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Crescemos quando abrimos horizontes

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De Bucha ao colapso do multilateralismo

As atrocidades cometidas em Bucha, a noroeste de Kyiv, chocaram meio mundo. Digo assim, pois esses crimes não apareceram ainda na imprensa chinesa. Mas o mundo que ficou chocado não esquecerá Bucha e muitas outras localidades até agora ainda ocupadas pelas tropas russas. Os factos deverão ser estabelecidos com o rigor possível e as consequências penais desses crimes de guerra terão que ocorrer.

Na UE, e também nos EUA, estas atrocidades provocaram uma nova onda de reacções contra Vladimir Putin e os seus. O fosso entre as partes é cada vez mais profundo. Entramos, em grande medida, numa confrontação que começa a ser vital para ambos os lados. Um conflito desse tipo é bastante perigoso. Quando se entra numa fase dessas, cada lado quer levar o outro à derrota. E essa rota está, neste momento, a ser percorrida de uma forma acelerada. A mediação entre a Rússia e o Ocidente parece estar a tornar-se impossível. Temos aí um risco grande e prolongado.

Um risco que se alastra. O primeiro-ministro do Paquistão, que ia ser derrubado por uma moção de censura do seu parlamento, dissolveu o mesmo, com o pretexto de que se tratava de uma conspiração americana. O vizinho do lado, a Índia, joga a carta da neutralidade, mas mantém uma relação sólida com a Rússia. E mais acima, a China, continua a apostar em tudo o que possa conduzir a uma fractura entre a UE e os EUA. Em África, a África do Sul e outros estão a voltar aos tempos do não-alinhamento, que neste caso, significa não criticar a Rússia.

Entretanto, a Indonésia prepara a cimeira deste ano do G20, que deverá ter lugar em outubro, ou pouco depois. Mas, haverá cimeira? Se a Rússia estiver presente, vários outros Estados não irão comparecer. A confrontação a que assistimos irá provocar o colapso de certas instituições multilaterais.

Davos 2022: uma abertura chinesa

Esta é à altura do ano em que os poderosos convergem para Davos. Tal não aconteceu em 2021, por causa da pandemia. Este ano temos um encontro virtual que começou ontem.

Curiosamente, os primeiros oradores, no dia de abertura, foram os presidentes da China e da Índia e o secretário-geral das Nações Unidas. Segui atentamente o discurso de Xi Jinping, algo que não é fácil de fazer por causa do floreado das frases e do recurso a imagens metafóricas que já ninguém usa.

Do muito que disse, sublinho a referência à China como contribuinte maior para a estabilidade Internacional bem como a defesa cerrada que fez do multilateralismo. Essa é uma maneira de colocar a China no lado bom das relações internacionais, ou seja, mostrar que o país desempenha um papel fundamental nas áreas da cooperação e da paz mundiais. Claro que do outro lado da balança, Xi colocou os Estados Unidos que foram mencionados como uma fonte da tensões, de criação de blocos hostis entre si e com uma economia que se fecha e dificulta a recuperação necessária no período pós-covid.

Se tudo isto fosse dito de uma maneira mais simples e mais directa o impacto das palavras do presidente chinês teria sido muito maior. Mas é interessante ver a imagem que pretende fazer valer na cena Internacional.

Esta seria uma tarefa para o G20

https://www.dn.pt/opiniao/uma-vacina-contra-as-rivalidades-geopoliticas-13366109.html

O link acima abre o meu texto de hoje no Diário de Notícias. 

A mensagem fundamental é que o combate à pandemia deve ser global, incluir todos os que tenham meios para nele participar. Os países do G7, ao tentarem excluir a China e a Rússia de um processo coordenado de vacinação nos países mais pobres, estão a cometer um grande erro. Um erro que tem duas frentes: torna mais lenta e menos eficaz a imunização de todos; e não aproveita uma oportunidade de estabelecer uma plataforma de cooperação com essas duas potências. 

No final, perdem os povos que precisam e perderão os ocidentais,em termos de presença no mundo. A China, em particular, não vai esperar por nós. Irá fazer, sozinha, a sua diplomacia com base em campanhas de vacinação em África e noutras partes do globo. 

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