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Vistas largas

Crescemos quando abrimos horizontes

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Crescemos quando abrimos horizontes

Homenagem à C. M. de Lisboa

Como ontem escrevi sobre a falta de limpeza das ruas e 'parques', o desleixo em que a cidade se encontra, e a incompetência bem flagrante do executivo camarário de Lisboa, pensei que talvez fosse de bom tom, hoje, enviar um pequeno postal ilustrado aos senhores vereadores e a alguns dos muitos chefes de secção da burocracia municipal. Como que um gesto simbólico.

 

 

Copyright V. Ângelo

 

 

Remodelar, dirigir, mostrar quem manda

Gordon Brown remodelou o seu governo. Trouxe para o Executivo um ou dois pesos pesados da Partido Trabalhista, como Mandelson e Beckett. Gente experiente, que se junta a uma equipa demasiado verde em assuntos de governação, determinada, com opiniões claras e sem medo nos olhos.

 

Em ambos os casos, a razão politica prevaleceu, já que os novos ministros são velhas caras do tempo de Blair. Gente com quem Brown havido tido pegas politicas do tipo bota-a-baixo que eu já chamo o pessoal da bênção final, do género vale tudo mesmo tirar olhos. Disputas e facadas politicas de caixao-'a-cova.

 

Mas reconheceu que em política há que ser realista. O que conta são os aliados fortes, as alianças estratégicas, que trazem ideias novas, saber, e permitem angariar apoio eleitoral.  Aliados que passem bem nos media. Criar inimigos não leva  a parte alguma.

 

O nosso Sócrates deveria também pensar numa remodelação, a exemplo de Brown. Não e' que o Executivo português esteja num estado tão critico como o Partido de Brown. Mas uma remodelação permite mostrar que o PM continua a ser o chefe, o líder, e, muito especialmente, que esta' atento 'as criticas que vão surgindo. Sobretudo depois das performances ridículas de certos ministros e do desgaste púbico de outros.

 

Não vale a pena falar de nomes, os casos mais evidentes são amplamente conhecidos.

 

Em politica, não querer ver, e fingir-se que se e' surdo, mostra arrogância e leva 'a derrota eleitoral. 

 

 

 

As obras, os recuos e as faltas de caco

A verdade e' que a história económica revela que os grandes projectos de infra-estrutura têm sempre um efeito multiplicador, se forem administrados como devem ser.

 

Se os custos forem controlados, se as medidas de acompanhamento e apoio aos sectores produtivos e dos serviços, na área de influência dos projectos, forem devidamente tomadas, se uma boa parte dos componentes tiverem origem nacional, se salvaguardar o emprego dos portugueses, se do projecto resultar um melhor ordenamento do território, se tudo isto for tido em conta, então vale a pena avançar com as grandes obras.

 

Hoje, um dos grandes problemas dos Estados Unidos e' que muita da infra-estrutura está velha e saturada. Faltaram os investimentos públicos.

 

Um senão, quando se trata de grandes projectos de construção civil, tem que ver com a atracção que exercem em termos da emigração não qualificada. Em muitos casos, os empregos directos que são criados acabam por ser ocupados por novas vagas de emigrantes sem qualificação profissional. Há que evitar este tipo de situação, no Portugal de hoje e do futuro.

 

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