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Vistas largas

Crescemos quando abrimos horizontes

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Madeleine Albright

Madeleine Albright partiu hoje. Foi a primeira mulher a liderar a diplomacia americana. Antes, havia sido a representante permanente dos EUA nas Nações Unidas. Foi igualmente uma pensadora de referência em matéria de política internacional e de diplomacia. Não aprovou a invasão do Iraque. Nascida na antiga Checoslováquia, escapou à perseguição que os nazis fizeram aos judeus.  

Um dia completo

O Presidente turco mandou bombardear um campo de refugiados curdos localizado bem no interior do Iraque. Estes curdos fugiram de perseguições na Turquia, tendo encontrado protecção no país vizinho, com o apoio de várias agências humanitárias e da ONU. Ao ordenar o ataque de hoje, Erdogan violou aspectos importantes da lei internacional e cometeu vários crimes, incluindo o crime gravíssimo de matar e ferir refugiados instalados num campo reconhecido pela comunidade internacional. A NATO não pode ter um membro assim.

Do outro lado do mundo, nos EUA, o ex-presidente Donald Trump falará daqui a pouco aos militantes do Partido Republicano. Espera-se todo um chorrilho de mentiras e de falsas acusações. Entretanto, o partido está mais louco do que nunca. Completamente dominado pelas fantasias de Trump, fez circular uma nova teoria conspirativa: durante a eleição de Novembro, os italianos enviaram drones que iam transformando cada voto por Trump num voto para Biden. É mais uma invenção extravagante, mas a verdade é que muitos eleitores republicanos acreditam nestas idiotices. O partido está num estado absolutamente lamentável. E Trump aproveita-se disso.

Mais ao sul, no martirizado Burkina Faso, aconteceu um novo extermínio de civis indefesos. A sua aldeia foi atacada por terroristas durante a noite passada. Ainda não se sabe exactamente quantas pessoas foram mortas, mas o número é superior a 135. Este ataque lembra-nos o drama que certas populações do Sahel estão a viver. Também nos diz que a insegurança continua a crescer. Com ela, vem mais miséria, deslocamentos de população, mais sofrimento.

Entretanto, decorreu a reunião dos ministros das finanças do G7. Houve acordo quanto à urgência de fazer pagar impostos às grandes corporações mundiais. É um passo em frente. Mas há que tornar a decisão efectiva. E isso irá demorar.

Tomar a iniciativa sem demoras

Escrevo no blog irmão deste, no que é produzido em língua inglesa, sobre o que penso poder ser a resposta iraniana ao assassinato do General Qassem Soleimani. A minha leitura do que vou sabendo diz-me que a opção preferida pelos iranianos seria a antiga prática de um olho por um olho. Ou seja, uma acção, que seria levada a cabo por um grupo exterior ao Irão, mas afiliado à máquina externa iraniana, e que visaria uma alta personalidade americana.

Claro que essa decisão seria um erro muito sério. Levaria, de imediato, a uma retaliação massiva e convencional, por parte dos americanos. Os Estados Unidos estão preparados para esse tipo de represália. Abriria, assim, as portas a uma crise de grandes proporções.

Tem que se evitar uma situação deste género. No blog, sugiro que a liderança europeia se engaje sem demoras num processo de aproximação entre as duas partes. Charles Michel poderia tentar fazê-lo, Ou Angela Merkel.

Esse processo faria, de imediato, baixar a tensão que tem estado a aumentar. E teria hipóteses, desde que permitisse a ambos os lados uma saída sem humilhação. Deve ser tentado sem mais demoras.

O Iraque a pagar a factura

Na sequência dos recentes acontecimentos, chegamos ao fim do dia de hoje, domingo, vendo o Iraque ainda mais fracturado, entre Xiitas, Sunitas e Curdos, em crise profunda, política, securitária e económica. Isto, só por si, não augura nada de bom. E se for visto no contexto regional, é ainda muito pior.

Os Estados Unidos e o Irão

A decisão de autorizar o ataque mortífero contra o General Qassem Soleimani levanta muitas questões e abre a porta a um bom número de incertezas. Na minha opinião, foi tomada no seguimento de dois acontecimentos que a Administração americana considerou como especialmente marcantes.

Um, foi o ataque, por manifestantes próximos das milícias que o Irão apoia no Iraque, contra a embaixada dos Estados Unidos em Bagdade. Nos círculos dirigentes, em Washington, esse incidente é visto como muito sério, para além de lembrar o que aconteceu em Teerão há quarenta anos. Para a liderança americana, a investida contra a embaixada é algo que não pode ficar sem resposta.

O outro acontecimento foi o exercício militar naval que o Irão levou a cabo, há uma semana, em conjunto com a China e a Rússia. A actual Administração americana não queria que qualquer desses três países pensasse que essas manobras marítimas teriam qualquer possibilidade de a intimidar ou diminuir o seu espírito de resolução. E essa determinação e firmeza tinham que ser demonstradas sem margem para equívocos.

Ao decidir, o Presidente Trump também deve ter pensado no impacto que essa acção de força teria no seu eleitorado. Estamos num ano político decisivo para ele. Precisa de mostrar que não hesita, nem tem estados de alma, quando se trata daqueles que são apresentados como os inimigos dos Estados Unidos.

Mas temos aqui vários problemas.

Um deles, é que actuar para mostrar força, na base do princípio do olho por olho, dente por dente, é inaceitável. Abre as portas à violência e deita para o lixo certas normas básicas das relações entre os Estados. É um retrocesso histórico. Não se pode construir a paz com base na retaliação. A comunidade internacional tem outros mecanismos para tratar dos conflitos e para fazer reflectir os governos que não obedecem às regras estabelecidas.

Outro, é que este tipo de decisões não pode ser tomado sem se medirem todas as consequências que poderão ocorrer em seguida. A análise que faço das declarações de Mike Pompeo é que essas consequências não foram tidas em conta. O Secretário de Estado (Ministro) fala agora de baixar a tensão na região, após um acto que leva inevitavelmente a uma escalada. Parece aquele vizinho que passa a noite com a música aos berros e na manhã seguinte me diz nas escadas que estamos todos a precisar de repouso e tranquilidade.  

Um terceiro aspecto, tem que ver com a legalidade e a moralidade deste tipo de acções. Este é um assunto que não pode ser ignorado. A própria guerra tem as suas regras. Vários académicos se têm debruçado sobre a questão. E a opinião maioritária vai no sentido contrário ao que agora aconteceu.

Como também não se pode ignorar a discussão sobre a doutrina militar que está por detrás da chamada “decapitação” dos movimentos hostis. Não me vou alongar sobre esse tema, mas a verdade é que a validade da teoria que advoga a eliminação dos líderes como maneira de solucionar um conflito tem muito que se lhe diga. Muitas vezes, o líder morto é substituído ou por outro ainda mais radical ou então pela fragmentação do movimento e um novo nível de perigosidade, amorfa e mais difícil de combater.

Ao fim e ao cabo, tudo isto é bem mais complexo do que muitos nos querem fazer crer. E essa complexidade aumenta exponencialmente quando um personagem como Qassem Soleimani é assassinado por um grande Estado ocidental.

 

 

A estratégia americana

Analistas de política internacional continuam hoje a dizer que Donald Trump “não tem a mínima estratégia para a Síria”.

Penso que é uma leitura errada. A minha análise é outra.

O elemento fundamental da política americana na região da Síria e do Iraque assenta no combate aos terroristas do Estado Islâmico. Isso significa a continuação do apoio às forças armadas do Iraque e, na Síria, aos curdos e outros grupos aliados.

Os russos sabem que assim é e estão satisfeitos com a opção tomada em Washington.

O resto é teatro.

Mas também é um facto que o Presidente americano parece ter decidido seguir de um modo mais disciplinado as recomendações de estratégia internacional formuladas pelo Conselho Nacional de Segurança. Isso mostra o poder crescente e a capacidade de liderança do General Herbert McMaster, que lidera esse Conselho. McMaster é um militar com uma carreira brilhante, opiniões claras e um grande sentido de estratégia. Conseguiu não só afastar do CNS o louco que é Stephen Bannon como afirmar a sua autoridade e a dos principais dirigentes das áreas da defesa e da inteligência.

Podemos não estar de acordo com as opções tomadas. Mas aqui há agora um pensamento estruturado. Resulta de uma mudança do processo decisório no seio do CNS e do peso que esta estrutura da Casa Branca ganhou em matéria de política externa, sobretudo nos casos de conflitos de maior importância para os EUA.

E há também um certo entrar nos carris do comportamento público de Trump em matérias deste tipo. A personalidade que o define poderá levar a descarrilamentos. Mas, no essencial, o Presidente está a perceber que nestas coisas do poder há que jogar com base nas recomendações vindas das instituições e de quem sabe.

Do Iraque e da segurança europeia

Dois acontecimentos particularmente importantes, que irão marcar as reflexões e as acções políticas futuras.

Primeiro, o Relatório Chilcot sobre as responsabilidades dos dirigentes britânicos da altura, no que respeita à invasão do Iraque em 2003 e as subsequentes consequências dessa decisão. O relatório resulta de 7 anos de investigação. Vai ser um documento de referência para muitos, na política, na segurança, no jornalismo e igualmente nas universidades.

Segundo, a Cimeira da NATO, que agora começa em Varsóvia. Esta cimeira representa uma viragem estratégica. É a consagração da dissuasão como opção política. Deixara de o ser com o fim da Guerra Fria. Volta agora a ser a linha orientadora. E altera, igualmente, o peso da arma atómica.

Voltarei, aos poucos e na medida do possível, a estes assuntos.

Combater o Daesh

Contra o “Estado Islâmico”

            Victor Ângelo

 

            Escrevo enquanto decorre em Bruxelas uma reunião de alto nível para coordenar as ações futuras contra o Daesh, o grupo terrorista que gosta de se autointitular de “Estado Islâmico” (EI). Estão presentes os vinte e sete países – e mais uma mão cheia de penduras – que se dispuseram a participar na coligação militar que combate o EI. Ainda assim, a contribuição de alguns destes governos tem sido meramente simbólica. Na verdade, há vários membros da coligação que não consideram a derrota dos terroristas do EI como uma prioridade nacional. Fazem de conta. Por isso, convém recordar as razões que justificam a intervenção internacional. Trata-se, por um lado, de libertar da opressão mais desumana as populações dos territórios ocupados na Síria e no Iraque. Por outro, de uma questão de legítima defesa e de interesse estratégico, tendo em conta a ameaça que o EI efetivamente representa, quer no Médio Oriente quer noutras partes do mundo, em especial na Europa e no Norte de África.

            Não tenhamos ilusões. Continuaremos a assistir a uma coligação incoerente. Mas há que apreciar cada tentativa que procure dar-lhe algum nexo. O EI é um perigo que deve ser levado muito a sério.

            Reconheço, porém, que combater o EI no terreno é uma missão de grande complexidade – sublinho de grande complexidade – e com riscos elevados. Mas têm-se registado alguns progressos, nos últimos tempos. A pressão evoluiu no sentido de colocar o grupo na defensiva. O EI perdeu recursos, quadros e território. É fundamental continuar nessa via. Para além dos bombardeamentos aéreos e dos ataques a alvos precisos com drones, deve-se investir mais na recolha e análise de informações e na infiltração no terreno de pequenos grupos de militares de elite. Assim, e sem esquecer o papel muito significativo que as Forças Especiais americanas, britânicas e alemãs já estão a desempenhar, é essencial proceder sem mais demoras à mobilização de comandos árabes sunitas. Viriam em reforço das unidades iraquianas e em complemento das operações levadas a cabo pelos combatentes curdos. O assunto está em cima da mesa, agora que vários estados da região anunciaram, nas vésperas da reunião de Bruxelas, que estariam dispostos a enviar tropas de infantaria para a frente de combate. Será ver para crer, como diria o outro, pois duvido bem que isso venha a acontecer. De qualquer modo, se acontecesse colocaria sempre uma ressalva, no que diz respeito à Arábia Saudita. Qualquer destacamento saudita tem que ser visto à luz das rivalidades já existentes com o Irão, que está alinhado com o regime de Damasco. Sem esquecer, para mais, a proximidade que existe entre Bagdade e Teerão, o que torna impensável qualquer presença saudita nas terras iraquianas.  

            Outro tema em debate tem que ver com a definição dos alvos prioritários, no ataque à cadeia de comando do EI. A minha opinião é que os esforços, nesta fase, devem ser concentrados na neutralização dos quadros intermédios do aparelho terrorista, em especial os de origem europeia e outros estrangeiros. Esses quadros constituem uma malha importante no sistema de controlo territorial e no recrutamento de novos combatentes vindos de fora. São, ao mesmo tempo, alvos mais fáceis de identificar – se alguma coisa pode ser considerada fácil, nesta campanha contra um inimigo bem organizado e disposto a tudo. A eliminação desses quadros enfraquecerá a cadeia de comando, desencorajará outros candidatos europeus, e acabará por isolar e expor o topo da organização. Dito isto, é também evidente que se deve explorar toda e qualquer oportunidade que possa surgir e que leve à destruição da liderança do EI.

            Apesar de tudo, espera-se que o encontro de Bruxelas resulte num maior empenho de alguns. E que se vá além das dimensões militares. Ao nível do terreno, será importante contribuir para a reconstrução das cidades e vilas que entretanto foram recapturadas pelas forças da coligação e que estão sob administração iraquiana. O restabelecimento, na medida do possível, de um certo grau de normalidade faz parte da luta contra os extremistas.

            Chegámos aliás ao momento em que é preciso começar a discutir esta crise de modo compreensivo. Há que pensar nas dimensões políticas. Incluindo, ouso acrescentar, na autonomia das regiões libertadas, no respeito pelos direitos das pessoas e dos grupos étnicos, incluindo os curdos, talvez mesmo no possível desenho de um novo mapa político para a região.

 

(Artigo que publiquei hoje na Visão on line)

A coligação contra os terroristas do Estado Islâmico

Na quinta-feira terá lugar em Bruxelas uma reunião de alto nível para coordenar as acções futuras contra o grupo terrorista autointitulado de Estado Islâmico. Os vinte e sete países que participam na coligação militar que combate o Estado Islâmico estarão representados.

Espera-se que o encontro resulte num maior empenho por parte de alguns desses países, que até agora têm sobretudo brilhado pela fraca participação no esforço comum. Também será importante contribuir para a reconstrução das cidades e vilas que entretanto foram recapturadas pelas forças da coligação e que estão sob administração iraquiana. A luta contra os radicais passa igualmente pelo restabelecimento, na medida do possível, de um certo grau de normalidade de vida.

Por outro lado, haverá que reconhecer que têm sido registados progressos significativos nos últimos tempos. O Estado Islâmico perdeu recursos, quadros e território. É fundamental continuar nessa via de aniquilação dos terroristas. Para além dos bombardeamentos aéreos, convém investir mais na recolha e análise de informações e na infiltração de grupos altamente móveis de Forças Especiais. O objectivo, nesta fase, deve ser o da neutralização dos quadros intermédios do Estado Islâmico, em especial os de origem estrangeira e europeia. Esses quadros são uma malha importante na estrutura de controlo territorial do Estado Islâmico. São, ao mesmo tempo, alvos mais fáceis de identificar – se alguma coisa pode ser considerada fácil, nesta campanha contra um inimigo disposto a tudo. A sua eliminação enfraquece a cadeia de comando, desencoraja outros candidatos europeus, e acabará por isolar e expor o topo da organização.

Finalmente, a comunicação social, nomeadamente a europeia, deve estar mais atenta aos avanços conseguidos e ser capaz de os trazer ao conhecimento geral com clareza e isenção.

 

 

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