Os desastres dos políticos
O acidente com o avião da companhia alemã Germanwings continua a dominar as notícias na nossa parte da Europa.
Esta tarde François Hollande, Angela Merkel e Mariano Rajoy visitaram o local que funciona como centro de operações, a poucos quilómetros do local do embate na montanha. Haverá quem critique estas deslocações, dizendo que mais não são do que exibição política. Se esses dirigentes tivessem decidido ficar nos seus gabinetes, à espera das notas de informação, muitos outros criticariam aquilo a que chamariam de falta de sensibilidade política.
Quando se lidera, há que saber fazer escolhas. Neste caso, a opção mais correcta era bem clara. Foi isso que os três líderes fizeram.
Vale mais pecar por excesso que por defeito. E um líder tem que mostrar empenho pessoal na resolução e esclarecimento de algo que é visto como um drama público e de grande interesse para muitos. Tem também que dar apoio aos que, com muita abnegação, intervêm na resposta a este tipo de acidentes, bombeiros, polícias, pessoal de saúde, funcionários da administração local, etc. A experiência diz-me que essas manifestações de apoio são altamente apreciadas por quem anda no terreno, ao vento e ao frio, no contacto com a dor e destruição.