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Vistas largas

Crescemos quando abrimos horizontes

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Crescemos quando abrimos horizontes

As ameaças de Putin são para levar a sério

Agora já não é o simples de espírito do Dmitry Medvedev‎ que fala do uso de armas nucleares e da possibilidade de uma III Guerra Mundial. O papel dele, o de abrir essa possibilidade, terminou. Hoje foi o chefe quem falou do assunto. E não estava com um ataque de fantasia ou a tentar meter medo aos medrosos. Falava a sério. O homem que manda no Kremlin receia uma derrota no Leste da Ucrânia. E, por isso, fala da possibilidade de voltar a atacar Kyiv e de usar armas radioactivas, incluindo contra os EUA. O seu estado mental está bastante perturbado. Quando diz o que hoje disse é de se acreditar que estamos à beira de uma situação muito séria. Agora não é já só a Ucrânia que está em perigo. É todo o mundo ocidental. A começar pela Polónia e o Reino Unido, segundo parece. Neste contexto, o mundo ocidental tem de pensar a sério no que devem ser os seus próximos passos. Para começar, deve acreditar que a situação se está a complicar rapidamente.  

Alargar a ajuda à Ucrânia

A União Europeia e o Reino Unido receberam a visita do Presidente Zelensky e prometeram mais ajuda. É fundamental que o façam e sem demoras. A questão dos aviões de combate é particularmente sensível. A Rússia vê essa assistência com maus olhos. Mas terá de acontecer para que a defesa da Ucrânia possa ser assegurada. Moscovo prepara-se para lançar uma nova ofensiva de grande envergadura. Isso sim, deve ser visto com muita preocupação. E só há uma maneira de responder, sem que nenhum país da NATO entre directamente no conflito: dar meios de defesa à Ucrânia. E os mais eficazes, perante a nova onda de agressão que se espera, são os caças de última geração. Se isso não agradar aos russos, terão que se habituar ao desagrado. Não creio que se atrevam a tomar um qualquer tipo de represália militar contra um dos países da NATO. Será mais uma linha vermelha que deixará de o ser. O importante é que a assistência à Ucrânia mantenha a carácter de defesa. Mas reconheço que a questão da Crimeia é especialmente sensível.  

 

A farsa dos Conservadores britânicos

O Partido Conservador britânico agiu com uma rapidez fulminante. Não precisou de muito tempo para compreender que Liz Truss não tinha condições para desempenhar as funções de primeira-ministra. E que se continuasse no poder levaria o partido à ruína eleitoral e o país ao caos económico. Mas o mais importante era não a deixar continuar a desacreditar o partido. Se assim continuasse, a maioria dos deputados conservadores estaria no desemprego, depois das próximas eleições.

Mesmo assim, e apesar de haverem forçado Truss a pedir a demissão, a imagem dos conservadores junto do eleitorado anda pelas ruas da amargura. Mas o sistema permite-lhes continuar no poder durante mais dois anos, se conseguirem encontrar um substituto credível, alguém que consiga dirigir o governo com um mínimo de competência e juízo. Quem será essa personalidade?

Terá de ser alguém com assento no Parlamento de Westminster. Curiosamente, há quem fale de um possível regresso de Boris Johnson. Se isso acontecesse seria mais um prego no caixão do ridículo em que o partido se encontra. Não creio que a loucura e a excentricidade dos deputados conservadores vão tão longe. No entanto, nestes tempos tão estranhos que vivemos, todas as loucuras são possíveis. Os políticos só andam preocupados com uma coisa: salvar a pele.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Liz Truss e os os outros

Todos sabiam que Liz Truss não tinha as qualidades necessárias para desempenhar as funções de primeiro-ministro. Mas os membros do Partido Conservador votaram nela para não votar num candidato de pele escura, de origem indiana, ou seja, num britânico tolerado, mas não inteiramente aceite. Assim pensa um conservador britânico tradicional. Perante isto, o caos actual em que se encontra o governo de Sua Majestade é partilhado: uma parte resulta da incompetência de Truss, a outra da xenofobia discreta dos mais conservadores entre os conservadores. É uma crise mais profunda, por isso, do que possa parecer. E lembra-nos que esse tipo de xenofobia e sentido de superioridade foi o que levou uma maioria dos britânicos a votar pelo Brexit. Por isso, pensar que a crise em curso poderá abrir a possibilidade de um recuo em relação ao Brexit é um engano. A ideia, a convicção que eles são melhores do que os outros europeus continua entranhada na cabeça de muitos. Incluindo na cabeça de muitos cidadãos descendentes da imigração asiática, da Índia e do Paquistão.

Isabel II: reflectir sobre a sua popularidade

Ninguém é obrigado a fazer fila durante 12 ou mais horas para passar uns segundos em frente do caixão de Isabel II. Que centenas de milhares de pessoas o façam é extremamente significativo: a Rainha, enquanto pessoa, marcou várias gerações de britânicos e de outros povos do Commonwealth. Também foi claramente apreciada por muitos que nada têm de ver com a história e a cultura do Reino Unido e dos países a ele ligados. Uma das características que poderá explicar um nível ímpar de apreço será a serenidade com que exerceu a função. A serenidade é um atributo pouco frequente entre os líderes políticos. Poderá dizer-se que no seu caso era fácil ser serena, na medida em que o cargo era permanente e vitalício. Mas ela sabia que nos dias de hoje, nada na política pode ser tido como favas contadas. A opinião pública pesa muito e é muito instável. Perde-se com facilidade, na actividade da governação, a credibilidade. Ela não a perdeu.

Isabel II: uma figura histórica que se apagou

A Rainha Isabel II, que hoje faleceu, tinha o apoio geral dos seus concidadãos, que por ela tinham uma enorme veneração, e era respeitada nas mais variadas partes do mundo. Os setenta anos do seu reinado, com briefings diários sobre o estado do seu país e do mundo, permitiram-lhe adquirir uma visão completa das enormes transformações que foram ocorrendo ao longo das décadas. Apesar dessa experiência ímpar, manteve sempre uma atitude cordial e reservada, como o protocolo, a tradição e as regras do funcionamento do sistema britânico o exigiam.

Alguns dirão que a monarquia é uma aberração. Mas a verdade é que os eleitores britânicos defendem esse tipo de organização do poder e tem muito orgulho em que assim seja. Não cabe, a nós, estrangeiros, criticar aquilo que os nacionais do Reino Unido consideram como o sistema que mais lhes convém.

Aqui fica a minha homenagem a Isabel II.

Os diferentes modelos de democracia

O Reino Unido muda amanhã de primeiro-ministro. É um processo muito peculiar. Os membros do partido maioritário no parlamento de Westminster escolhem um novo líder e a Rainha nomeia o resultado dessa escolha como primeiro-ministro. E não há contestação. O que nos faz lembrar que em política é a legitimidade da liderança que conta. Se o processo de substituição do primeiro-ministro é aceite como legítimo pelos diferentes partidos e os cidadãos, não há mais nada a dizer. É assim.

A democracia tem vários formatos. Mas a característica mais importante da democracia é, na verdade, a livre aceitação por parte dos cidadãos do sistema em vigor. Por isso, não me parece judicioso criticar as práticas democráticas de outras sociedades, só porque não coincidem com a nossa própria visão do que deve ser uma democracia. Diria mesmo, se um povo decidir que só podem ser candidatos à presidência da República quem tenha passado por um exame, pouco rigoroso, claro, de tolice e superficialidade, quem somos nós para contestar a legitimidade política e democrática do tolo que venha a ocupar o lugar?

Boris, uma lapa sem vergonha

O que continua a acontecer à volta de Boris Johnson é uma vergonha, excepto que ele não sabe o que essa palavra significa. Mais de 40 membros do governo e da política conservadora abandonaram o barco que Boris pilota – ou melhor, que já não pilota, que se está a fundar. E ele continue agarrado ao poder. Sem se demitir, terá provavelmente que sair quando for votada uma moção de censura. O regime é profundamente parlamentar e só o parlamento o poderá fazer sair, seja por perder a confiança dos deputados do seu partido, seja por virtude de uma derrota, aquando de uma moção de censura. 69% dos eleitores pensam que Boris Johnson deveria pedir a demissão.

De qualquer modo, já garantiu o seu lugar na história britânica: por mentir, na altura do referendo sobre o Brexit; e por continuar a mentir e fazer trapalhadas desde que está no governo.

 

Boris, o palhaço aristocrata

O Primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, é um trapaceiro político sem vergonha e com um grande sentido de superioridade de classe. Hoje perdeu dois dos seus principais ministros, que acharam que era tempo de romper a associação com um político que sem vergonha, um mentiroso descarado e um incompetente caótico. Numa outra situação, isso e outros escândalos recentes levariam à demissão do Primeiro-ministro. Mas com Boris não é bem assim. Ele não se demite. Só se for empurrado pela porta fora.

A democracia britânica tem muitos predicados. Mas também dá azo a este tipo de situações.

 

O Jubileu de Platina

Nesta data em que o Reino Unido comemora os setenta anos de reinado de Isabel II, lembrei a um amigo português que não nos cabe julgar a questão monárquica de um país que não é o nosso. São os britânicos que têm uma palavra a dizer sobre o assunto. E a verdade é que a grande maioria tem a Rainha em grande apreço. Sendo assim, Isabel II tem toda a legitimidade democrática, mesmo sem ter sido eleita, para exercer as funções de Chefe de Estado.

A monarquia no Reino Unido é um elemento definidor da identidade nacional. Enquanto estrangeiros, não podemos de modo algum criticar essa opção do povo britânico. E ao dizer isso, não ficamos menos republicanos.

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