Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Vistas largas

Crescemos quando abrimos horizontes

Vistas largas

Crescemos quando abrimos horizontes

Democracia avançada e não meramente formal

https://www.dn.pt/opiniao/grandes-problemas-pedem-grandes-solucoes-14488326.html

Este é o link para o meu texto de hoje no Diário de Notícias. 

A tese essencial é a seguinte: perante os enormes desafios que temos pela frente, digitais, ambientais, pobreza, competição internacional, segurança, etc, as democracias devem ser governadas por coligações tão amplas quanto possível.

Convido-vos a ler o texto. 

Um novo ciclo político

O Partido Socialista resistiu às pressões vindas da extrema-esquerda. É isso que me parece ser de assinalar. E de pôr a crédito de António Costa. Quanto ao resto, ao futuro, as eleições antecipadas, que parecem agora inevitáveis, mostrarão qual é o rumo que os eleitores querem dar ao próximo ciclo de governação. Alguns dirão que esta não é a melhor altura para que ocorra uma campanha eleitoral. Em relação a isso, penso que o país mudou desde 2019. Os eleitores terão a oportunidade de actualizar o quadro político.

Um congresso morno, em finais de Agosto

O Congresso do Partido Socialista confirmou o total controlo que António Costa tem sobre a organização. É ele quem manda, quem distribui lugares e quem segura os que fazem asneiras, mas lhe são fiéis. Falar na sucessão, nesta altura, é altamente prematuro. Há vários políticos que têm os olhos no prémio, mas vão que ter de esperar o tempo que Costa queira. E, no final, vai ser ele quem irá escolher o sucessor. Não vai deixar o partido, um dia, nas mãos de quem o possa deitar a perder.

Entretanto, irão chegar fundos vindos da União Europeia. O controlo desses fundos é essencial para manter os pequenos caciques do PS satisfeitos. E a melhor maneira é criar novas entidades públicas, ou parapúblicas, mais funcionários, mais projectos de utilidade duvidosa, etc.

Mas não há nenhum problema. Do lado oposto, ao nível do PSD, a trapalhada é enorme. A imagem que projecta não passa, não mobiliza. O PSD não se consegue afirmar como oposição, muito menos ainda como alternativa.

O resto é para esquecer.

Eles consideram-se acima das leis

O que se pede aos políticos, sobretudo a quem está no governo, é que não pensem que estão acima das leis e que podem fazer aquilo que o cidadão comum não pode. Uma vez, há uns anos, fui convidado para ir dar uma palestra na delegação do Porto de uma instituição pública. O dirigente dessa instituição disse-me que poderia ir no seu carro oficial, ao lado dele, com motorista e tudo. Aceitei e jurei que nunca mais aceitaria uma boleia desse tipo. O carro foi conduzido a alta velocidade, muito além do limite e da prática que existe na A1. Fiz duas ou três observações sobre o perigo e a ilegalidade desse excesso de velocidade. A resposta foi que não me preocupasse, pois, o motorista era um excelente profissional e a viatura era oficial.

Trata-se de um mero exemplo. Mas há muitos mais, incluindo viagens ao estrangeiro por tudo e por nada, quando as pessoas estão confinadas. Esses desrespeitos pelas normas e pela normalidade acabam por manchar profundamente a classe política. E criam a mentalidade, entre certos dirigentes, que são donos e senhores do poder, quando na realidade, deveriam considerar-se simples encarregados de missão.

A discussão bravia que por aí vai

A classe política e os comentadores do costume andam muito ocupados a discutir uma nomeação partidária – do partido do governo, é óbvio – para uma comissão importante. Mas, perante os problemas que o país enfrenta e as reformas estruturais que deveriam ser discutidas e feitas, isto é uma ninharia. O pessoal agarra-se a ninharias com unhas e dentes. Confunde, assim, o acessório com o que é essencial. E quem está no poder, goza.

 

Desanimações

Um dos meus amigos, que toda a sua vida foi um académico conceituado, enviou-me este serão uma mensagem sobre a vida política portuguesa que terminava com “um abraço desanimado”. Compreendo. Há de facto uma atmosfera de desilusão entre as elites mais genuínas. E, num outro caso, que também me deixou surpreso, vejo um outro académico escrever hoje no Diário de Notícias uma crónica em que procura olhar para a justiça portuguesa pela positiva, quando se trata de julgar casos como os ligados a Sócrates e ao abuso do poder político. Num exercício de bondade excessiva, compara a administração da justiça nos dias de hoje com o que aconteceu durante a ditadura e a Primeira República. Estranhei. Eu teria comparado com aquilo que se faz nos países europeus mais avançados. E ficaria “desanimado”, sem dúvida alguma.

Os compadres e as suas debilidades

O senhor engenheiro está muito ofendido com o dirigente do Partido Socialista. E di-lo com a brutalidade verbal que lhe conhecemos. Imagino que o “mandante” do PS também esteja muito zangado com o senhor engenheiro. A associação deste com o PS cria um ponto fraco e uma mancha que nenhum estadista gosta de ver atribuídos à sua agremiação política. A oposição poderia facilmente explorar essas debilidades e passa a chamar ao PS o P. do S.

Fim do primeiro trimestre

E pronto, o primeiro trimestre chegou ao fim. Fica a impressão que foi um trimestre a ritmo lento. Mas a verdade é que foi, para nós, em Portugal, um período muito difícil em termos do impacto da pandemia. Muita gente esteve doente e muitos faleceram, sobretudo em Janeiro e Fevereiro. E a campanha de vacinação andou a passo de lesma.

Mas tudo isso faz agora parte do passado. O fundamental é olhar para o segundo trimestre com mais optimismo. E acreditar que o ritmo das vacinações vai ser muito melhor. Essa é a grande esperança.

Olhando à volta – e ouvindo este serão o Presidente Macron – vemos que a pandemia está longe do fim. Antes pelo contrário. A França entra agora num novo período de confinamento severo, por quatro semanas, pelo menos. E as coisas não estão melhores na Bélgica ou na Alemanha, por exemplo.

Tudo isto tem custos humanos e económicos incalculáveis. Alguns partidos ainda não se aperceberam disso e continuam a falar do futuro como se esse fosse igual ao passado. Ora, não se trata de voltar ao quadrado de partida. A Europa e o mundo de 2019 já não existem

Os compadres da política

Esta história das associações secretas tem uma certa piada. As maiores associações secretas que existem na política são os partidos políticos. Cada partido, sobretudo os que estão mais próximos do exercício do poder, seja esse poder qual for, é uma associação de gente que, na sua maioria, só está na política para estabelecer redes de contactos e tirar proveito disso. A maçonaria e a Opus Dei são alternativas de segunda mão. Estar nos partidos é que dá acesso e faz subir na vida, graças às redes de contactos que proporciona e às capelinhas que são criadas.  

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

<meta name=

My title page contents

Links

https://victorfreebird.blogspot.com

google35f5d0d6dcc935c4.html

  • Verify a site
  • vistas largas
  • Vistas Largas

www.duniamundo.com

  • Consultoria Victor Angelo

https://victorangeloviews.blogspot.com

@vangelofreebird

Arquivo

  1. 2024
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2023
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2022
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2021
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2020
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2019
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2018
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2017
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2016
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2015
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2014
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
  144. 2013
  145. J
  146. F
  147. M
  148. A
  149. M
  150. J
  151. J
  152. A
  153. S
  154. O
  155. N
  156. D
  157. 2012
  158. J
  159. F
  160. M
  161. A
  162. M
  163. J
  164. J
  165. A
  166. S
  167. O
  168. N
  169. D
  170. 2011
  171. J
  172. F
  173. M
  174. A
  175. M
  176. J
  177. J
  178. A
  179. S
  180. O
  181. N
  182. D
  183. 2010
  184. J
  185. F
  186. M
  187. A
  188. M
  189. J
  190. J
  191. A
  192. S
  193. O
  194. N
  195. D
  196. 2009
  197. J
  198. F
  199. M
  200. A
  201. M
  202. J
  203. J
  204. A
  205. S
  206. O
  207. N
  208. D
  209. 2008
  210. J
  211. F
  212. M
  213. A
  214. M
  215. J
  216. J
  217. A
  218. S
  219. O
  220. N
  221. D