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Crescemos quando abrimos horizontes

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Abstenção

A poucos dias do momento eleitoral, parece-me que se deveria insistir mais no apelo ao voto. Em plena pandemia e perante a crescente e visível descredibilização que os debates e as acções de campanha eleitoral têm ocasionado, o risco de uma taxa muito elevada de abstenção é enorme. Muitas pessoas têm medo de ser contaminadas. Por outro lado, não vislumbro uma liderança verdadeiramente mobilizadora que justifique a deslocação aos locais de voto. Se alguma coisa se conseguiu nas últimas semanas foi um acentuar da má imagem que, de um modo geral, mancha a classe política portuguesa.

 

16 de janeiro?

O Presidente da República teve hoje uma série mini-encontros com os partidos políticos representados na Assembleia da República. O assunto era a data das eleições legislativas antecipadas. Ouvir os partidos foi claramente uma formalidade, exigida pela Constituição, mas sem qualquer outra substância. Tratou-se de uma etapa, e nada mais.

No essencial, ficou visível que a data preferida seria 16 de Janeiro. Essa preferência tem toda a lógica. Não estraga o Natal e o Ano Novo de muitas famílias e permite começar o novo ano com alguma clareza. A não ser que não haja um resultado suficientemente claro. O povo é quem mais ordena, mas são os líderes políticos que na realidade mandam no sistema. O povo vota e os chefes interpretam a vontade popular. Cada um puxando a brasa para o seu lado.

De qualquer modo, se é para ir a votos, que se vá tão depressa quanto possível. Cabe a cada partido arrumar a casa antes, se puder. Se o não fizer, irá para a campanha numa situação de confusão e debilidade. Isto é especialmente verdade no caso do PSD. Esse partido está fragmentado e vai ter muitas dificuldades para colar os cacos a tempo.

Quanto ao CDS, não há problema. O resultado eleitoral servirá para confirmar o seu apagamento do mapa político nacional.

Vitórias e sabedorias

 

Este texto está a ser escrito a alta velocidade, numa bela manhã de um Outono com Sol, no TGV entre Bruxelas e Paris. O pequeno-almoço, que está incluído no bilhete do comboio, foi de boa qualidade. Mas não é a qualidade que nos faz pensar em Portugal. É a alta velocidade, a polémica, a nossa aptidão para discutir o já resolvido noutras terras.

 

Parece, ao ver os resultados das eleições de ontem, que os nossos projectos de TGV vão para a frente. Ainda bem. A economia, a interligação com o grande mercado que é a Espanha, todos precisam de novas oportunidades.

 

Ganhou a aposta na infra-estrutura.

 

Mas ao nível da superstrutura que é a política, como se reconhece quem ganhou? Para lá da resposta óbvia de quem vai ser convidado a formar governo, penso que conta muito ganhar deputados. Afinal, estamos ou não, numa democracia representativa?

 

Quando um partido perde um grande número de assentos, a verdade é que leva uma  sova  do eleitorado.  O partido que ganha deputados, ganha força. Essa é que é a verdade.

 

Derrotada sai a formação que tinha reais hipóteses de ser governo e que deixou escapar a ocasião. As hipóteses existiam. Havia muita gente à procura de alternativa. Como a não encontraram, resolveram ir passear. Talvez para ver onde vai ser construído o novo aeroporto de Lisboa e por onde vai passar o TGV da nossa esperança.

As campanhas, as ilusões e poço sem fundo

 

O período de campanha vai ser bem mauzinho. Como quer o PS quer o PSD têm a possibilidade de ganhar as eleições, a luta vai ser renhida. Mas à volta de personalidades, de trivialidades e de coisas feias. Receio que a credibilidade dos políticos, que anda já pelas ruas da desgraça, ainda venha sofrer mais uns golpes baixos e para baixo.

 

E como estamos em plena crise económica, receio igualmente que as medidas que venham a ser propostas tenham apenas um carácter paliativo, conjuntural e eleitoralista. Ou seja, as grandes questões estruturais, os grandes desafios que o futuro de todos nós levanta, ficarão por equacionar uma vez mais. Continuaremos a saltitar de subsídio em subsídio, de aspirina em aspirina, sem ir ao fundo das questões.

 

Continuaremos também a confundir intervenção do Estado com políticas de Esquerda. A verdadeira Esquerda é a que se bate pela justiça social e pela igualdade de oportunidades, num quadro responsável de disciplina democrática e de empenho e trabalho a sério.

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