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Vistas largas

Crescemos quando abrimos horizontes

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Ucrânia: possíveis passos seguintes

Depois do desfile militar em Moscovo de 9 de Maio, e do que ele pareceu revelar, em termos da situação política interna na Rússia e das hesitações e divisões que poderão existir no interior da classe dirigente do país, chegou o momento de agir com muita inteligência, muita firmeza e pouco ruído. As únicas mensagens que devem ser audíveis são as seguintes: é possível negociar uma retirada pacífica e ordenada das forças russas dos territórios que ocuparam na Ucrânia; os mais altos responsáveis pela agressão devem responder pelos seus actos perante um tribunal internacional; a Ucrânia tem direito a reparações de guerra e à ajuda necessária para a reconstrução do que foi destruído, na base de um plano internacional financiado em boa parte pela Rússia mas também por outras contribuições voluntárias; a NATO e a Rússia estão disponíveis para rever as modalidades da sua cooperação e os princípios da nova era de segurança na Europa; se o processo descrito acima não for aceite por Moscovo, a contra-ofensiva ucraniana será levada a cabo, com a ajuda dos seus aliados e com base no princípio da legítima defesa perante uma agressão exterior.

O mundo que está a ser destruído

https://www.dn.pt/opiniao/a-nova-desordem-internacional-16058005.html

Este é link para o meu texto de hoje no Diário de Notícias. A crónica começa assim:

"Vivemos um período de frenesim diplomático, que foi acelerado pelo conflito que a Rússia abriu contra o Ocidente, ao invadir militarmente a Ucrânia. Há muito que as chancelarias não andavam numa azáfama tão intensa. É o desenho de uma nova relação de forças internacional que está em jogo."

O valor da Assembleia Geral da ONU

O voto na Assembleia Geral da ONU (143 a favor contra 5, mais 35 abstenções) foi uma profunda derrota política para a Rússia de Vladimir Putin. Essa é a principal utilidade da AG: mostrar ao mundo que determinadas políticas geram uma condenação muito ampla por parte da comunidade das nações. É verdade que não se trata de uma resolução vinculativa. Mas tem muito peso político. E será frequentemente citada, para mostrar que a decisão russa de invadir a Ucrânia viola a lei e o consenso internacionais.

 

Rentrée 2022: temos desafios enormes pela frente

Agosto foi um mês de paragem para mim. Mas tive várias vezes a vontade de comentar porque o mundo não parou para férias e o mês teve uma abundância de acontecimentos marcantes. Ao olhar de modo rápido para as semanas que passaram, vejo que a agressão contra a Ucrânia e todas as consequências daí resultantes, as questões do clima – secas, fogos e inundações – e da instabilidade política, incluindo no país de Donald Trump, continuaram a preencher as páginas principais das notícias. E a anunciar uma rentrée e um final de ano bem complicados. Com consequências directas no poder de compra e na vida das famílias.

O regresso deste blog coincide com a divulgação do relatório do Alto-Comissariado para os Direitos Humanos, um organismo da ONU, sobre as violações sistemáticas do direito à vida, à liberdade e à sua cultura das populações uigures da província chinesa de Xinjiang. O documento documenta uma política e uma prática repetidas de crimes do Estado chinês que podem ser considerados como crimes contra a ordem internacional, por serem crimes contra a humanidade, de discriminação étnica e de punição colectiva de pessoas por razões culturais, religiosas e raciais.

Para além de tudo o mais, o relatório deve fazer-nos pensar numa questão que é cada vez mais premente: como devem as democracias relacionar-se com as ditaduras e os regimes que abusam da força para espezinhar os direitos mais fundamentais dos seus próprios cidadãos? Esta é uma questão que não pode continuar a ser varrida para debaixo do tapete.

O custo das sanções

https://www.dn.pt/opiniao/nao-ha-democracia-nem-almocos-gratis-15053973.html

Este é o link para o meu texto de hoje no Diário de Notícias. Agora, interrompo a escrita até Setembro. 

Cito de seguida umas linhas do texto. 

"Não é apenas o autocrático Viktor Orbán que alega que as sanções têm um efeito boomerang e que acabam por prejudicar mais as economias da UE que a russa. Temos por aí gente boa que também vê a coisa assim. E alguns até se julgam mais espertos que os dirigentes europeus, que, entretanto, já aprovaram sete rondas de sanções contra o regime de Vladimir Putin."

A geopolítica não serve para justificar guerras

Hoje, vi-me forçado a lembrar ao meu amigo D. que estamos em 2022. Já não vivemos em 1991 ou 1998, e ainda menos nas décadas anteriores. Agora, as pessoas e as suas opiniões contam como não contavam nesses tempos. Se os ucranianos não querem ser russificados, ou aderir à Rússia de Vladimir Putin, não há nenhuma teoria geopolítica que justifique o uso da força. Esse uso é pura e simplesmente ilegítimo.

E já agora, o mesmo se pode dizer sobre Taiwan, o Tigray, a Palestina e outros territórios.

Discutir ideias, sem ofender as pessoas

Não creio que os meus textos mostrem que ando confuso. Digo isto por ver vários dos meus amigos baralhados perante os acontecimentos correntes. São pessoas bem-intencionadas, que procuram informar-se. Não compreendo como acabam por ficar com as ideias aos ziguezagues. Por exemplo, neste dia em que a Rússia cometeu mais um crime de guerra, ao atacar e destruir um centro comercial na cidade ucraniana de Kremenchuk – um alvo inteiramente civil – um amigo mandou-me uma mensagem e telefonou-me para mostrar a sua preocupação com a crescente militarização dos Estados Unidos e a influência que isso está a exercer nas escolhas europeias em matéria de defesa. A mensagem foi fácil de tratar: existe uma tecla “delete”. A chamada telefónica foi mais complicada. Tenho um grande respeito por esse amigo e não queria tornar a coisa num assunto pessoal. Tentei focar a discussão na questão e não na pessoa. Não foi fácil. Muitos intelectuais não conseguem fazer a diferença entre destruir um argumento e a ofensa pessoal. Mas tentei e continuarei a tentar.

Grandes interrogações

https://www.dn.pt/opiniao/um-ano-muito-insolito-para-onde-vamos-14949666.html

Este é o link para o meu texto desta semana no Dário de Notícias. 

Cito de seguida os dois parágrafos finais do texto.

"Entretanto, a tensão entre os EUA e a China entrou numa fase bem mais perigosa. E o empobrecimento dos países mais vulneráveis, algo que desapareceu das letras gordas dos jornais, está em aceleração. No Sri Lanka, nos países do Sahel, na América Central, no Haiti e no Paquistão, para mencionar apenas alguns. E as economias das nações mais ricas estão cada vez mais a viver à custa do endividamento das gerações futuras, no meio de uma inflação que mostra os desajustamentos entre a produção, as importações e os padrões de consumo. Entretanto, as organizações multilaterais continuam a perder força e imagem.

Estamos em pleno numa encruzilhada de incertezas críticas e de graves riscos. Para onde vamos? E onde estão os líderes visionários, capazes de propor as vias do bom senso?"

Uma volta ao mundo em dez perguntas

Hoje fizeram-me uma série de perguntas sobre o mundo. Foi uma longa sessão, que resultará numa entrevista que deverá sair a público no primeiro dia do Ano Novo. Ou nesse fim de semana. Falei de Joe Biden e do seu primeiro ano de política externa. Da Europa como potência global. De Vladimir Putin e da NATO. Da pandemia. Da reforma das Nações Unidas. De questões de liderança, que é um tema que estudo há alguns anos. Aí, falei dos diferentes tipos de líderes: positivos, como Nelson Mandela; negativos, como Donald Trump; e dos neutros, que não atam nem desatam, apesar da popularidade que têm. Neste último caso, deixo a escolha de um exemplo para o leitor. Tenho a certeza que haverá por aí um nome que sobressairá de imediato. Claro que também respondi a questões sobre a China.

No final, o entrevistador, que é um dos grandes dos nossos media, recompensou-me bem, ao dizer:” Excelente reflexão sobre o mundo de um homem que efetivamente viu muito mundo”.

Eu li a opinião do Presidente

O Presidente da República escreveu hoje um texto de opinião a que chamou “um ano de transição”. 

Uma leitura atenta do texto deixa-nos a questão que o título levanta: estamos em transição para onde? Que quer dizer um ano de transição?  A resposta não é clara. 

Eu diria que foi sobretudo um ano de expectativas goradas. Em Portugal, na Europa e no mundo. 

Em Portugal, porque se esperava ser possível lançar o plano de resiliência e de recuperação, e isso não aconteceu. Também, porque se queria estabilidade política, num período de grandes desafios económicos e sociais, e isso não aconteceu. Antes pelo contrário. Foi um ano de instabilidade governativa, em virtude das tensões que surgiram entre o partido no governo e os partidos seus apoiantes na Assembleia da República. E de instabilidade no seio de certos partidos.

Na Europa, ficaram por resolver as questões do estado direito em alguns países membros, bem como os problemas da imigração e da insegurança energética. A Europa continua a falar de soberania, sem que se perceba bem o que significa soberania na época digital e num espaço geopolítico fragmentado entre 27 nações. 

 Ao nível internacional, as rivalidades entre as grandes potências entraram uma fase mais complexa de confrontação. E no que respeita à pandemia, a autoridade da OMS não saiu reforçada nem a questão da desigualdade vacinal foi resolvida. Não houve transição. Houve, isso sim, egoísmo nacional a mais. 

Na realidade, o texto presidencial é apenas uma fotografia vaga, um exercício de palavras que não ousa aprofundar as questões que levanta. 

O único ponto que considero particularmente relevante diz respeito à transição para a pobreza durante o ano de 2021 de várias secções da nossa população. O presidente fala dos mais vulneráveis, mas não inclui na lista as famílias mono-parentais nem os jovens diplomados pelas universidades e que não conseguem sair de casa dos pais porque o seu diploma de mestrado é remunerado ao nível do salário mínimo. Ou seja, temos toda uma geração de jovens universitários, qualificados, mas incapazes de ganhar a independência económica que a vida adulta requer.

Finalmente, acho importante que o presidente faça uma referência especial à questão da saúde mental. Essa é certamente uma área que não tem recebido atenção e os recursos financeiros que seriam necessários. Mas também é preciso falar do Serviço Nacional de Saúde, das imensas dificuldades que enfrenta, do negócio que é a saúde privada, e que não deveria ser, e do esforço extraordinário que muitos profissionais de saúde, a laborar no SNS, têm demonstrado ao longo deste e do ano passado.

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