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Vistas largas

Crescemos quando abrimos horizontes

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Crescemos quando abrimos horizontes

Isto dos abraços entre políticos acaba sempre mal

O Presidente da República deve ter aprendido hoje que o cargo não permite familiaridades com ninguém, e especialmente com o Primeiro-Ministro e o Presidente da Assembleia da República. A posição exige distância e formalidade. Foi isso que aprendi ao longo da vida, nos numerosos contactos com gente no poder. E foi isso que pratiquei, ao meu nível, de modo a poder tomar as decisões que se impunham, nos momentos críticos. Os abrações e beijinhos em política diminuem a autoridade e fazem pensar aos outros, incluindo aos tipos do género de António Costa, que está tudo no saco.

O que hoje aconteceu pôs em causa a autoridade do Presidente da República. É verdade que cabe ao PM escolher quem propõe como ministros. Mas depois do que Marcelo Rebelo de Sousa disse publicamente sobre o desgraçado, incompetente e atrevido chamado Galamba – um lambe-botas de Costa, uma espécie de "galambe" – a saída da crise só poderia passar pela demissão do rapazito. Ao não a aceitar, Costa entrou em desafio com Marcelo. E agora, que faz o Presidente?

Emigrar

A emigração está de novo a ser a solução de futuro para os nossos jovens. E também para os imigrantes estrangeiros, que depois de haverem passado o tempo mínimo no nosso país, o necessário para obter os documentos portugueses, emigram para a Alemanha, a Bélgica, o Luxemburgo, etc.

O programa de estágios, financiados a 50% pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP, I.P.), um serviço público pago pelos nossos impostos, é uma farsa. Os empregadores recebem os estagiários durante uns meses, a metade do custo. Quando termina o prazo, correm com eles e recomeçam com uma nova leva. Ou seja, em vez de estarmos a financiar a formação dos jovens, estamos a contribuir para o lucro das empresas. E o IEFP finge que não vê e o governo finge que não sabe.

A governação actual é cada vez mais um lançar de poeira para os olhos dos cidadãos. É uma administração que mistura incompetentes e farsantes com gente experiente mas sem grande autoridade.

Mais um passo errado

António Costa está metido numa grande encrenca, que ele tem vindo a criar de modo acelerado. Cada nova remodelação resulta numa diminuição do nível médio dos governantes. A de hoje confirmou inegavelmente essa tendência. O novo ministro das Infra-estruturas é uma espécie de ministro dos calhaus. O seu percurso político tem-no demonstrado. Também sabe provocar enxurradas políticas. Mas calhaus e enxurradas não dão credibilidade. Antes pelo contrário. Estamos perante uma costa muito inclinada.

O Presidente anda fora dos eixos

O Presidente da República admoestou publicamente, esta manhã, a ministra da Coesão Territorial, sobre a execução do PRR – Plano de Recuperação e Resiliência. Fê-lo em termos arrogantes e sobre uma matéria que não é da sua competência. Se tem alguma observação a fazer sobre o assunto, e tendo presente o seu papel institucional, deve fazê-lo através do primeiro-ministro. Mas parece que tem medo de António Costa. E assim, ataca o PM através de uma ministra que não tem a possibilidade de retorquir publicamente ao Presidente.

São este tipo de actuações que mostram a fraqueza política a que se chegou. E que indicam claramente que os políticos não sabem aproveitar as funções que desempenham para tratar daquilo que lhe caberia tratar. No caso do Presidente, uma das suas funções é a discutir com o PM aquilo que pensa que não está a ir bem e perguntar ao PM como pensa resolver o assunto.

Já ontem, no encerramento do Web Summit deste ano, Marcelo Rebelo de Sousa havia tratado de maneira disparatada o organizador do evento, puxando-o com toda a força contra ele, e pronunciado uma enxurrada de incoerências. Quem esteve na sessão, sobretudo os estrangeiros, deve ter achado que temos um Chefe de Estado bizarro.

 

Boris e o nosso Presidente

No seu discurso de renúncia, Boris Johnson falou do ”efeito de rebanho”, que terá levado dezenas e dezenas dos seus colegas de governo a sair e a pedir a demissão do Primeiro-ministro. Ou seja, mesmo na altura da queda pelo precipício abaixo, o homem não teve a humildade que se impunha. Para Boris, o génio, a culpa é dos seres normais, que não têm inteligência suficiente para apreciar as imensas qualidades que Deus lhe atribuiu, certamente à nascença.

Entretanto, o nosso Presidente da República disse que “é muito difícil governar”, nos tempos que correm. Incluindo, claro, no caso português. E para se fazer entender, mencionou a guerra na Ucrânia e todas as consequências que daí resultam.

Não estou de acordo. As populações compreendem as razões da guerra e o impacto que ela tem. Não andam nas ruas, a pedir mais e melhor. Têm mostrado um grande espírito de solidariedade. E isso não gera dificuldades aos governos.

O problema está nos governos que dão uma no cravo e outra na ferradura. Que não conseguem manter a coesão entre os seus e traçar uma linha de actuação que o povo entenda e veja como sendo a mais apropriada. O problema está nos governos apaga-fogos, que andam sempre uma curva atrasada em relação aos desafios, que não sabem prever e precaver. E também reside na prática do governar sem ouvir os outros, como se o país fosse apenas do partido que está no governo.

O Presidente da República deve servir de consciência moral e patriótica da nação, dar um sentido à nossa vida colectiva.  Não foi eleito para arranjar desculpas. Foi, sim, para unir os cidadãos e propor uma sociedade melhor.

É difícil de entender isso?

O aeroporto da confusão

Hoje, a saga do novo aeroporto de Lisboa voltou à baila. A decisão do governo é difícil de entender. E por isso fica a pergunta: por que razão não se avança tão rapidamente quanto possível para a solução de Alcochete?

A questão subsidiária é sobre a necessidade da solução intermédia. Será mesmo necessário passar pelo Montijo, por uns tempos, enquanto se pensa no arranque de Alcochete?

Tudo isto dá para ficar muito confuso.

O novo governo

Hoje tomou posse o XXIII governo constitucional. Tenho dúvidas muito sérias sobre a competência de alguns dos empossados. Nalguns casos, só lhes conheço facilidade de conversa, mas sem experiência nem substância que se veja. Mas não vou entrar no jogo dos que criticam antes de ver os resultados. Por isso, nesta fase, a única coisa que me parece razoável é desejar os maiores sucessos à nova equipa. 

Reflexões actuais

Duas breves notas políticas, tendo em conta a actualidade que se vive. Primeira: a ironia nem sempre é entendida. Pode mesmo acabar por ser utilizada contra quem a procurou utilizar. Em coisas sérias, como por exemplo em questões de defesa, é melhor ser-se claro e chamar os bois pelos nomes. Segunda: recuar, quando se tem razão, é sinal de fraqueza. Diminui a credibilidade do líder que assim procede. E a credibilidade é um bem precioso

Os dias políticos

O ministro da Defesa anda nos títulos dos jornais, pelas más razões. E o ministro dos Negócios Estrangeiros adoptou uma linha política original, perante todos os problemas que o governo tem conhecido nos últimos tempos. Diz sempre que não se passa nada, que não há motivos para alarme. Parece ter aprendido com o Presidente da República. Quanto ao Primeiro-Ministro, dir-se-ia que já anda em campanha. Está ocupadíssimo a preparar uma série de benesses, que serão aprovadas de modo a entrarem em vigor antes das eleições de fins de Janeiro.

Mais à esquerda, é o salve-se quem puder. O grande medo chama-se voto útil no Partido Socialista. A verdade é que existe o risco de se vir a assistir a uma significativa transferência de votos. Mas nada está jogado. É preciso fazer uma campanha eleitoral inteligente, que permita a esses partidos guardar o que já têm e que não é muito.

À direita, a luta pela clarificação e pela conquista de terreno vai continuar. Existe alguma possibilidade de recuperação eleitoral. Mas, para que isso aconteça, vai ser preciso muita campanha, muito contacto com as populações e a projecção de uma imagem que inspire confiança, o que não é fácil. O PSD tem um grave problema interno, que precisa de resolver. E quem sair vencedor terá que percorrer muitos quilómetros, para ser visto e ouvido. E aproveitar ao máximo a alavanca que é a cobertura televisiva.

Vai ser uma campanha eleitoral animada. Ou, pelo menos, tem a possibilidade de o ser, se houver habilidade e uma estratégia coerente, por parte de cada um dos partidos. É aí que a porca torce o rabo.

 

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