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Vistas largas

Crescemos quando abrimos horizontes

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Ainda o Egipto

 

Na minha página da Visão que hoje foi posta à venda, volto a escrever sobre os acontecimentos no Egipto. Tinha que ser. O assunto continua a ocupar as grandes manchetes dos media. E tem havido, nos países ocidentais, quem tenha expresso profundas reservas e receios sobre o futuro do Egipto.

 

A minha tese principal defende que a mudança no Egipto deve ser encarada pela positiva. Não estamos em 1979, na situação que, na altura, prevalecia no Irão. Temos uma população bem informada, conectada com o mundo e com uma visão ampla das coisas da vida. É verdade que a Irmandade Muçulmana está bem organizada, tem uma vasta rede de serviços sociais, que toca a muita gente. Mas existem outras fatias da população que não se identificam com a Irmandade. A começar pelos militares.

 

Defendo também que esta é a última página da história colonial, no Médio Oriente. Depois da administração directa, pura e dura, tivemos várias décadas de controlo indirecto, à boa maneira anglo-saxónica. É essa fase que está, neste momento, em derrocada.

 

O meu texto pode ser lido no sítio:

 

http://aeiou.visao.pt/nao-ha-razao-para-pesadelos=f589462

 

Entretanto, Hosni Mubarak veio dizer-nos, esta noite, que não sai. Que vai continuar a ser o chefe, embora delegando poderes no Vice-Presidente.

 

Não se entende bem qual é a jogada em que esta cartada se insere, mas foi certamente uma mão terrivelmente arriscada. Amanhã, a rua vai estar cheia de gente. Com manifestações, por toda a parte, que não poderão deixar as Forças Armadas indecisas.

A família socialista ficou mais reduzida

A Internacional Socialista, por carta datada de 31 de Janeiro de 2011, resolveu retirar da lista dos seus membros o partido de Hosni Mubarak.

 

O Partido Nacional Democrático, o partido do regime, era membro da Internacional Socialista desde 1989. Tinha sido admitido como um meio de premiar Mubarak pelo tipo de relações que mantinha com Israel. Não por ser socialista e, ainda menos, por ser democrático. A decisão fora mais um exemplo da ambiguidade com que o Ocidente tem tratado a governação autocrática do Egipto.

Pestanejar

Um ditador empedernido não pestaneja, diz-se nos círculos da política internacional. Sobretudo quando há uma crise nacional de grandes proporções. Pestanejar é, de imediato, interpretado com um sinal de fraqueza. Abre o alçapão do fim do regime. A partir daí, a pressão da rua e a pressão do palácio, dos que pensam que ainda é possível salvar os móveis, juntam-se. E o que começou por um ligeiro tremelicar da vista acaba por levar à queda do ditador.

 

É um pouco o que poderá acontecer nas próximas horas. Se Mubarak vier anunciar que não será candidato às eleições presidenciais de Setembro, o gesto abrirá a etapa final da presente crise. Ninguém pensa em Setembro, neste momento. É uma data perdida no infinito. A rua quer que o Presidente desapareça da vida política, já. E assim vai acontecer. Se pestanejar, estará fora do poder nas vinte e quatro horas seguintes.

 

Apostamos que vai pestanejar.

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