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Vistas largas

Crescemos quando abrimos horizontes

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Aprender com os ucranianos

A evolução dos períodos de guerra teve quatro momentos de viragem radical. A invenção do ferro. A introdução da pólvora. A utilização da energia atómica. E agora, a manipulação da Inteligência Artificial aplicada a todo o tipo de mísseis e outros armamentos. A guerra na Ucrânia tem mostrado a enorme capacidade dos combatentes ucranianos no que respeita à utilização dos robôs e de tudo o que se relaciona com a digitalização das armas e dos instrumentos necessários para garantir a sua legítima defesa. Esta tem sido uma das muitas lições que se tem aprendido graças à engenharia e à capacidade informática das forças armadas da Ucrânia.

Na realidade, temos aprendido mais com os ucranianos do que eles connosco. É verdade que lhes ensinámos a utilizar equipamento que não estava disponível no seu país. Mas foi tudo feito à pressa, porque a nossa capacidade de decidir se sim ou não iríamos disponibilizar esse equipamento é muito lenta. Mas mais importante ainda, nós não estávamos de modo algum preparados para uma guerra como a que os ucranianos têm de enfrentar face aos invasores russos. Nas últimas décadas, os exércitos dos países da NATO aprenderam sobretudo a combater terroristas e insurgentes. Não foram confrontados com exércitos semelhantes ao russo, o que quer dizer que não obtiveram esse tipo de experiência. Os exercícios militares que a NATO tem levado regularmente a cabo não são de modo algum suficientes para ganhar a experiência necessária para enfrentar uma força como a russa. Mais tarde, teremos de pedir aos ucranianos que treinem as forças da NATO.

As ameaças de Putin são para levar a sério

Agora já não é o simples de espírito do Dmitry Medvedev‎ que fala do uso de armas nucleares e da possibilidade de uma III Guerra Mundial. O papel dele, o de abrir essa possibilidade, terminou. Hoje foi o chefe quem falou do assunto. E não estava com um ataque de fantasia ou a tentar meter medo aos medrosos. Falava a sério. O homem que manda no Kremlin receia uma derrota no Leste da Ucrânia. E, por isso, fala da possibilidade de voltar a atacar Kyiv e de usar armas radioactivas, incluindo contra os EUA. O seu estado mental está bastante perturbado. Quando diz o que hoje disse é de se acreditar que estamos à beira de uma situação muito séria. Agora não é já só a Ucrânia que está em perigo. É todo o mundo ocidental. A começar pela Polónia e o Reino Unido, segundo parece. Neste contexto, o mundo ocidental tem de pensar a sério no que devem ser os seus próximos passos. Para começar, deve acreditar que a situação se está a complicar rapidamente.  

Notas do dia

11 de junho de 2023

Sobre a NATO:

A contraofensiva não chega para levar a negociações entre as duas partes.

Conseguir resultados com a contraofensiva antes da cimeira.

O conflito acabará por ultrapassar as fronteiras da Ucrânia.

Não se prevê nenhuma mudança de liderança política em Moscovo.

Não há entendimento possível com Vladimir Putin.

As sanções contra a Rússia não chegam para alterar o jogo político.

Um mundo novo: as superpotências perdem peso relativo; há novas superpotências na mesa de xadrez; há novas alianças. As relações de força voltam a ser o factor determinante.

Um acordo de parceria sólido entre a NATO e a Ucrânia. Que resista a mudanças de governos.

Sobre a UE:

A adesão à UE terá um efeito moral muito positivo sobre a Ucrânia.

Terá igualmente um impacto sobre a a atmosfera política que existe no seio da população russa.

A visita de seis chefes de Estado africanos a Moscovo e a Kyiv:

Liderados pela África do Sul, um dos BRICS.

O fornecimento de armas pela África do Sul aos russos e a querela com os EUA sobre esse assunto.

A delegação não inclui a NIG, o KEN, os PALOPS, a Comissão da UA.

Agenda discutida com Xi Jinping. Mas não com os Europeus nem com os EUA.

A Rússia tem muitos amigos em África.

 

 

 

E agora, caro Lula da Silva?

Lula da Silva não tem a sofisticação necessária para ser um mediador num conflito tão complexo como aquele que foi criado pela invasão russa da Ucrânia. Lula tem uma visão simplista das relações internacionais. Por outro lado, está ideologicamente muito alinhado com a Rússia e a China. Assim, não pode ser conhecido como um mediador independente. Estas são duas enormes dificuldades que impedem o seu desempenho na resolução do problema criado pela Rússia.

A visita da Lavrov a Brasília complicou ainda mais as ambições do Presidente Lula. Lavrov veio colocar o Brasil no mesmo patamar em que se encontram outras ditaduras latino-americanas: a Venezuela, a Nicarágua e Cuba. Demonstrou também que a Rússia não tem aliados na América Latina, para além dos Estados antidemocráticos e marginais que o ministro agora visitou.

Nas declarações públicas efectuadas por Lavrov ficou claro que a Rússia quer pôr um ponto final à sua violação da lei internacional, mas que para isso exige tirar benefícios da sua expedição militar contra a Ucrânia, guardando para si as quatro províncias que reivindica no leste da Ucrânia, e que seriam acrescentadas à ocupação que fez na Crimeia em 2014. Isto quer dizer que a agressão que iniciaram em fevereiro do ano passado se saldaria com ganhos para a Rússia. Uma situação dessas é inaceitável e viola claramente o princípio da soberania nacional da Ucrânia.

É verdade que tudo pode acontecer nos próximos meses, tendo presente o impasse em que ambos os países, o agressor e o agredido, se encontram. Mas o impasse não pode de modo algum justificar, em 2023, a conquista de territórios vizinhos pela força.

A criatividade da Inteligência Artificial

https://www.dn.pt/opiniao/a-inteligencia-artificial-e-o-risco-de-uma-grande-confrontacao-16170103.html

Este é o link para o meu texto de hoje no Diário de Notícias. Cito, de seguida, umas linhas desse texto. 

"Se a conclusão da análise da Inteligência Artificial fosse afirmativa, a batata quente transitava para as mãos do presidente norte-americano. Seria um caso muito sério. Estaria, de um lado, confrontado com uma posição que teria cruzado milhões de variáveis e analisado um sem número de cenários por meios digitais. Do lado oposto, uma outra, previsível, vinda dos seus principais conselheiros políticos e militares, a insistir na natureza intimidatória, mas não de ameaça iminente, do exercício. Esta seria a posição correta, neste momento, embora resultasse apenas de meia dúzia de reflexões e do bom senso de quem tem muita experiência."

Os comentadores do engodo

Muitos dos comentadores que falam dos documentos secretos agora “revelados” sobre a guerra que a Rússia move contra a Ucrânia nunca viram um documento secreto relacionado com operações militares de alta sensibilidade. Não sabem como são codificados esses documentos para, no caso de haver fuga de informação, se saber quem esteve na origem da mesma. Sem contar, claro, que o que verdadeiramente importa são as informações sobre as próximas ofensivas. E essas informações são de tal modo confidenciais que, na sua versão final, só deverão ser conhecidas por meia dúzia de pessoas, à volta do Presidente Zelensky, e ninguém mais. Mesmo os aliados mais directos não deverão ter acesso ao que terá sido, se já existe, a decisão final sobre a contra-ofensiva ucraniana. Saberão quais são as principais opções, mas apenas isso. Essa contra-ofensiva tem uma importância fundamental e não será conhecida até ao momento do seu desencadeamento. Tudo o resto é especulação ou engodo, contra-informação, engano para levar o inimigo a reforçar A quando será B que irá ser atacado.

Uma situação inquietante

António Guterres discursou hoje, perante a Assembleia Geral da ONU, para partilhar a sua visão sobre a situação mundial actual e os seus planos para 2023. Foi um discurso claro e alarmante. O Secretário-Geral mostrou-se muito preocupado com o estado do mundo, que está a caminhar rapidamente para uma grande catástrofe. Mencionou, nomeadamente, o risco de uma guerra nuclear, o agravamento das questões ambientais e da pobreza, a falta de visão a longo prazo. E disse sem ambiguidade que essa falta de visão é propositada, que se vive a pensar no dia-a-dia. Não há nenhuma preocupação com o futuro nem com os direitos das pessoas mais frágeis.  

 

Mensagens de Natal

No Dia de Natal, na nossa cultura, fala-se e deseja-se paz. É isso que esperamos que aconteça na Ucrânia, tão brevemente quanto possível.

Também se deve falar de justiça. Este conceito tem várias dimensões. No caso da guerra, significa que não se pode de modo algum tratar o agressor em pé de igualdade com a agredido. Um agressor é um criminoso. É assim que deve ser visto e tratado. Não se oferecem garantias a um criminoso, para além das previstas num julgamento legítimo e processualmente correcto. Mas o criminoso, uma vez reconhecido culpado, deve ser punido.

Um Chefe de Estado não tem imunidade quando se trata de crimes de guerra, de crimes contra a humanidade, de actos de genocídio. Quando se negociou com Adolf Hitler em 1938, abriu-se a porta a uma nova onda de violência. Essa foi uma das lições aprendidas há oito décadas. Seria um erro esquecê-la.

Mais um pacote de sanções

O nono pacote de sanções da União Europeia contra a Rússia foi aprovado na sexta-feira. Inclui três grandes áreas: tudo o que possa estar relacionado com a indústria militar; alguns bancos que ainda estavam fora da lista; e cerca de 200 personalidades e instituições ligadas a ataques contra civis e ao rapto de crianças ucranianas.

As sanções são importantes como a expressão inequívoca de um desacordo político e pelo impacto económico que possam ter sobre a continuação do conflito. É, no entanto, fundamental que existam mecanismos que evitem a violação dessas sanções, como também é necessário que as medidas atinjam os sectores cruciais, que tenham um impacto decisivo sobre a máquina de guerra.

Na situação actual, temos indicações que vários países estão a aproveitar-se do regime de sanções imposto pela União Europeia para servirem de intermediários entre a Rússia e o resto do mundo. Este é um tema que terá de ser analisado com todo o cuidado. E que pede respostas fortes.

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