Queria confirmar que leio todos os comentários que me fazem. Não tenho respondido por questões de perícia. O Sapo mudou o sistema de resposta e ainda não consegui encaixar com ele. Mas os comentários são apreciados. E devo dizer que não tenho sido alvo de ataques parvos ou mal-educados. São muitos os que se queixam da violência verbal nas redes sociais. Ela existe, é um facto. Aqui, não tem aparecido. Também é verdade que promovo “vistas largas”. Acredito que a diversidade de opiniões e a tolerância pelas ideias dos outros são dois pilares importantes da prática democrática. Lutar por eles, segui-los, tudo isso faz parte do combate por uma sociedade mais evoluída e pela exclusão de todos os pequenos ditadores que por aí andam.
O SAPO anda por aí a perguntar a certas pessoas qual seria a sua prioridade número um, se fossem o próximo Primeiro-Ministro, após as eleições legislativas de Outubro. Acho que é uma boa iniciativa. Mais ainda, creio que cada português – homens e mulheres – se deveria interrogar da mesma maneira. Daí resultaria, certamente, um sentido mais apurado do que falta fazer no nosso país. Todos ganharíamos com esse exercício.
O Sapo mudou de aparência. Ficou com um ar que inspira modernidade e graça. Na minha opinião, foi uma alteração muito positiva que faz jus a uma equipa de gente nova e virada para a frente.
Este é um bom exemplo da nova geração de portugueses e da economia que se quer ver implantada em Portugal. Criadora, sempre pronta a renovar-se, capaz de sair da toca e ir à conquista dos mercados disponíveis. É a economia do conhecimento, das novas tecnologias, da inovação permanente, da confiança na capacidade dos que fazem parte da equipa e na inteligência dos utilizadores (consumidores).
O sucesso do Sapo precisa de ser melhor contado e de se tornar um exemplo nas escolas de negócios e de criação de empresas.
O SAPO, que aloja este blogue desde o início, faz hoje 18 anos. É dia de parabéns! Pelo que é – uma plataforma multifacetada e um grande sucesso informático – e também por mostrar que em Portugal existem pessoas com ideias e conhecimentos modernos, que lhes permitem competir com o resto do mundo.
Trata-se, na verdade, de um exemplo de excelência num sector de ponta. Este é o tipo de Portugal que queremos ver.
A Sapo teve a gentileza de colocar o meu texto de ontem (“Política para gente inteligente”) na primeira página do seu site, como um artigo relevante de opinião. Foi uma boa surpresa.
No seguimento, muitos visitaram, ao longo do dia, o “Vistas Largas”. O que me deu alento, devo confessar. É que isto de escrever um texto todos os dias tem o seu custo, que é agravado pelo facto de muitas vezes me interrogar sobre a utilidade de tal esforço.
Quem escreve, como eu, sem estar ligado a um partido político, a um lóbi, a uma loja, a um grupo de loucos enraivecidos, ou de oportunistas, tem poucas chances de ser lido e de ter qualquer tipo de influência. É-se um mero pistoleiro no deserto, aos tiros contra os cactos que povoam o horizonte.
Estive recentemente com um dos líderes da cena internacional que há anos que não via. O homem lembrou-me, uma vez mais, todos os tiques e defeitos de uma liderança fraca:
-Incapacidade de ouvir;
-Enjaulado no seu próprio discurso, que repetia até aborrecer a audiência;
-Falar como quem dispara uma metralhadora, sem que o discurso tome a forma de uma conversa e de um diálogo;
-É tudo muito mecânico;
-Muito formal; e quando se torna informal, dá a impressão que é por razões de temor, de medo do interlocutor;
-Rodeado de servilismo;
-Atraindo os oportunistas; os que não são subservientes, estão no jogo por motivos de promoção pessoal.
O que faz ainda mais pena é que o homem, se estivesse aconselhado como deveria, até poderia sair-se bem da festa. Mas estes fracassos que aparentam sucesso gostam de se fechar em círculos bajuladores imbecis.