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Vistas largas

Crescemos quando abrimos horizontes

Vistas largas

Crescemos quando abrimos horizontes

Andar no deserto

 

Copyright V.Ângelo

 

A última missão que fiz no Chade levou-me ao deserto de Ouara, nas terras do Sultão de Ouaddai. Encontrei alguns dos habitantes. Sim, aqui vivem pessoas.

 

É uma zona de rara beleza, onde nos sentimos bem, mas com uma noção mais clara da nossa pequena dimensão. O deserto ensina-nos a o valor da modéstia.

Um recomeço

 
Copyright V. Ângelo
 
 
A vida é feita de ciclos. Os meus mais ou menos 32 anos de trabalho ao serviço da ONU terminam hoje. Amanhã, e não é mentira, apesar de ser 1 de Abril, passo à situação de reformado das Nações Unidas. Entro pelo meu pé, porque quero e por achar que é altura de o fazer. É um ponto importante. Alguns dos meus colegas ficaram pelo caminho. Situações de perigo exigem sorte, muita. É o momento de os recordar, com a mágoa de quem perde um companheiro. Outros, saíram, porque foram empurrados. Acontece muitas vezes, neste tipo de instituições. Entra-se com dificuldade, sai-se, tantas vezes, quando menos se espera. Pelo pontapé dos outros. São muitas as ratoeiras, complexa a política entre Estados, a trama internacional e o jogo dos seus interesses.
 
Sobrevivi e cheguei ao topo. Não me posso queixar.
 
Falando agora desta janela que tentei abrir todos os dias. O blog. Durante cerca de dois anos, este blog procurou ligar as terras, as gentes de África e de outras paragens ... com o leitor. Foram tempos de grande complexidade, de vivências intensas, de múltiplas descobertas, de encontros com pessoas simples e, também, com outras um pouco mais complicadas...Mas que me deixaram alegrias, experiências inesquecíveis, me ensinaram a ser modesto e a ter uma visão ampla da vida.
 
Gerou-se à volta deste blog um círculo de leitores. Fiéis, generosos, atentos e vivos de espírito. Encontrei nos comentários apoio, força, carinho e amizade, que me ajudaram a ultrapassar os dias mais cinzentos. Obrigado a todos. Aos amigos que conheço, aos que não conheço, mas que considero como parte integrante da lista. Descobri, desta maneira, uma nova avenida para a beleza e a felicidade.
 
Chegou o momento de fechar uma etapa. O passado já foi.
 
Sinto-me como o escritor que termina o seu livro.
 
Mas vejo-me, igualmente, na imagem de um jovem principiante, que ousa abrir um caderno de páginas em branco, a pensar no futuro...
 
Espero escrever muitas páginas nesta nova etapa, talvez diferentes. O desafio continua a ser o mesmo: contribuir para que as vistas sejam o mais largas possível. A vida não pára. A experiência só serve se for partilhada. Talvez agora possa aprofundar certos temas, sobre os quais passei de fugida, tantas vezes escritos em condições que os leitores não podem imaginar, calor, poeira, isolamento, stress, falta de tempo, viagens sem fim, cansaço, ligações complicadas com a net, um gerador a funcionar como se estivesse dentro da minha cabeça, e muito mais. Dizer o que ainda precisa de ser dito, acrescentar a cor que dá uma nova perspectiva à viagem da vida.
 
Chega de conversas. Está na hora de seguir em frente.
 
Queria convidar cada um de vós a acompanhar-me nesta nova etapa, porque afinal só faz sentido escrever as páginas que ainda estão em branco se tiverem a bondade de me ler, de me deixar os vossos comentários, de responder que sim ou que não. Creio que ainda tenho algumas palavras por alinhavar, historietas e outras fábulas por narrar, uma opinião ou outra por partilhar. Conto convosco.
 
Amanhã, ao fim e ao cabo, será apenas um recomeço...

Basicamente falando

 

Copyright V. Ângelo

 

A isto se chama necessidades básicas. Faz-se o que se pode como se pode.

 

Tirei esta foto no campo avançado do contingente de capacetes azuis provenientes do Gana, numa zona da nossa área de operações em que os perigos têm sido grandes. É uma região perto da fronteira com o Sudão, a alguns quilómetros da cidade sudanesa de El-Geneina. O campo tem condições de vida muito rudimentares, como a fotografia revela.

 

Os homens são bravios nestas terras. Bandidos de grande porte e rebeldes de todas as cores circulam pelos caminhos áridos e rochosos. Para que os nossos soldados possam fazer as suas necessidades em paz é preciso muita vigilância.

Um homem grande

 

Copyright V.Ângelo

 

 

Este foi o meu carro blindado, durante dois anos, em N'Djaména.  Um carro que estava muito associado à minha pessoa. Que só saía comigo.

 

O meu motorista, Ousman Aballi, um Chadiano, foi treinado em Washington. Aprendeu a conduzir em situações de risco. Manteve sempre uma relação muito profissional com a equipa do GOE. E, tendo ouvido algumas conversas, que há quem goste de falar enquanto está a ser conduzido, foi sempre muito discreto, fingindo que não ouvia. Um homem grande. Um senhor de silêncios, que é uma das características de quem tem dimensão.

 

 

Madeira precisa de uma onda de fundo

 

Tem que haver uma onda de fundo, de solidariedade nacional, para ajudar a Madeira. Os Portugueses têm que se mobilizar e mostrar que, nos momentos de grandes desafios, somos todos um só povo, uma nação unida pela dor e pela esperança.

 

Que a Madeira seja o estandarte do que há de melhor no coração do nosso País.

Bonecos animados

 

Certos dirigentes da coisa política têm tendência para confundir movimento com liderança. Pensam que por se mexerem muito estão a marcar a agenda. Confundem agitação e frenesim com dinamismo e resultados. Protagonismo com uma linha de actuação clara. A tudo isso, acrescentam uma garganta cheia de voz grossa, para que se confunda ruído com autoridade.
 
São uns verdadeiros bonecos animados.
 

Vistas de Freetown

 

Uma cidade apertada entre as  montanhas e o mar. As montanhas que deram o nome ao 

país, Serra Leoa.

 

Depois de uma guerra civil feroz, a vida voltou 'a normalidade.

 

 

 

Os bairros pobres ocupam as zonas pantanosas da cidade. Mas já não se cortam braços 'a catanada, como se fez durante a guerra, a quem teve a ma' ideia de olhar de lado para os miúdos rebeldes, cujas metralhadoras eram, por vezes, maiores do que eles próprios

 

 

Cenas de rua. Há uma actividade comercial intensa na cidade. Tudo se compra, tudo se vende. Menos diamantes, que esses passam por outros circuitos.

 
 

 

 

A praia de Lumley, na costa Oeste da cidade de Freetown. Durante três anos, foi o meu percurso favorito, ao fim do dia, para grandes caminhadas a pé. Cinco quilómetros de beleza natural, com os pescadores tradicionais a puxar as redes para a praia, ao ritmo das marés.

 

 

 

Fotos copyright  V. Ângelo

 

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