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Vistas largas

Crescemos quando abrimos horizontes

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Crescemos quando abrimos horizontes

Não se podem comparar crises muito diferentes

https://www.dn.pt/opiniao/da-crise-brasileira-ao-perigo-global-iraniano-15646632.html

Este é o link para o meu texto de hoje no Diário de Notícias. No essencial,  a mensagem é simples: a crise brasileira é, acima de tudo, um grave problema nacional, de política interna; enquanto a crise iraniana tem uma dimensão internacional e é um perigo para a paz na região e para a segurança de vários países. 

Comparar o Irão com o Peru?

Pessoa amiga perguntava-me por que razão se fala tanto do Irão e tão pouco do que está a acontecer no Peru. Penso que era uma pergunta sincera, para tentar perceber como funcionam as notícias internacionais e a maior atenção dada a certos países, quando comparados com outros.

A grande diferença entre o Irão e o Peru parece-me ser o que cada um destes dois países representa na ordem internacional. E também o facto de um deles ser uma democracia e o outro uma ditadura inspirada em princípios religiosos absurdos e ultrapassados. No caso do Irão, estamos perante uma ameaça para a paz na região, um país agressivo, que tem como objectivo armar-se até aos dentes e intervir na política interna dos seus vizinhos. Além disso, reprime de modo selvagem e brutal todo cidadão que não esteja 100% de acordo com o regime. É um Estado que não tem cabimento na ordem moderna internacional. É um regime inimigo do que significa uma cidadania livre no mundo de hoje. Na realidade, se isso fosse possível, devia ser expulso da ONU e cercado de sanções que obrigassem os dirigentes fanáticos islâmicos a sair do poder e a ser condenados pelos seus crimes.

O Peru é completamente diferente. Tem, de facto, um conjunto de tensões políticas que dividem profundamente a sociedade nacional. Mas também tem um regime institucional que, se for dirigido por líderes patrióticos e competentes, poderá resolver as divisões internas. Por outro lado, o que se passa no Peru é fundamentalmente uma questão doméstica, que não põe em causa a segurança e a paz dos seus vizinhos, nem procura exportar um modelo político. É um exemplo que deveria permitir ao sistema das Nações Unidas ajudar a resolver os diferendos e as desigualdades internas. Infelizmente, as Nações Unidas não têm neste momento esse tipo de ambição. E o Conselho de Segurança está demasiado preocupado com outras coisas e não consegue dar as directrizes que seriam necessárias.

 

A coragem dos jogadores iranianos

Hoje, para mim, o destaque vai para o comportamento corajoso – corajoso é uma palavra insuficiente para descrever a intrepidez do acto praticado, num contexto da governação terrorista que se pratica no Irão – da equipa nacional de futebol. Ficaram silenciosos quando o hino nacional do Irão foi tocado. Mostraram, assim, a sua solidariedade com o povo do seu país, que anda há semanas nas ruas das principais cidades a pedir a demissão do líder religioso supremo e a liberdade. Perante povos assim, sinto que somos pequenos.

A luta do povo iraniano

Não terminar o dia sem deixar uma palavra de homenagem às mulheres do Irão que lutam contra a ditadura dos aiatolas primários. A interpretação da religião que estes indivíduos tentam impor não diz respeito apenas ao controlo do poder político. É isso e uma leitura da vida em sociedade absolutamente retrógrada. É também uma forma de nacionalismo idiota, que tenta fazer a diferença entre o conservadorismo que se pratica na Arábia Saudita e no Irão. Tudo isso é simplesmente inaceitável.

 

Vladimir Putin também vai ao Médio Oriente

Amanhã é a vez de Vladimir Putin se deslocar ao Médio Oriente, para um encontro com o presidente turco e o líder do Irão.

Uma parte da conversa estará relacionada com a situação na Síria. A Turquia tem a intenção de atacar as zonas controladas pelos curdos. A Rússia e o Irão, que jogam no mesmo campo no caso da Síria, opõem-se a esse plano. Que concessões poderão ser propostas por Erdogan para vencer essa oposição? Entre as várias hipóteses, existe a possibilidade de garantir à Rússia que nem a Finlândia nem a Suécia serão aceites como membros da NATO. Erdogan pode vetar essa adesão.

 A outra parte da conversa será sobre a agressão russa contra a Ucrânia. Os russos querem adquirir drones fabricados pelos iranianos e ganhar o apoio político de ambos os países, sobretudo da Turquia, que é um membro da NATO cheio de ambiguidades. Daria muito jeito aos russos ver os turcos fechar os olhos à navegação russa através do Bósforo, nomeadamente aos navios com cereais roubados aos ucranianos.

 

Médio Oriente: Joe Biden perdeu a cartada

Como previra no meu texto desta semana no Diário de Notícias, o Presidente Joe Biden saiu a perder da sua deslocação ao Médio Oriente. Não conseguiu nenhum resultado em Israel. Não mexeu no dossier palestiniano, para além de uma visita de cortesia ao Presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas e da confirmação de um financiamento de 500 milhões de dólares, que serão transferidos através da agência das Nações Unidas que se ocupa do apoio a esse povo, a UNRWA. E ficou nitidamente a perder, no seu encontro com o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohamed bin Salman. Este teve mesmo a ousadia de lhe responder, quando o assassinato de Jamal Khashoggi foi abordado, que os EUA também cometem erros.

Também não conseguiu convencer os seus interlocutores sobre a produção diária de petróleo. Para já, não haverá nenhum incremento quanto ao número de barris produzidos.

Tudo isto era previsível. O meu prognóstico não tinha nada de excepcional. Estou seguro que os conselheiros de Biden lhe terão dito o mesmo: neste momento, a viagem estava destinada ao fracasso. Mas o presidente não os quis ouvir. Teve demasiada confiança nas suas capacidades de convencimento. Um erro. Hoje, esses países do Golfo têm outras escolhas, para além dos EUA. São muito mais independentes nas suas decisões estratégicas. E mostraram-no, sem ter de fazer um grande esforço.

As grandes ameaças internacionais a curto prazo

https://www.dn.pt/opiniao/uma-epoca-de-festas-sem-treguas-14415083.htm

Este é o link para o meu texto de hoje no Diário de Notícias. Escrevo sobre as ameaças mais imediatas: o Irão, a Rússia e o Ómicron. Deixo outras, que considero um pouco mais distantes, mas igualmente muito sérias, para uma outra ocasião. Aí estarãoTaiwan, os mercados financeiros e os impactos que vão ocorrendo das alterações climáticas. 
Cito de seguida umas linhas do escrito de hoje.

"Por outro lado, o novo governo iraniano tem estado a acelerar o seu programa de enriquecimento de urânio, em clara violação do Plano de Ação de 2015. Neste momento, já acumulou suficiente material físsil para poder produzir várias armas nucleares. Em simultâneo, acelerou a produção de mísseis balísticos e de meios aéreos capazes de transportar uma carga nuclear. Tudo isto é muito grave e levanta muitas bandeiras vermelhas nos sítios do costume."

A falar é que Biden e Putin se podem entender

Um primeiro comentário sobre a discussão por videoconferência que hoje teve lugar entre os presidentes dos Estados Unidos e da Rússia deve ser positivo. Por várias razões: por ter tido lugar; pela duração, foi uma conversa 2 horas, o que revela interesse de parte a parte; e por ter permitido debater outros temas para além da questão central que é situação à volta da Ucrânia. Os outros temas discutidos incluíram as negociações nucleares com o Irão, a pirataria cibernética bem como o chamado diálogo sobre a estabilidade estratégica, uma designação obscura, mas que aborda matérias bem concretas, como por exemplo o controlo da corrida aos armamentos ou ainda redução das crises entre ambos.

Um xadrez bem complicado

O excesso de confiança e a arrogância podem levar os líderes a cometer erros de apreciação muito graves. Estamos, actualmente, muito perto desse patamar, no que diz respeito à Ucrânia, a Taiwan e ao programa nuclear iraniano. Ou seja, a cena internacional tem hoje um conjunto de crises potencialmente muito perigosas.

Afeganistão: e agora?

https://www.dn.pt/opiniao/nao-podemos-varrer-o-afeganistao-para-debaixo-do-tapete-14196999.html

Este é o link para o meu texto desta semana, hoje publicado no Diário de Notícias. 

Trata-se de reflexão prospectiva sobre o futuro a curto prazo do regime talibã. Abordo a urgência humanitária, a situação económica e a questão do reconhecimento diplomático do novo regime. 

"O reconhecimento do novo regime, incluindo a sua representação na ONU, vai depender da posição que cada membro do G20 vier a adoptar. Acontecimentos recentes mostram uma tendência para o estabelecimento de contactos pontuais, enquanto ao nível político se continuará a falar de valores, de direitos humanos, da inclusão nacional ou do combate ao terrorismo. E a mostrar muita desconfiança para com a governação talibã. Com o passar do tempo, se não surgir uma crise migratória extrema ou um atentado terrorista que afecte o mundo ocidental, o novo regime afegão, reconhecido ou não, poderá ser apenas mais um a engrossar a lista dos estados repressivos, falhados e esquecidos."
Este parágrafo fecha o meu texto. 

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