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Dez anos de guerra na Síria

A repressão armada, maciça e cruel do regime sírio de Bachar al-Assad contra a sua população começou há dez anos, dia por dia. Depois de tantos anos, o ditador continua no poder, graças à ajuda militar de Vladimir Putin e dos seus aliados iranianos e do Hezbollah libanês. Não houve uma solução política, mas sim uma realidade que se impôs pela força das armas. O país continua em crise profunda, milhões de sírios tiveram que procurar refúgio noutras terras, o sofrimento é imenso. E a comunidade internacional mostrou, uma vez mais, que não consegue resolver as grandes crises nacionais ou regionais, sobretudo se um dos grandes, daqueles que têm direito de veto no Conselho de Segurança, está directamente implicado no conflito.

Entretanto, a ONU já vai no seu quarto representante especial para a Síria, sem ter conseguido um mínimo de progresso na frente política. Na área humanitária tem desempenhado um papel fundamental. Mas, na resolução do conflito, a sua acção tem sido permanentemente impedida pelos membros do Conselho de Segurança com direito a veto e por forças da região. O papel político das Nações Unidas foi reduzido a nada, neste caso. Ou seja, o pilar central do sistema foi completamente marginalizado. As Nações Unidas não podem ficar reduzidas à ajuda humanitária – muitas ONGs fazem esse trabalho –, ao apoio a refugiados ou à ajuda alimentar. Tudo isso é importante, sem dúvida. Porém, o mais importante é a resolução dos conflitos que geram a miséria humanitária, a promoção de transições democráticas e a defesa dos direitos humanos. É nessas áreas que a ONU é insubstituível, se a deixarem trabalhar.

Sobre o Líbano e a resolução de conflitos

O meu escrito desta semana no Diário de Notícias já está aberto e disponível na edição digital. O link é o seguinte:

https://www.dn.pt/edicao-do-dia/15-ago-2020/do-libano-ao-congelador-de-conflitos-12521156.html

Boa leitura e muitos comentários, por favor. 

Escrever sobre o Líbano

A minha coluna desta semana no Diário de Notícias (edição em papel, mas disponível no site do jornal amanhã ou segunda-feira) trata da situação no Líbano, mas numa perspectiva diferente dos comentários que têm sido publicados. O meu texto parte do princípio que o leitor conhece os factos mais marcantes. E convida a reflectir sobre a resposta internacional. A ideia de base é que a situação política interna é muito complexa e resulta do jogo de várias forças políticas. Em geral, essas forças têm tirado proveito da situação e não querem que ela mude. Ou seja, estamos perante uma crise estrutural, que está para durar. Quando isso acontece, a reacção da comunidade internacional é a de pôr de lado o problema. Sem o solucionar, esperando apenas que as tensões baixem. E que os estragos possam ser controlados.

O Líbano e a sua crise

A situação no Líbano continua a ocupar as primeiras páginas da imprensa internacional. Hoje foi o governo que se demitiu. O país está a viver um novo período dramático da sua história. As instituições políticas e a economia estão de rastos e a vida de sectores importantes da população, sobretudo na capital, é um oceano de dificuldades. As forças armadas e alguns serviços de segurança são as únicas estruturas que conseguem ainda manter uma certa normalidade de funcionamento. Isso é surpreendente, mas não é suficiente para permitir o regresso à estabilidade.

Conheço muitos libaneses. Sempre admirei as suas capacidades de adaptação a ambientes difíceis e as suas habilidades como empreendedores. O problema reside nas elites políticas e nas que vivem à custa dos seus contactos com o mundo da política. Nesses círculos existem níveis muito elevados de corrupção e de ineficiência, devido ao clientelismo político, étnico, religioso e identitário.

A solução da gravíssima crise libanesa não pode vir do estrangeiro. Tem que ser construída por novas elites e por movimentos de cidadania que ultrapassem as clivagens existentes. O estrangeiro pode mobilizar ajuda humanitária e recursos financeiros de urgência, mas não pode nem deve tentar substituir-se aos responsáveis nacionais. Estes terão que olhar para o seu país de um modo diferente.

A ideia de um mandato internacional, de uma nova forma de subordinação do Líbano ao exterior, não é defensável. Isso são soluções do passado distante. Nada têm que ver com o mundo de hoje. As Nações Unidas ou um outro actor internacional não podem tomar conta do país. Alimentar esse tipo de ilusões é um erro e uma maneira de defraudar o povo libanês.

Liderança na prevenção de conflitos

A caminho de Genebra, para moderar uma reflexão sobre liderança. Vamos analisar o papel desempenhado por alguns líderes quando confrontados com processos que acabariam por levar a graves conflitos civis, quer nos seus próprios países quer na região.

E tentar extrair as lições que esses exemplos nos dão.

Estarão em cima da mesa situações de grande conflito que se vivem nos Balcãs, no Médio Oriente e em África.

No caso dos Balcãs, a discussão terá a Bósnia-Herzegovina como país em foco. Mas a verdade é que na nossa parte da Europa temos andado muito alheados das dificuldades e tensões que persistem nessa região vizinha.

O Médio Oriente é outro par de botas. O recente pedido de demissão do Primeiro-Ministro do Líbano veio apenas acrescentar mais umas achas à fogueira existente. O resto é sabido. O que não se sabe ainda é a direcção que as coisas irão tomar na Arábia Saudita, após as detenções do último fim-de-semana.

Em África, a insegurança e a pobreza no Sahel continuam a dominar o topo da agenda que nos interessa.

Tudo isto acontece para além das fronteiras da UE. Mas tem um impacto sobre a Europa.

Dentro das nossas fronteiras europeias, a situação política em Espanha é grave. Para já, não cabe na agenda dos conflitos regionais ou internacionais. E espero que não venha a entrar nessa agenda.

 

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