Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Vistas largas

Crescemos quando abrimos horizontes

Vistas largas

Crescemos quando abrimos horizontes

Um cessar-fogo é melhor do que uma situação de guerra

Os pormenores do cessar-fogo entre Israel e Hamas ainda não são conhecidos. Houve certamente muita pressão vinda da administração Biden. E o Egipto desempenhou, como no passado, um papel importante. Entretanto, é óbvio que esta crise teve custos elevadíssimos e veio agravar a situação em que se encontram Israel e a Palestina. Um problema que já não tinha qualquer hipótese de solução ficou agora ainda pior e mais complexo.

A Europa não risca nada no Médio Oriente

A União Europeia não tem qualquer tipo de influência sobre as partes em conflito. Amanhã, terá lugar uma conferência dos ministros europeus dos Negócios Estrangeiros, sobre a presidência de Josep Borrell. Mas será um exercício em vão, um tiro de pólvora seca. Aprovará uma declaração genérica, copiada de declarações passadas, e nada mais.

No essencial, os Estados-membros apoiam tradicionalmente Israel. É verdade que insistem na “solução” dos dois estados, segundo as fronteiras existentes em 1967, e com Jerusalém como capital de ambos. Mas essa insistência é meramente simbólica. Os políticos europeus sabem que Israel a tornou inviável. Mas essa constatação é varrida para debaixo do tapete. E os programas de cooperação derivados da associação de Israel com a UE continuarão em vigor.

Hamas é uma organização terrorista. Consta da lista europeia como tal. Essa classificação impede os europeus de contactar directamente com o Hamas. Mas isso não tem importância alguma. Tal como Israel, Hamas não está disposto a ouvir o que possa vir de Bruxelas ou por intermédio de Bruxelas.

O impasse e o sofrimento irão continuar. Benjamin Netanyahu decidirá até quando.

Entretanto, cresce, nalgumas cidades europeias, o ódio contra os cidadãos europeus de religião judaica. É evidente que esse tipo de comportamentos é inaceitável. Deve ser tratado de forma enérgica. Não podemos permitir que se importe para a cena europeia o que se passa no Médio Oriente.

 

 

Contra Assad

A conferência de Tunis sobre a Síria foi um sucesso. Primeiro, por ter tido lugar. Depois, pela participação de vários estados, cerca de 80. Terceiro, pelo reconhecimento que deu ao Conselho Nacional Sírio, uma coligação de várias forças civis no exílio. Ainda, por ter insistido na questão mais imediata, o fim da violência contra civis. 

 

Assad ficou mais isolado. Até o dirigente do Hamas, na Faixa de Gaza, Ismail Haniyeh, se virou hoje contra o Presidente sírio, apesar de ter beneficiado, durante muitos anos, do seu apoio político e material. 

 

Não se pense, no entanto, que o regime está em vésperas de cair. Infelizmente, ainda vai correr muito sangue inocente. A não ser que a partir de 4 de Marco, após as eleições russas, Putin mude de postura. Em política, nunca se sabe. 

Derivas europeias

Depois dos votos de bom ano, o primeiro dia de 2009  leva-nos, inevitavelmente, à crise na Palestina.

 
Após seis dias de bombardeamentos da Faixa de Gaza, e de muito sofrimento humano, as máquinas diplomáticas mantém-se emperradas e, por isso, incapazes, de tomar a iniciativa. Continuam a ser os militares e os falcões da guerra, quem fixa a agenda. Quando os diplomatas hesitam, os senhores das armas tomam a dianteira e os líderes fracos escondem-se por detrás de decisões bélicas, para fazer esquecer as suas incapacidades políticas.
 
Entretanto, os ministros dos negócios estrangeiros da União Europeia reuniram-se em Paris a 30 de Dezembro. A posição que aprovaram está teoricamente correcta. Exige um cessar-fogo imediato, uma ajuda humanitária sem entraves e um recomeço do processo político.
  
Mas falta a acção para além das palavras. Não se entende que perante uma crise grave, que exige acções imediatas, não se tenha despachado sem mais demoras o senhor Solana e mais um ou dois ministros para a região. Uma decisão deste tipo enviaria um sinal forte a Israel e ao Hamas,  bem como a outros protagonistas importantes na região. Seria apreciada pelo povo da Palestina e pelos Árabes, em geral. Significaria que a Europa leva a questão muito a sério e não se limita apenas a palavras sem consequências , que mais parecem escudos para esconder uma posição de preferência em relação a Israel.
 
Ficou, para além do comunicado dos ministros , a promessa de uma visita para a semana de uma delegação ministerial europeia. É uma decisão frouxa, que deixa espaço ao Presidente francês para se deslocar à região antes dessa visita e retirar uma vez mais todo o protagonismo a Bruxelas.
 
Para que serve então a máquina europeia de diplomacia que se construiu em Bruxelas à volta de Solana e na própria Comissão?
 
 
 

 

 

A Palestina precisa da Europa

Mais um dia dramático, na Faixa de Gaza. Apesar do apelo do Conselho de Segurança das Nações Unidas.  E das muitas vozes que se elevaram um pouco por toda a parte, a lembrar que não há uma solução militar para a Questão Palestiniana.

 

A situação actual, com o uso desproporcionado de força por parte de Israel, vai certamente levar a uma radicalização do lado palestiniano. A reacção israelita tem muito que ver com as próximas eleições gerais no país. É preciso mostrar aos eleitores que não se hesita. Que se tem a coragem de se ir para o fogo, desde que os mortes sejam na porta ao lado.

 

Mahmoud Abbas e a ala palestiniana moderada  vão sair ainda mais fracos desta crise. As acções extremas de Israel vão dar mais militantes ao Hamas, novos suicidas,  e a todo o tipo de terrorismos que proliferam na região do Médio Oriente e noutras áreas islâmicas que já estão hoje fora de controlo.

 

A Europa poderia desempenhar um papel fundamental de mediação na crise, mas não tem a coragem política que seria necessária, nem quer desagradar aos americanos. Javier Solana limitou-se a emitir um comunicado de algumas linhas, sem qualquer efeito prático. A Presidência da UE já entrou, entretanto, de férias, à espera da chegada dos Checos...

 

 

 

 

 

 

Crise e Mais Crise

 

Há um ano, foi assassinada Benazir Bhutto.
 
Estava na altura no Luxemburgo, para uma reunião sobre questões financeiras, e posso assegurar-vos que os banqueiros sentiram alguns calafrios nesse dia. A morte violenta da Senhora Bhutto foi considerada como uma mau presságio, em termos dos valores bolsistas e da estabilidade internacional. Foi-me então dito que notícias como estas tornavam os mercados, em finais de 2007, muito instáveis e davam uma grande volatilidade aos valores cotados em bolsa. Era como se fosse um sinal de que se estava a entrar numa fase de  nervosismo de um novo tipo.
 
Exactamente um ano depois, temos um reacender da crise no Médio Oriente, com o bombardeamento da faixa de Gaza pelas tropas de Israel. Mais de 225 pessoas pereceram nestes ataques,  das quais uma meia dúzia seriam quadros de alguma importância nas estruturas do Hamas. As outras vítimas incluem civis, crianças e funcionários públicos.  
 
Para além do facto de que nenhum estado tem o direito à retaliação, e que isto seja dito de uma maneira bem clara, sem equívocos, nem a acções de guerra preventiva, e sem esquecer as dimensões humanas, os acontecimentos de hoje mostram que se está a entrar numa fase nova de instabilidade no Médio Oriente. O impacto desta tragédia sobre a frágil situação internacional actual será certamente enorme.
 
Ou seja, temos, um ano depois da morte de Benazir Bhutto, um novo agravamento da crise global, e uma vez mais, um total desrespeito pelos princípios fundamentais do direito internacional.  Volta  a valer a lei da selva, em que o mais forte tem sempre razão.
 

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

<meta name=

My title page contents

Links

https://victorfreebird.blogspot.com

google35f5d0d6dcc935c4.html

  • Verify a site
  • vistas largas
  • Vistas Largas

www.duniamundo.com

  • Consultoria Victor Angelo

https://victorangeloviews.blogspot.com

@vangelofreebird

Arquivo

  1. 2024
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2023
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2022
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2021
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2020
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2019
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2018
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2017
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2016
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2015
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2014
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
  144. 2013
  145. J
  146. F
  147. M
  148. A
  149. M
  150. J
  151. J
  152. A
  153. S
  154. O
  155. N
  156. D
  157. 2012
  158. J
  159. F
  160. M
  161. A
  162. M
  163. J
  164. J
  165. A
  166. S
  167. O
  168. N
  169. D
  170. 2011
  171. J
  172. F
  173. M
  174. A
  175. M
  176. J
  177. J
  178. A
  179. S
  180. O
  181. N
  182. D
  183. 2010
  184. J
  185. F
  186. M
  187. A
  188. M
  189. J
  190. J
  191. A
  192. S
  193. O
  194. N
  195. D
  196. 2009
  197. J
  198. F
  199. M
  200. A
  201. M
  202. J
  203. J
  204. A
  205. S
  206. O
  207. N
  208. D
  209. 2008
  210. J
  211. F
  212. M
  213. A
  214. M
  215. J
  216. J
  217. A
  218. S
  219. O
  220. N
  221. D