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Vistas largas

Crescemos quando abrimos horizontes

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Crescemos quando abrimos horizontes

Erdogan e a sua reunião com Putin

O Presidente Erdogan voltou de Sochi, do seu encontro com Vladimir Putin, profundamente preocupado. Achou que Putin está absolutamente determinado a continuar a agressão militar contra a Ucrânia, custe o que custar. Não há qualquer hipótese de negociações no horizonte. E que, se fôr necessário, não hesitará e atacará um ou outro país ocidental. 

Os ditadores ganham (quase sempre) as eleições

Ao longo da minha vida profissional estive envolvido em vários processos eleitorais. Pude assim observar que uma das características dos regimes autoritários passa pela condução de um processo eleitoral totalmente desfavorável aos candidatos da oposição. Não se lhes dá tempo de antena. Não os deixam organizar um número suficiente de comícios e de reuniões de esclarecimento. Criam-lhe um sem-número de obstáculos. Inventam todo o tipo de mentiras contra a oposição. Acusam os seus principais dirigentes de serem inimigos da nação, pagos e ao serviço de forças estrangeiras. E assim sucessivamente. Mas, no dia da eleição, quando há observadores eleitorais independentes por toda a parte, os ditadores comportam-se como democratas, fazem respeitar a ordem pública e procuram dar uma imagem de liberdade de escolha quando na realidade os cidadãos passaram meses a ser influenciados e enganados.

Neste tipo de circunstâncias, é extremamente difícil derrubar um ditador. Com a faca e o queijo na mão, um ditador inteligente abusa de todos os instrumentos de poder para se fazer reeleger. O que parece ser uma escolha popular é na verdade o resultado de uma prolongada lavagem ao cérebro dos cidadãos.

Nalguns casos, quando apesar de todas as trafulhices levadas a cabo ao longo de meses, o resultado das eleições não é favorável ao ditador, inventam-se vários esquemas para a influenciar os trabalhos das comissões eleitorais e levá-las a declarar certos resultados como nulos ou mesmo a invalidar todo o processo eleitoral. Como dizia Robert Mugabe, quando falávamos destas coisas, só um ditador muito estúpido ou muito distraído é que perde eleições.

As eleições turcas

https://www.dn.pt/opiniao/turquia-e-fundamental-sair-das-eleicoes-com-uma-vitoria-irrefutavel-16335177.html

Deixo acima o link para o meu texto de hoje no Diário de Notícias. Tinha de ser sobre as eleições turcas que têm lugar este domingo. Poderão resultar no aparecimento de um novo foco de instabilidade numa zona geopolítica muito complexa e imensamente importante para a União Europeia. 

Cito as seguintes linhas do meu texto: 

"Em ambos os casos, seja quem for o vencedor, a margem da vitória poderá ser muito estreita. Se assim acontecer, não é impensável supor que o vencido possa recusar-se a aceitar o resultado. Nesse caso, criar-se-ia uma crise política e um processo de agitação social muito graves. Ora, ninguém quer ver a Turquia numa situação de profunda instabilidade interna. Sobretudo nós, os vizinhos europeus. Já temos problemas que bastam. Qualquer indício de crise pós-eleitoral na Turquia deve ser tratado com muita circunspeção e a uma só voz."

Notas de hoje

Kherson:

 

  • um momento de viragem na trajectória do conflito?
  • Contactos entre as partes: antes e depois de Kherson?
  • Vladimir Putin: não aparece na reunião entre Sergei Shoigu e Gen. Sergei Surovikin na quarta-feira, 9 de nov, onde a decisão sobre a retirada de Kherson é tomada publicamente

G20

  • Putin ausente: existe um isolamento diplomático em relação à Rússia?
  • O encontro entre Joe Biden e Xi Jinping: o que estará na agenda?

As eleições intercalares (midterm) nos EUA:

  • As previsões das sondagens e os resultados
  • Joe Biden e o seu futuro político
  • Donald Trump e as eleições presidenciais dentro de 2 anos
  • Ron DeSantis e o Partido republicano

 

 

ERDOGAN

PIB de USD12 600 em 2013 a USD 7 500 em 2022

Inflação 83% pelo menos

A questão curda PKK 20% da população turca (total 82 milhões)
os curdos da Síria que estão na Suécia

A Grécia

Atentado também em 2016

Travar Vladimir Putin

Vladimir Putin resolveu agravar a situação: uma escalada muito clara e muito perigosa. Seria um erro não o levar a sério. Ou seja, é preciso encontrar maneira de o travar, para que não continue num percurso que leve a um desastre ainda maior. Nenhum país pode ficar indiferente quando existe uma ameaça bélica deste tipo. Ontem o Presidente Erdogan disse que era preciso, para se resolver a crise, que as tropas russas saíssem do território ucraniano ocupado. Outros já o haviam dito antes. Mas ter Erdogan a dizê-lo também é muito significativo. Os indianos já haviam dito algo semelhante. A pergunta é agora dirigida aos chineses: quando tencionam ser claros, evitar a ambiguidade em que têm saltitado? Este não é tempo para esse tipo de ambiguidades.

A abertura da Assembleia Geral da ONU

Este foi o primeiro dia da sessão de alto nível da Assembleia Geral das Nações Unidas 2022-23. E despertou um grande interesse político e mediático. Neste dia de abertura, ouviram-se quatro discursos especialmente importantes: de António Guterres, de Emmanuel Macron, Recep Tayyip Erdogan e de Macky Sall, que falou em nome do seu país, o Senegal e da União Africana. O primeiro discurso coube, como é tradição, ao Presidente do Brasil. Mas, Jair Bolsonaro pouco acrescentou à leitura da realidade internacional. A 12 dias das eleições presidenciais no seu país, o que disse em Nova Iorque destinava-se sobretudo para consumo do eleitorado brasileiro. É, aliás, uma prática frequente: muitos dos líderes que falam perante a AG têm sobretudo em mente as audiências domésticas.

Vladimir Putin também vai ao Médio Oriente

Amanhã é a vez de Vladimir Putin se deslocar ao Médio Oriente, para um encontro com o presidente turco e o líder do Irão.

Uma parte da conversa estará relacionada com a situação na Síria. A Turquia tem a intenção de atacar as zonas controladas pelos curdos. A Rússia e o Irão, que jogam no mesmo campo no caso da Síria, opõem-se a esse plano. Que concessões poderão ser propostas por Erdogan para vencer essa oposição? Entre as várias hipóteses, existe a possibilidade de garantir à Rússia que nem a Finlândia nem a Suécia serão aceites como membros da NATO. Erdogan pode vetar essa adesão.

 A outra parte da conversa será sobre a agressão russa contra a Ucrânia. Os russos querem adquirir drones fabricados pelos iranianos e ganhar o apoio político de ambos os países, sobretudo da Turquia, que é um membro da NATO cheio de ambiguidades. Daria muito jeito aos russos ver os turcos fechar os olhos à navegação russa através do Bósforo, nomeadamente aos navios com cereais roubados aos ucranianos.

 

Hoje, errei publicamente na minha análise

Num directo para o noticiário das 18:00 horas da RTP 3, disse, entre muitas outras coisas, que estava convencido que o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, iria continuar a vetar a entrada da Suécia e da Finlândia para a NATO. E expliquei as razões.

Uma hora e meia depois, o Secretário-Geral da NATO anunciou que a Turquia, a Suécia e a Finlândia haviam chegado a um acordo e que o veto havia desaparecido. Ou seja, a minha análise estava errada.

Foi, na verdade, uma surpresa. Não apenas para mim. Para todos os que não estavam no âmago das negociações. Até o meu “amigo Boris” foi apanhado de surpresa, por exemplo.

Para além da surpresa, existem outras preocupações. Nomeadamente sobre a possibilidade de ver deportados para a Turquia certos oponentes entretanto refugiados na Suécia.

Terei que voltar, por causa dessas preocupações, ao assunto. Espero que da próxima vez não erre, não seja desmentido por acontecimentos de última hora.

Erdogan, o ditador que gosta do luxo

O Presidente Erdogan está desalinhado com o resto da NATO desde Julho de 2016. Nessa altura, inventou que uma boa parte da liderança das Forças Armadas turcas estava ligada ao opositor Fethullah Gulen. Oficiais generais e superiores foram presos e condenados a penas descomunais. Conheci vários desses oficiais e sei que eram excelentes profissionais. A geração escolhida por Erdogan para os substituir não tem o mesmo valor. São apenas servis fiéis do presidente.

 

A Finlândia e a Suécia sabem quais são os seus interesses nacionais

Alguns comentadores têm emitido reservas quanto à decisão finlandesa de adesão à NATO. E irão certamente continuar na mesma linha, quando a decisão sueca for oficialmente anunciada.

Parece-me despropositado emitir esse tipo de críticas. Os dirigentes políticos da Finlândia – e a população – têm a maturidade e a experiência necessárias para decidir se é ou não no interesse nacional avançar agora com o processo de adesão. Mais ainda, sabem comparar a Rússia de Vladimir Putin com a União Soviética dos outros tempos. E acham que a ditadura de um só homem é bem mais perigosa do que a maneira mais colegial de decidir – o Politburo – da era soviética.

Iniciado o processo, caberá então aos actuais 30 países membros da NATO avaliar o pedido de adesão. Todos terão de o aprovar. Ou seja, o filtro seguinte é igualmente muito exigente. Do ponto de vista da ordem democrática e da qualidade e eficiência das forças armadas finlandesas e suecas não haverá qualquer obstáculo. Ambos os países reúnem os critérios exigidos pela NATO. Têm, aliás, uma história de cooperação com a NATO.

A Turquia poderá levantar formalmente, ou de modo mais reservado, algumas objecções, como já deu a entender. São, no entanto, reservas oportunistas, para obter vantagens nacionais. Não têm nada de estratégico.

A posição russa é conhecida. O que não é claro é o tipo de retaliações que virá a adoptar. Neste momento, é difícil prever. Estamos em plena crise por causa da agressão contra a Ucrânia. E por muito que se diga, a Rússia de amanhã será um país muito influenciado pelo desfecho da crise ucraniana.

 

 

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