Domingo de eleições. As listas eleitorais a crescer, que quem morre não é apagado. Com o tempo, e com a falta de seriedade que nos anima, teremos um caderno eleitoral nacional com mais gente do que o total da população residente. Somos, de facto, muito especiais.
Um Domingo de Páscoa que tenha com pano de fundo o que se diz em Portugal sobre a política -- parece que as mini-saias são o grande tema de reflexão nacional, neste momento, num país após Faro --, sobre a crise e também sobre a Europa, tem que ser sem dúvida um dia cinzento.
Os intelectuais portugueses estão acomodados e satisfeitos. Passam o tempo a repetir-se e a cair na tentação do comentário do imediato, do quotidiano político. E' a solução de facilidade. Aliada à eterna busca de um palco.
Para mim, o intelectual é o que está sempre à procura. Um inquieto por ideias novas, que ajudem a entender o sentido dos fenómenos sociais, que aponte soluções para que o progresso social se possa realisar.