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Crescemos quando abrimos horizontes

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Novos apontamentos sobre o Brexit

Brexit 

A campanha à volta do referendo tem sido muito dura e extrema. Era de esperar que assim fosse. Um referendo divide o eleitorado entre o Sim e o Não, sem as matizes e as hesitações que se encontram nas eleições partidárias. Por outro lado, um dos partidos mais visíveis na campanha para o referendo é o UKIP – UK Independence Party –, um partido xenófobo radical. Tem sido uma voz forte na campanha. As divisões dentro do Partido Conservador também levaram a um exagero de posições, já que cada lado procurou dramatizar o que estava em causa. 

O assassinato de Jo Cox exemplificou, de modo trágico, a violência verbal a que temos assistido. Mas não pode ser visto como uma falha da cultura política britânica. O que é na verdade uma derrapagem da cultura política do Reino Unido é a xenofobia, o ataque contra os direitos dos imigrantes, o menosprezar de outros europeus, sobretudo os provenientes de países mais pobres. 

Os resultados do referendo poderão de algum modo ser influenciados pelo homicídio de Jo Cox por um tresloucado apoiante do Brexit. Mas não sei se isso será suficiente para inverter a tendência que dá a vitória aos que querem a Grã-Bretanha fora da UE. Também não sei se as sondagens estão correctas. As casas de apostas pensam que as sondagens não estão a reflectir o que possa vir a acontecer. 

Economia

Os argumentos económicos começam agora a ter um pouco mais peso, a merecer mais atenção por parte do eleitorado.

Cerca de 50% das exportações britânicas vão para a UE.

Cerca de 7% das exportações da UE vão para o Reino Unido.

Para o RU, o comércio com a UE representa 3 vezes o que é feito com os EUA, 9 vezes o que tem lugar com a China, 42 vezes mais do que o comércio com a Austrália. 

Libra pode desvalorizar 15% em relação ao USD. 

As bolsas já estão a perder valor, mesmo antes do referendo. 

Frankfurt e Luxemburgo poderão ganhar mais relevo enquanto centros financeiros. Mas não vai ser de imediato. Estas coisas, que são altamente especializadas, levam tempo a ser transferidas. Seria, se acontecesse, uma transferência progressiva, que demoraria três a cinco anos, pelo menos. 

Não creio que haja vontade política, na EU, para dificultar, para tornar mais complicada as actividades de Londres nos mercados financeiros europeus. A preferência é a de não mudar radicalmente o sistema financeiro tal como tem existido até agora.           

É provável, no entanto, que as exportações britânicas para a Europa sejam penalizadas com novas taxas. 

Impacto político

 

Na Holanda, na Dinamarca, certamente, que poderão pensar em organizar os seus próprios referendos.

No reforço dos movimentos populistas, nomeadamente em França, na Alemanha, na Hungria e na Polónia.

No entanto, uma vitória do Brexit não será o início do fim.

A faceta engarrafada do Luxemburgo

Muito ocupado, nestes últimos dias. E hoje tive que ir a uma reunião no Luxemburgo. O leitor talvez não saiba, mas certas estradas do grão-ducado estão permanentemente engarrafadas. Quaisquer 10 quilómetros podem demorar cerca de 45 minutos a fazer. Assim, fiz 200 quilómetros em duas horas e os 20 marcos que faltavam davam a impressão de nunca mais acabar.

 

Fiquei a pensar, uma vez mais, que a gestão da circulação nas grandes cidades vai ser um problema muito sério nos próximos muitos anos.

Fora da crise, por um dia

Almoço para dois, 38 euros, no total, com cerveja e café incluídos, na Place d’Armes, no centro da cidade, num dia quente, que 33 graus no Luxemburgo é muita temperatura. As esplanadas cheias, claro, a cidade com um ar despreocupado, que andar nas ruas da velha urbe ducal é como tomar um calmante que faça esquecer a crise no resto da União. De facto, faz bem passear, de vez em quando, fora das preocupações que limitam e fecham os quotidianos cinzentos e exaltados.  

O toque do despertador

Quando me desloco ao Luxemburgo, o hábito é almoçar no restaurante La Boucherie, no centro da cidade, na Place d’Armes.

 

No passado, arranjar mesa era uma questão de sorte, empurrado para um canto de uma das salas, tudo cheio, ou então, fazer uma refeição mais tarde, já perto das 14:00 horas. Este ano, as coisas estão diferentes. Das duas ou três vezes que lá fui, notei que a casa funciona a meio gás. Escolhe-se a mesa que se quer e os empregados dizem muito obrigado. Os jovens quadros, das empresas financeiras e dos bancos que definem esta parte cidade, desapareceram da Boucherie e dos outros restaurantes das redondezas. Muitos talvez até tenham perdido os seus empregos. Mas a maioria come agora de pé, na rua, depois de ter comprado uma sandes, que têm aliás um excelente aspecto. Não será, todavia, por razões de aspecto…

 

Nesta última visita dei comigo a pensar que afinal havia muita gente por essa Europa a viver acima das suas possibilidades…

Estar atento

A agencia de notação Standard & Poor's anunciou ao fim do dia que encara baixar a classificação da Alemanha, da França, Holanda, Áustria e Luxemburgo, de AAA para AA+. Esta é uma má notícia num mau momento.

 

O Reino Unido, que está em crise profunda, manteria a nota AAA. Como se, além do mais, um agravamento da crise na zona euro não viesse complicar ainda mais a situação económica britânica. Estranho me parece tudo isto. 

 

A baixa da notação das principais economias europeias agravaria a posição financeira da zona euro. Teria consequências directas na capacidade de mobilizar novos recursos financeiros, incluindo os necessários para a sustentação dos pacotes gregos, portugueses e outros.  

 

Espera-se, entretanto, que os mercados reajam com serenidade perante esta ameaça.

 

A cimeira de Paris, esta tarde, serviu para dar alguns sinais positivos. Houve vontade de ver o lado mais brilhante da iniciativa, sem sublinhar as zonas de sombra. Reconheço, no entanto, que a conjuntura continua muito instável. À hora a que escrevo, a meio do serão, as primeiras indicações são de que o euro vai voltar a perder algum valor, face ao dólar, nas próximas horas. Esse é um importante indicador de confiança, embora não seja o único.

 

É preciso continuar atento. 

 

Em Portugal, a comunidade opinativa tem, no entanto, outras preocupações. 

 

 

 

Luxemburgo

O dinamismo económico do Luxemburgo é impressionante. Crise, nem falar.

 

E os Portugueses que vivem nesse país contribuem de uma maneira impressionante para o funcionamento da economia.

 

Há gente de origem portuguesa em vários sectores económicos. Sobretudo, os Portugueses mais novos, de segunda geração.

 

Por outro lado, noto que os impostos sobre os rendimentos das famílias são bem menos pesados, quando comparados com a carga fiscal que hoje existe em Portugal.

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