Este é o link para a minha crónica de hoje, publicada no Diário de Notícias. O título é uma chamada de atenção para a necessidade de firmeza quando se trata de defender e fazer aplicar os valores em que assenta a União Europeia. O texto concentra-se numa análise de duas grandes ameaças internas para a estabilidade e a credibilidade da União - o húngaro Orbán e o polaco Kaczynski - e da enorme ameaça externa que Erdogan representa.
Cito uma extracto do meu texto, como é habitual.
"A luta contra a corrupção e pelo bom funcionamento da justiça, sobretudo a sua independência, são dois aspetos fundamentais do projeto europeu."
Acima vos deixo o link para o programa desta semana sobre a Europa, uma produção semanal da Rádio TDM de Macau. Desta vez, faço uma leitura das eleições gerais na Hungria, da onda de homicídios entre jovens em Londres, de Carles Puigdemont na Alemanha, e dos roubos de dados pessoais feitos por empresas parceiras do Facebook.
Cimeira da Áustria sobre o corredor dos Balcãs 23/2; Países do Visegrado não foram convidados, nem a CE, nem a Alemanha e a Grécia. O governo austríaco tem medo das próximas eleições gerais. Estabeleceu um regime de quotas que limita de modo drástico o número de refugiados.
Cimeira com a Turquia: 07/3. Viktor Orban é contra o acordo
Calais: o campo está a ser demolido. Impacto sobre a Bélgica
A imigração para o Reino Unido em 2015: resultado líquido de 320 000 novos imigrantes
Sem solidariedade europeia não haverá solução comum. Sem solução comum não há solução. Ora, a verdade é que cada vez há menos solidariedade.
Não se pode falar em “desorientação”, não há desnorteamento. Vários países dão uma resposta nacional e não acreditam pura e simplesmente numa solução comunitária, europeia. É visto como um problema nacional, com fortes implicações eleitorais.
Para muitos, ou se tomam medidas limitadoras ou então a extrema-direita ganha o poder. Será assim?
Noutras épocas históricas uma situação tão grave como esta já teria levado a confrontações armadas entre os países europeus, entre estados vizinhos.
Schengen tem agora 20 anos de aplicação. Esta é a sua maior crise existencial
Que respostas são possíveis? Têm que ser várias e combinadas:
Mudar a narrativa e torná-la mais positiva, incluindo na narrativa respostas aos receios colectivos?
Suspender Schengen por dois anos? Não
Estabelecer os hotspots na Grécia? Ou noutro país?
Cooperar com a Turquia?
Criar uma Agência Europeia de Fronteiras e de Guarda-Marinha?
Responder às questões de segurança e de luta contra o terrorismo de modo conjugado?
Criar um mini-Schengen?
Sanções contra os Estados que não cooperam? Cortar parte dos subsídios? Será possível?