A ligeireza dos nossos analistas políticos, alguns deles meros infantes que da vida pouca experiência têm, leva a imprensa nacional e as televisões a ver os debates como exercícios de pugilismo. Nesta óptica, tem que haver um vencedor e um vencido. Mais. Os líderes vão para os debates preparados para o murro. As ideias não contam. O que vale é o saber bater, passar rasteiras, parecer mais teso que o outro.
A principal conclusão do relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito ao Caso da TVI foi tornada pública. É uma conclusão que, em qualquer democracia avançada, levantaria sérias questões políticas. Quantas carreiras políticas não terminaram por razões bem menores? Em Portugal, na Itália, e noutros países do mesmo género, não é bem assim. Acusam-se uns aos outros de serem o que de facto são e, depois, tudo é esquecido e cada um continua a fazer o que pode e o que quer.
Nos dias de hoje, dir-se-ia que foi golo mas que ficou tudo empatado. Como sempre.