e os incidentes de segurança são coligidas em Portugal. Receio que a dispersão das forças policiais, que nos caracteriza, se traduza numa situação em que os dados recolhidos por cada entidade se mantêm dispersos, acabando por não ser integrados numa base única e coerente.

 

Estarei enganado? 

Um discurso de partir narizes

 

Procedi ontem à condecoração dos 400 militares irlandeses que servem na missão que dirijo.  Foi na sede do sector Sul, em Goz Beida. Uma localidade amena, longe do deserto. Com temperaturas mais fáceis de suportar.

 

Embora esta seja a estação das chuvas, por isso, menos quente, foi decidido fazer a parada às 08:30, antes da hora de maior calor. Em trinta e cinco minutos, que foi quanto durou a cerimónia, 51 militares tiveram que ser evacuados, por se sentirem mal ou mesmo, por haverem perdido os sentidos. Quando discursava às tropas, o capitão que comandava a primeira companhia, e que estava mesmo à minha frente, desmaiou e caiu para a frente, como se fosse uma tábua. Tinha estado a chover umas horas antes e a terra estava fofa. Não impediu, no entanto, a fractura do nariz. Levaram-no para a enfermaria, inconsciente e enlameado.

 

A temperatura era apenas de 36 graus, em virtude da hora matinal. Mas para um irlandês, que sonha com as chuvas frias da sua terra, são muitos graus.

 

Fez-me impressão estar a discursar e a ver os homens a cair. Não era o poder da palavra. Depois de quatro meses no Chade, os soldados da Irlanda ainda não sabem resistir aos raios solares. Mas são uns militares excelentes, muito apreciados por todos os humanitários e pelos refugiados que beneficiam da sua protecção.

 

Falámos rapidamente do referendo sobre o Tratado de Lisboa. A grande maioria destes militares aprova o texto e acredita que o Sim tem hipóteses.

Contracções e os habituais favores da LUSA

O INE publicou os dados sobre a diminuição do PIB no terceiro trimestre deste ano e sobre a descida na taxa de cobertura das nossas importações, um facto que só por si é bem preocupante. Uma economia que não cresce e que vê a sua capacidade de financiamento das importações diminuir deveria causar certas dores de cabeça.

 

Mas não!

 

Mais ainda. Logo a Lusa se mostrou solícita, como sempre.  A sua missão é pôr água na fervura. Conseguiu descobrir uns economistas portugueses que, ao discorrerem sobre o crescimento negativo da nossa economia  e as suas perspectivas para 2009, consideram que a recessão não será muito prolongada, nem demasiado profunda.

 

É como que uma gripe invernal...

Serão certamente da mesma escola do Governador do Banco de Portugal, que só a muito custo, e por insistência dos jornalistas, falou hoje da possibilidade de uma " recessão "técnica ".

 

Nesse caso, todas as aflições por essa Europa fora, nos Estados Unidos, na China, até a Índia acaba de adoptar um plano de emergência, as intervenções de urgência, estão pura e simplesmente a exagerar a crise? Serão apenas exaltações sem fundamento?

 

Por que será que certos senhores nossos têm tanto medo da realidade que Portugal vive?

 

 

Contadores...politicos...

 

No dia em que resolvi colocar um contador no meu blog, o INE apareceu também com algumas estatísticas bem reveladoras. Por exemplo, que cerca de metade dos trabalhadores portugueses por conta de outrem – ou seja, 1,7 milhões de empregados – leva para casa, no final do mês, um salário de menos de 600 Euros, como miséria liquida.
 
Com um custo de vida equivalente ao resto da zona Euro, mas com salários bem mais baixos, muitas das famílias portuguesas  vegetam no patamar da pobreza, sobrevivendo apenas 'a custa de muitos sacrifícios e privações. Ou seja, com uma qualidade de vida que, comparada aos padrões europeus, e' péssima. Basta ver o frio que faz nas casas portuguesas, no Inverno, para se saber qual e' uma das áreas em que as famílias se sentem obrigadas a suprimir as despesas.
 
A pobreza continua a ser uma das questões políticas mais centrais no Portugal de hoje.
 
Outro dado do INE teve que ver com o crescimento económico no segundo trimestre deste ano. Com uma taxa de crescimento de 0.7%, a nossa economia ficou muito aquém do resto da zona Euro, que cresceu a um ritmo de 1,4%.
 
Mas o mais interessante foi ver o despacho que a LUSA deu ao assunto. Como título de uma prosa intragável, a exigir repetidas leituras, os nossos amigos da LUSA conseguiram dizer que a economia portuguesa, no seu agregado, se tinha comportado melhor do que as restantes da zona.
 
O que safa a LUSA e' que os tais 50% dos portugueses que são explorados mensalmente até ao miolo não têm dinheiro para perder tempo a ler as prosas rosa dos arautos oficiosos.
 

 

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