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Vistas largas

Crescemos quando abrimos horizontes

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Crescemos quando abrimos horizontes

Não deixem matar o futuro

Continuo a dizer aos meus amigos que não parem de sonhar, de inventar uma vida melhor, de lutar por ideias grandes. Há muitas coisas más que uma crise como a que vivemos em Portugal traz consigo. Uma delas é matar a capacidade de sonhar. Deixamo-nos então cair na crítica do que é mesquinho. Passamos a viver ao nível rasteiro, do ataque por baixo, pomo-nos à altura, bem medíocre, dos que são pura e simplesmente negativos e têm uma atitude cínica perante a vida. Que criticam tudo e todos, a torto e a direito.

 

Pensem nisso. Evitem-no.

Frio de Verão

A minha filha mais nova enviou-me uma fotografia das suas férias na Inglaterra. A imagem mostra-a toda embalada contra o frio e a chuva, ao lado do meu neto de dois anos, esse de botas de borracha até aos joelhos e com um impermeável que apenas lhe deixava os olhos, grandes que os tem, a descoberto. Ao lado deles, foi apanhada na fotografia, por acaso, uma criança inglesa. Essa aparece na foto com um vestido leve de verão, sem mangas e sem mais agasalhos. Fartei-me de rir e lembrei à filha que quem vive permanentemente, como ela vive, na Andaluzia, tem sempre frio no Norte da Europa.

 

Depois, mal tinha acabado de brincar com o contraste, resolvi sair do escritório, para ir comprar qualquer coisa para o jantar. Antes de sair, protegi-me bem, que o meu olhar rápido pela janela disse-me que lá fora estava um frio danado e mesmo, chuva. Verão em Stavanger, na costa oeste da Noruega, digo eu. Quando cheguei à rua, havia mais. Um vento forte, vindo do lado do mar. Mas mal tinha dado uns passos encontrei um colega norueguês, a passear despreocupado no centro da cidade. Estava vestido com um polo ligeiro, de manga curta, e umas calças de veraneante. Ao ver-me tão bem aconchegado, com casacão e tudo, não conseguiu fechar a boca. Disse-me: vê-se mesmo que vens de Portugal!

 

Ainda o ouvi dizer que o tempo até não estava mau, para quem vive em Stavanger…

Hoje a janela da crise ficou fechada

Peguei no carro e como estava um dia lindo fui dar uma volta por Waterloo, Lovaina-a-Nova e Gembloux, a pequena cidade do sul da Bélgica que se tornou célebre, no passado, pela qualidade da sua Faculdade de Agronomia. São localidades bem organizadas, com um forte poder de compra, rodeadas de campos agrícolas bem cultivados e altamente produtivos. Viajar por essas terras faz esquecer a crise. A expressão “crise” não faz parte do vocabulário corrente dos habitantes dessas zonas. Haverá, nalguns casos, desemprego ou travagem económica. Mas, para o comum dos cidadãos, essas questões não surgem nas conversas do dia-a-dia nem são uma preocupação absorvente.

 

Ao regressar a casa, pensei quão distante estamos aqui de Portugal. 

Uma Europa diversa

Londres e Nova Iorque são cidades globais. Caminhar nas suas ruas permite encontrar gentes vindas dos cantos mais diversos do mundo. São, para um cidadão sem fronteiras, as cidades ideais para viver.

 

Bruxelas é uma cidade mista, europeia e de gentes dos arredores da Europa, do Norte de África à Turquia. Não é a mesma coisa que ser uma cidade universal. Mas é mesmo assim uma aglomeração-mosaico.

 

Ainda hoje, quando viajei de eléctrico do distrito europeu em direcção à minha casa – que se situa num bairro tipicamente belga – entretive-me a escrutinar a paisagem humana que me servia de companhia na carruagem. Havia de tudo, uns mais velhos, outros muito jovens. Cada um metido consigo próprio, alheio à diversidade étnica que convida à tolerância e à abertura de espírito.

 

 

 

 

 

Um dia rosa e verde

Foi um dia em duas partes: de manhã, escrita, a produção da minha coluna para a Visão desta semana.

 

Escrevi sobre os desafios que os partidos da família socialista enfrentam, nesta época de crise europeia e de grandes mudanças sociais e económicas.

 

À tarde, cortar a relva e a sebe, mondar as ervas daninhas, aproveitar o primeiro dia de sol, depois de muitas semanas de ausência, para preparar o jardim para a travessia do período de Verão.

 

Para hoje, chega.

 

 

 

 

De volta

Como prometido, estou de volta.

 

Fiz ontem o voo da British Airways, do Rio de Janeiro até Londres. Um avião cheio - repleto, na Executiva. A maioria dos passageiros seriam brasileiros, gente que vinha de férias para a Europa, no trilho de roteiros turísticos de prestígio.

 

A bordo, a British fez os anúncios da praxe, ao longo das diferentes etapas da viagem. Tudo em Inglês. Nem uma palavra em Português.  

Cumprimentar sem riscos

Quando o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) me despachou, por quatro anos, para a República Centro-africana, em 1985, uma das dificuldades que encontrei, durante vários meses, foi a de conseguir reconhecer as caras, lembrar os nomes e as funções oficiais das muitas personalidades locais que ia encontrando, nas diversas reuniões e cerimónias públicas. Os apelidos eram-me, nessa altura, profundamente estranhos e a arte de identificar as feições da África Central não fazia ainda parte das minhas habilidades.

 

Assim, cada vez que encontrava alguém bem vestido, de fato e gravata, mas sem me poder lembrar do seu apelido nem do cargo, dizia sempre, pelo seguro, “Monsieur le ministre”.  O fulano ficava encantado e a partir daí podia ter-se uma discussão amena.

 

Também é verdade que com remodelações governamentais a toda a hora, com gente que servira, como ministro, na Corte do Imperador Bokassa e outros nos sucessivos governos, sem contar com os titulares em exercício, que o governo era numeroso, não era difícil de acertar. Para mais, se o cavalheiro ainda não fora ministro, o facto de andar de fato e gravata deixava entender que em breve acabaria por ser nomeado.


Em Portugal, com as mudanças na composição do governo a acelerarem-se, vai ser possível, na minha próxima visita ao país, e para jogar sem grande risco, começar a dizer, cada vez que apertar uma mão desconhecida a que corresponda uma gravata de seda, “ Muito prazer, Senhor Secretário de Estado…”

A troika da vida

A minha neta celebrou hoje os seus três anos.

 

Na visita que me fez, ao fim da tarde, mostrou interesse, pela primeira vez, pela porta das escadas que levam ao sótão. Insistiu em abrir a porta. Quando viu a meia-luz das escadas, ficou paralisada. Ela, que estava pronta a explorar uma parte da casa até então desconhecida, acabou por descobrir o medo, um conceito novo. E disse-me que não iria sozinha, pois lá em cima estava o “lobo”. Como nos contos de fadas, que pouco a pouco vão fazendo parte do seu quotidiano.

 

Assim se criam os medos e as lendas que nos fazem hesitar pela vida fora.

 

Queria que eu fosse com ela, escadas acima. Disse-lhe que não, que quem quer conhecer novos mundos tem que saber vencer todos “os lobos da vida”. Todos. 

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