“Renovo o meu apelo aos responsáveis das nações: não levem a Humanidade à ruína, por favor”. Estas palavras foram ditas e repetidas hoje pelo Papa Francisco. Devem fazer pensar, pois o Papa não fala de “ruína” de modo ligeiro. Ele conhece o valor das palavras, sobretudo numa situação de crise profunda como a actual. E se diz “ruína”, é porque acredita que existe esse risco.
O Papa Francisco não tem tido papas na língua, quando fala do terror que a população ucraniana vive. A clareza das suas declarações e a sua autoridade moral não deixam lugar para equívocos. Trata-se de uma "guerra repugnante". E a responsabilidade cabe inteiramente a Vladimir Putin. Um homem que vai ficar na história com o seu nome associado a crimes de guerra.
Quem tem autoridade moral não se deve calar. Antes pelo contrário, deve condenar os crimes de guerra a todo o momento. A situação é extremamente grave. Quem tem visibilidade pública tem de se expressar claramente. Não há espaço para silêncios nem para posições ambíguas, à moda chinesa.