Novas fronteiras do jornalismo
No quadro dos Dias do Desenvolvimento, participei hoje na discussão sobre Media, Cidadania e Desenvolvimento. O IPAD, o organismo público que se ocupa da cooperação, é o grande patrocinador destas jornadas. Várias entidades, sobretudo ONGs, aproveitam a oportunidade para expor o que fazem. A antiga FIL é o local de acolhimento da iniciativa.
A discussão sobre os media teve como motor a ACEP, a Associação para a Cooperação entre os Povos, uma ONG com um passado credível.
Na minha interevenção mencionei que a fronteira entre o jornalismo profissional e o dos cidadãos está a precisar de ser repensada. Hoje existem, no mundo, segundo uma estimativa com um certo fundamento, 115 milhões de blogs. Um número impressionante. O país que proporcionalmente mais bloga é a Coreia do Sul. Se apenas 1% dos blogs do globo se ocupasse de questões políticas próximas das relações internacionais e do desenvolvimento, estaríamos a falar de mais de um milhão de blogs. Muitos desses bloggers estão mais perto e mais por dentro dos acontecimentos que os jornalistas. São, por isso, uma fonte inesgotável e indispensável de informação. Nem tudo o que dirão fará sentido, mas haverá muito que pode ser aproveitado.
Neste contexto, que papel deve assumir o jornalista profissional?