Você disse África do Sul, como mediadora?
O meu comentário deste fim de tarde na CNN P.
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O meu comentário deste fim de tarde na CNN P.
Os Estados Unidos, a China e a Europa: um tripé manco e inseguro (dn.pt)
https://www.dn.pt/opiniao/urge-refletir-sobre-as-nossas-fragilidades-15037332.html
Este é o link para o meu texto de hoje no Diário de Notícias.
Cito de seguida duas frases desse meu texto.
"Não deve levar, todavia, à conclusão de que o multilateralismo está condenado à falência. Antes pelo contrário: é altura de aprofundar a reflexão sobre a atualização do sistema multilateral."
A maior parte das colunas de opinião que aparecem publicadas nos nossos jornais são escritas de forma superficial, atabalhoada e tosca. São uma maçada intragável. Perante essa conclusão, fico a interrogar-me se não será o mesmo com o que escrevo? E se vale a pena continuar a escrever para meia dúzia de fiéis leitores.
O meu texto de ontem no Diário de Notícias foi considerado por um dos leitores que muito prezo como denso, a exigir uma segunda leitura mais atenta. Fiquei indeciso, sem saber como interpretar o comentário.
Um outro leitor, que aprecio de igual modo, disse-me que tinha gostado da minha insistência no valor da diplomacia, na importância que deve ser dada à procura de entendimentos com aliados e adversários. Assim deveria ser, nas relações internacionais e na vida quotidiana de cada um de nós. Os interesses divergentes devem ser resolvidos por meio de negociações e acordos. Assim, ganham todos. A confrontação do vai ou racha não é boa política. Tem custos elevadíssimos e acaba, na maioria dos casos, por não dar a resposta que cada uma das partes esperava.
Uma leitora que vive no Rio de Janeiro enviou-me uma mensagem no mesmo sentido. A diplomacia é a única aposta inteligente. A guerra e os conflitos armados e violentos só trazem prejuízos e sofrimento humano. Ela sabe do que fala. Vê diariamente a situação no Brasil entrar numa espiral de radicalismo e confronto. Mais ainda, andou, com o marido, por vários cantos do mundo, de Angola às Filipinas e viu os custos da intolerância.
Aprecio os comentários que me enviam. E mesmo quando não respondo, não deixo de prestar atenção à mensagem que cada um contém.
https://www.dn.pt/opiniao/a-democracia-nao-pode-ser-um-faz-de-conta-13870769.html
Deixo-vos acima o link para o meu texto de hoje no Diário de Notícias. E agradeço a todos os que reencaminharam este texto para outros leitores, que convidaram outros a adquirir o DN e que me enviaram comentários. Não tive ainda a oportunidade de responder a esses comentários.
Há um parágrafo que nos toca directamente. Cito, de seguida.
"Menos falado, mas igualmente importante para a vitalidade da democracia, é ter-se um sistema de administração de justiça capaz e independente dos políticos. Os cidadãos precisam de ter confiança no funcionamento célere e eficiente dos tribunais, como meios de defesa dos seus direitos e de correção das injustiças. Na era do “totalitarismo digital” isso é ainda mais essencial. Nos Estados-membros onde a justiça é lenta, mal apetrechada e ineficiente, temos um problema quase tão grave como o autoritarismo que existe noutros horizontes. Esses Estados têm uma democracia coxa. Deveriam igualmente ser tema de crítica no Conselho Europeu. Sem justiça eficaz, a democracia é uma ilusão. E os cidadãos, como o mostraram agora os franceses, já não se deixam iludir tão facilmente."
https://www.dn.pt/opiniao/nos-e-a-russia-maxima-prudencia-e-muita-diplomacia-13800396.html
O link acima abre o meu texto de hoje no Diário de Notícias. O texto lembra-nos que, entre nós, existem intelectuais que são autênticos devotos das relíquias do passado representadas na actualidade por Alexander Lukashenko ou Vladimir Putin. Mas é sobretudo um apelo a um relacionamento cauteloso, mas activo entre a nossa parte do mundo e a Rússia. As relações entre estas duas partes estão extremamente tensas. É preciso fazer baixar essa tensão. A cimeira prevista para 16 de Junho entre Biden e Putin poderá permiti-lo. Mas não é certo.
Transcrevo, de seguida, um excerto da crónica.
"O mesmo tem acontecido com a propaganda vinda do Kremlin. Para alguns dos nossos desnorteados, Putin tem sempre razão, quando ataca a nossa parte do mundo. A explicação é a mesma, embora em dose reforçada, que o Kremlin tem um sentido mais simbólico e toca mais do que Minsk na alma dos nostálgicos da União Soviética."
"Aliás, o maior desafio que a UE enfrenta é exatamente o que decorre do fosso de desconhecimento ou de indiferença entre, de um lado, a política e as instituições europeias, e do outro, a vida quotidiana das pessoas. Mesmo em Bruxelas, quem vive uns quarteirões para lá do distrito europeu parece estar tão desligado da UE como uma qualquer família que viva numa pequena aldeia de Portugal. Ora, um projeto político que não seja entendido pelo comum dos mortais é frágil. Pode ser facilmente posto em causa pelos seus inimigos."
Este é um extracto da crónica de reflexão que publico hoje no Diário de Notícias.
O link para o texto completo é o seguinte:
https://www.dn.pt/opiniao/a-eu
https://www.dn.pt/opiniao/inquietacoes-um-g7-muito-combativo-13692454.html
Este é o link para o meu texto desta semana -- de hoje -- no Diário de Notícias.
Cito o último parágrafo dessa crónica de opinião.
"O secretário de Estado americano foi a Londres propor um novo prisma de abordagem estratégica. Antony Blinken defende que o grupo não pode ser apenas um mecanismo de coordenação das grandes economias capitalistas. Deve transformar-se numa plataforma de intervenção política das democracias mais influentes. Isto é a expressão de uma crença prevalecente na atual administração americana de que os EUA têm uma missão – a de salvar as democracias. Para alguns de nós, aqui na Europa, uma proposição desse tipo gera três tipos de inquietações. Uma, relacionada com a crescente marginalização do papel político da ONU. A outra, com o agravamento da polarização das relações internacionais. A terceira, com o peso que um fantasma chamado Trump ainda poderá vir a exercer na política americana."
Hoje foi dia de escrever a minha crónica semanal para o Diário de Notícias. Será publicada amanhã, como tem acontecido todas as sextas-feiras. Depois do exercício de escrita, perguntei a mim próprio se faz sentido estar a escrever algo que depois poucos lêem?
A pergunta tem em conta uma realidade bem evidente. Todos os dias há muita oferta de textos para ler. O mercado está cheio de opiniões e de informação. Assim, que valor acrescenta uma crónica como a minha? Ainda por cima, sobre temas estrangeiros ao quotidiano da maioria das pessoas comuns.
Discuti o assunto com um par de amigos muito próximos. Eles, eu sei, gostam dos meus textos. Mas pedi-lhes que fossem objectivos. E foram.
Por isso, enquanto estes e outros acharem que vale a pena, irei continuar. Mas reconheço que ser escriba nos dias de hoje é estar a falar para o vento que passa. Com algumas excepções, claro.
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