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Vistas largas

Crescemos quando abrimos horizontes

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Ir ao encontro das oportunidades

Falei, esta manhã, na Gulbenkian, da minha experiência internacional.


Na sala, um grupo de estudantes de mestrado da Universidade de Aveiro, mais umas pessoas ligadas à cooperação internacional. Uma audiência interessada. Muitos já fizeram cooperação nos PALOP e gostariam agora de alargar o seu campo de acção para além do círculo dos países que tem o português como língua oficial. Uma ambição que gosto de apoiar.


Ser jovem, no mundo de hoje, implica, também, uma visão global da vida e das oportunidades. Ficar parado não leva a lugar algum. 



A cooperação à deriva

A cooperação portuguesa deixou de ter importância política. É, na melhor das hipóteses, uma espécie de saco azul que o Ministério utiliza para fazer favores e uns malabarismos nas ex-colónias.


Agora, com a chegada de um novo Secretário de Estado que sabe tanto da poda como eu sei de mitologia esquimó, a coisa ficou ainda mais linda. A única vantagem, no entanto, é que este tem a confiança absoluta do ministro, que tratou o anterior titular como um chinelo.


Mas a confiança serve para quê, quando não há linha de orientação nem uma visão coerente da coisa?

 

 

Fenómenos sísmicos

O meu texto na Visão on-line sobre a participação de Portugal em missões de paz ( http://aeiou.visao.pt/portugal-a-paz-e-o-mundo=f564719 ) -- trabalho que mencionei neste blog há dois ou três dias -- tem estado a atrair uma série de comentários, incluindo comparações entre o que as nossas Forças Armadas e de Segurança tiveram como funções antes do 25 de Abril de 1974 e as responsabilidades internacionais a que têm sido chamadas nos últimos vinte anos.

 

Da discussão é possível, uma vez mais, deduzir que a questão da descolonização continua atravessada na alma e nas emoções de muitos cidadãos. Embora tenham decorrido 36 anos, a verdade é que para muitos, os traumas vividos na altura continuam a marcar a sua visão da política externa portuguesa e, em particular, a sua relação com algumas das antigas colónias.

 

Creio que é normal que assim seja, pois o que aconteceu no seguimento do 25 de Abril foi uma mudança radical da história portuguesa. As transformações políticas e sociais de fundo têm grande peso na vida dos povos. E nem todos viram essas alterações sob o ângulo positivo e renovador que representaram.

 

Numa altura de crise política como a que Portugal vive hoje -- um fenómeno indiscutível, profundo, que pode ter consequências sísmicas comparáveis a Abril de 1974, e que só pode ser negado por quem sinta que a crise é, acima de tudo, um indicador da sua incapacidade de liderança e do fracasso das suas políticas -- é ainda mais tentador comparar o agora com o anterior. Só que os tempos e as circunstâncias são outros.

África entrevistada

 

Ontem, falei na RDP África sobre um conjunto de questões da actualidade. Foi um discorrer entre amigos, com as preocupações do ouvinte sempre presentes, para que a conversa pudesse ter algum interesse. 

 

Tratou-se da minha segunda entrevista radiofónica da semana. Segundo entendi, os níveis de escuta nos PALOP e em Timor-Leste foram muito elevados.

  

 

 

Pode ser ouvida no sítio:

 

 http://ww1.rtp.pt/multimedia/index.php?prog=2099

 

Aconselho a quem se apaixona por questões africanas.

 

 

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