Há por aí quem não queira aceitar que Emmanuel Macron representa uma nova realidade política. Ou, talvez, quem não esteja a ver o filme. Um filme que nos mostra que já não estamos nos anos 90 ou na década passada, mas sim na viragem para uma nova realidade política, completamente nova. A democracia da época digital.
Votar por convicção ou votar útil, para derrotar A ou B? Esta é uma das interrogações que se colocam a quem se dá ao trabalho de se deslocar às assembleias de voto. E não há resposta certa. Cada um deve fazer como melhor entender. Assim deve funcionar o jogo democrático.
Mas o grande problema, este domingo, terá que ver com a abstenção. Creio que vamos assistir a valores históricos. E isso, sim, está fora do que se espera em democracia.
Só que ninguém é obrigado a votar. E que muitos pensam que as escolhas que estão nos boletins de voto são, na verdade, más opções. Quem poderia ser eleito não sobressai. E quem sobressai, terá piada, terá simpatia, mas não tem programa que possa ser implementado nas circunstâncias europeias do nosso país. É que a votação não se pode alhear nem das nossas circunstâncias internas nem das externas. São um todo. É preciso equilíbrio. E falar do futuro de uma maneira que faça sentido.
Quando isso não acontece, uma boa parte de nós fica em casa.