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Vistas largas

Crescemos quando abrimos horizontes

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Crescemos quando abrimos horizontes

O Menino Jesus envelheceu

Por esse mundo fora, o Pai Natal roubou o protagonismo ao Menino Jesus. É Pai Natal para aqui, Pai Natal para acolá, do Oriente ao Ocidente, do Norte ao Sul. O centro comercial substituiu a cabana da vaquinha e do burrito, o centro comercial é o novo Presépio. São os tempos modernos, a era do marketing, do consumo e da ostentação, os novos símbolos da vida de agora.

O Menino Jesus transformou-se, com o tempo, num velho de barbas brancas, estranhamente vestido de vermelho, com um grande saco de mercadorias feitas na China às costas.

Haja festa, pois então. E um feliz Natal.

 

Europa 2015

A cerca de um mês do encontro anual de Davos, dizem-me que as três grandes questões que a Europa terá que enfrentar em 2015 são: 1) a retoma do crescimento económico, com base nomeadamente na inovação; 2) o desemprego dos jovens; 3) as relações entre a União Europeia e a Rússia.

Ou seja, nesta perspectiva, 2015 não parece nada fácil.

Parabéns

O SAPO, que aloja este blogue desde o início, faz hoje 18 anos. É dia de parabéns! Pelo que é – uma plataforma multifacetada e um grande sucesso informático – e também por mostrar que em Portugal existem pessoas com ideias e conhecimentos modernos, que lhes permitem competir com o resto do mundo.

 

Trata-se, na verdade, de um exemplo de excelência num sector de ponta. Este é o tipo de Portugal que queremos ver. 

Ó Malhão, Malhão!

Chatham House é um dos think tanks mais importantes no Reino Unido. Tenho dois ou três amigos que trabalham nessa instituição, em Londres, e posso assegurar-vos que se trata de gente de uma inteligência excepcional e de uma experiência do mundo rara. Chatham House organisa ume certo número de debates de alto nível, ao longo de cada ano. As discussões têm lugar segundo a Chatham House Rule, a Regra da casa, que estabelece que quando uma reunião, ou conferência, é realizada com a aceitação dessa regra, os participantes têm toda a liberdade de utilizar a informação que for partilhada, mas não podem mencionar o nome de quem a deu nem a sua filiação institucional, como também não estão autorizados a revelar os nomes dos participantes nessa reunião.  

 

É uma regra que é muito frequente em muitos outros debates, noutras instituições. Muitas vezes, em Bruxelas, tenho a oportunidade de participar em discussões que seguem a Chatham House Rule. O objectivo é o de criar um ambiente que, se for respeitado por todos, permite a cada um de dizer o que pensa e divulgar informação, que doutro modo o não faria.

 

Apercebi-me hoje que em Portugal tudo isto é novidade.  

 

E continuo a ver que estamos todos com muita vontade de malhar em quem não está de acordo connosco. O que faz lembrar a velha canção do Ó Malhão, Malhão! Ou seja, andamos todos a pensar num Portugal de outrora, dos rurais, das danças folclóricas e do mal-dizer. Sem ofensa, claro!

 

  

Os homens do poder...

 

Os leitores, que foram centenas, dos blogs que publiquei ontem sobre o machismo institucional, têm hoje a oportunidade de ver uma das fotografias oficiais da apresentação de votos do Governo ao Presidente da República. E notarão que as mulheres que são ministros, duas apenas, não aparecem na fotografia. Ou seja, houve novamente, ao mais alto nível, falta de sensibilidade política para uma questão que deve ser central, que é a participação das mulheres portuguesas nos órgãos de decisão do Estado. 

 

O que já fora óbvio ontem confirma-se hoje. Somos, em muitas coisas, um país que precisa de se modernizar. 

 

Talvez fosse altura de sugerir aos chefes que mirem o que se passa em Madrid...que vejam a composição do governo espanhol, do actual e do precedente...Em ambos os casos, considerados exemplares, a par dos Nórdicos, no que respeita à paridade entre os homens e as mulheres. 

Saber esperar

Sábado de Páscoa é um dia de transição, na cultura que nos rodeia. De um lado, uma Sexta-feira em que a esperança é crucificada. Do outro, um Domingo que nos desperta uma nova luz, nos abre horizontes, nos faz acreditar na vida.

 

É preciso saber esperar. Ter coragem. Ultrapassar os momentos difíceis. Acreditar no futuro.

As forças conservadoras num Portugal por modernizar

 

O Portugal político é ainda mais conservador que o Portugal sociológico.

 

Hoje, foi a vez da eutanásia. Foi posta na câmara fria. Os conservadores marcaram mais um ponto. Com a benção dos homens vestidos de negro.

 

 

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