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Vistas largas

Crescemos quando abrimos horizontes

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Crescemos quando abrimos horizontes

A faceta engarrafada do Luxemburgo

Muito ocupado, nestes últimos dias. E hoje tive que ir a uma reunião no Luxemburgo. O leitor talvez não saiba, mas certas estradas do grão-ducado estão permanentemente engarrafadas. Quaisquer 10 quilómetros podem demorar cerca de 45 minutos a fazer. Assim, fiz 200 quilómetros em duas horas e os 20 marcos que faltavam davam a impressão de nunca mais acabar.

 

Fiquei a pensar, uma vez mais, que a gestão da circulação nas grandes cidades vai ser um problema muito sério nos próximos muitos anos.

Em Addis Abéba

Estive em Addis Abéba nos últimos dias, depois de uma ausência de vários anos.

 

É sempre com emoção que volto à capital da Etiópia. A razão é simples: foi a primeira cidade de África que conheci. Cheguei a Addis em Julho de 1978 e aí começou o meu percurso africano de três décadas. Foi uma estada curta – uma semana –, num momento muito difícil para o país. O imperador havia sido deposto e assassinado uns tempos antes. Vivia-se uma época de grande repressão e de terror político, que ficou conhecida na história como o “Derg”, uma palavra que significa “comité”. Milhares de civis e militares foram executados às ordens do Derg, chefiado por Mengistu Hailé Mariam, um ditador sangrento que anos mais tarde haveria de ser meu vizinho de bairro em Harare, onde Mugabe o havia aceitado como refugiado político.

 

A obediência incondicional era então a palavra de ordem. E a miséria definia o modo de vida da população.

 

Hoje, a Etiópia é um país mais livre. Mas ainda muito controlado pelo poder político. A obediência já não terá o mesmo significado que tinha em 1978. Continua, no entanto, a desempenhar um papel importante no quotidiano das pessoas. Há mais espaço político, embora com fronteiras muito definidas. Pisar o risco é um risco grande.

Correrias

A viagem hoje foi outra: correr de um lado para o outro da cozinha, a mando da Saskia, que, com dois anos, ri muito e manda mais. Tem muito jeito para misturar alegria com autoridade.

 

Para quem tem andado a correr de um lado para o outro, foi um dia que permitiu voltar a assentar os pés na terra e recordar o valor das coisas simples. 

O rodopiar das motas

Cheguei esta manhã às margens do Mekong. O voo Bruxelas- Bangkok estava pelas costuras. O avião, um enorme 777, transportava imensos turistas belgas, que vinham passar uma semana ou pouco mais longe dos céus cinzentos da Bélgica. Impressionante, sobretudo numa altura de crise económica. O taxista que levara para o aeroporto de Bruxelas resumiu bem o clima actual: 12 horas de trabalho diário, nas ruas da capital da Europa, para levar 1600-1700 euros para casa, ao fim do mês. Um valor baixo, numa cidade cara como Bruxelas.

 

Fiquei novamente com a impressão que vivemos, na Europa, em cada país, em círculos diferentes. Os que estão fora da crise e os que estão dentro.

 

De Bangkok para Phnom Penh, um avião mais pequeno, um 737, mas tão cheio como o primeiro. Turistas, muitos deles australianos, e outros passageiros, sobretudo comerciantes. O Camboja tornou-se, nos últimos anos, uma atracção turística: uma parte da actividade económica tem que ver com os serviços  prestados aos turistas. É, igualmente, um grande mercado para os artigos chineses, coreanos e japoneses.

 

As primeiras impressões são de que se trata de um país cheio de dinamismo, mas muito ingrato para com os mais fracos. O estado diz claramente que não tem meios e que por isso cada um tem que se desenrascar. Os salários são baixos, mas isso não impede que as ruas estejam cheias de motas de todo o tipo, o meio de transporte por excelência. Os motociclistas aparecem aos magotes. Atravessar a rua é uma aventura.

 

 

Estónia

 

 

Copyright V. Ângelo

 

Fachada principal da Universidade de Tartu, no sul da Estónia, esta manhã. A grande maioria da população de Tartu tem menos de 35 anos. A cidade faz-se toda a pé, com excepção das faculdades de agricultura e de veterinária, que estão à saída, na estrada que nos leva de regresso a Tallinn. 

 

Muitos parques, vegetação abundante. Numa das ruas mais centrais concentram-se as vendedoras de flores. Mulheres de idade, a contrastar com a juventude que as rodeia, e de origem russa. As flores são lindas e como o resto, estão disponíveis a preços que imbatíveis. 

 

A Academia Militar da Estónia e a Escola de Estado-Maior dos Bálticos, e não só, pois é frequentada por oficiais superiores vindos dos países do Cáucaso, da Alemanha e dos Estados Nórdicos, estão também localizadas em Tartu. 

 

Tudo isto dá à cidade, que tem cerca de 100 000 habitantes, um ar descontraído, jovem, arejado e tolerante. É, além disso, uma terra muito segura. Apesar da cerveja que é consumida ao litro, sobretudo nestes dias de muito calor.

 

 

 

O último dia junto do Mar Cáspio

 

Copyright V. Ângelo

 

Imagens de Baku. A torre é um dos monumentos mais antigos da humanidade, sendo a parte mais baixa dos Séculos VIII-VII AC.

 

As duas outras torres, de vidro, perfazem, com uma terceira, que ficou fora desta foto, mas é mesmo ali ao lado, o símbolo de uma cidade que se renova de um modo acelerado.

 

Qual será a filosofia por detrás das dezenas ou mesmo centenas de novas torres que estão em construção, por toda a parte da cidade?

Não é bom atravessar a rua

Em Baku, no fim de um dia cinzento, à beira de um mar ainda mais escuro, numa capital que se renova e acrescenta novos edifícios de grande luxo a uma terra que parece virada para o futuro. É, numa primeira impressão, um paraíso para os arquitectos modernos e para as grandes empresas multinacionais ligadas ao sector da construção.

 

O centro da cidade é um perigo para quem atravessa a rua. Os carros circulam com alguma velocidade nas avenidas mais largas e as passagens de peões não têm luzes. Dá para que fique paralisado, à beira do passeio, sem coragem para atravessar. Se a minha coragem não crescer, ficarei sem ver o pouco de histórico que há para ver.

 

 

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