Este é o link para o meu texto de hoje no Diário de Notícias. Cito, de seguida, umas linhas, como já é costume.
"E os principais importadores de cereais são a China, o Egipto, o Japão, o México e a Arábia Saudita. Assim se compreende que nos últimos doze meses, durante a vigência do acordo do Mar Negro, cerca de 25% dos cereais que passaram por esse corredor marítimo tivessem como destino a China. A continuação do acordo, que esta semana expirou por decisão da Rússia, teria interessado à China, para além da Espanha e da Turquia, que adquiriram, respetivamente, cerca de 20% e 10% da carga transportada. E ao nível dos países mais vulneráveis, apenas o Egipto importou um valor com algum relevo (1,55 milhões de toneladas), mais do dobro da tonelagem comprada, para fins humanitários, pelo Programa Alimentar Mundial da ONU."
O drone norte-americano abatido nos céus internacionais do Mar Negro era um dos aparelhos que constantemente percorrem a zona, para captar informações sobre as posições russas, situadas a dezenas e dezenas de quilómetros de distância. Nunca entram, no entanto, no espaço aéreo russo.
A razão que levou os russos a abater este não é clara. Existe uma reflexão para tentar perceber a intenção por detrás dessa decisão.
O que é verdade é que esse aparelho seguia uma trajectória de leste para oeste, para se manter fora do espaço russo e permanecer dentro do que é aceitável em termos militares.
Apesar da rota que seguia, ontem, numa das televisões nacionais, um comentador pago, militar na reserva, mentiu aos espectadores e disse que o drone se dirigia para a Crimeia, ou seja, numa rota para norte. O objectivo da mentira seria, segundo imagino, dar um argumento aos pilotos russos para fazer o que fizeram e que não só foi muito grave como poderia ter despoletado uma confrontação entre americanos e russos.
A mentira não foi contestada e o comentador continua a aparecer no canal televisivo e a receber. Será que também recebe alguma prendinha vinda de Moscovo? Quero crer que não. É só ideologia e manipulação.