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Vistas largas

Crescemos quando abrimos horizontes

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Tempestades políticas no início do Outono

Este início de Outono está cheio de tempestades políticas.

 

No PS, vai cair um líder que as personalidades do partido nunca aceitaram e que tiveram agora a oportunidade de o dizer às claras. Seria interessante perceber as verdadeiras razões da antipatia, que é visceral, para além da retórica política do mais à esquerda ou mais à direita. Quem tiver tempo e queira fazer uma tese sobre isso, tem aqui um tema original.

 

Do outro lado, ao nível do governo, o Primeiro-ministro está profundamente fragilizado. Nunca o vi assim. Está preso por um fio. Depois das trapalhadas recentes nas áreas da Educação e da Justiça, sem que tenha havido qualquer tipo de consequência política – eu teria demitido os ministros, com elegância, dizendo em público que haviam pedido a demissão – temos agora um caso muito grave, que atinge a cabeça da governação. Com as dúvidas sobre o comportamento de Passos Coelho enquanto deputado, na segunda metade da década de noventa, o governo e a coligação que o apoia estão destabilizados. E o Primeiro-ministro está numa posição insustentável. Tem que dizer se sim ou sopas.

 

O recurso à Procuradoria-Geral da República é uma manobra de diversão. A PGR nada pode fazer em relação a um possível crime que já está prescrito. Nem a questão é um assunto de tribunais. Esse tempo já passou. Hoje, trata-se de uma matéria de alta relevância política. E deve ser resolvida, pelo PM, de modo político. Deve vir para a frente e dizer, se sim ou não. Se cometeu ou não aquilo de que é acusado.

António Costa

A rentrée política portuguesa é marcada por um dado novo: a passagem de António Costa do poder local para a cena política nacional. O novo estatuto, que irá sem dúvida adquirir dentro de três semanas, quando vencer folgadamente as primárias do PS, terá o efeito de alterar o jogo político dos próximos doze meses, para falar apenas do período que vai decorrer até às eleições legislativas de 2015. À sua esquerda e à direita, os seus adversários farão tudo e mais alguma coisa para travar a dinâmica que a sua liderança procurará dar ao seu partido. Vai ser um ano político agitado mas certamente rico em surpresas.

Mais reflexões sobre a liderança

Um líder forte não deixa arrastar as situações nem permite que outros o tentem fazer.

 

Quando é atacado, responde de imediato e de maneira resoluta, que estas coisas da liderança não se compadecem com longos períodos de indefinição. Quando o poder está em jogo, a experiência de trabalho com políticos de muitos cantos do mundo ensinou-me que a regra a aplicar é muito simples: ou vai ou racha!

 

Por outro, quem resolve pôr em causa o líder no poder tem que mostrar uma grande determinação, ferrar bem as canelas do adversário e não largar enquanto a disputa não estiver resolvida.

A crise de liderança no Partido Socialista

Alguém me perguntava como vejo a situação no interior do Partido Socialista português. Com naturalidade, foi a resposta. Estas coisas acontecem.

 

 No passado recente, em vários países europeus, verificaram-se contestações às lideranças partidários, gente vinda de dentro a desafiar quem estava à frente e que poderia ser considerada como pouco capaz de dar conta do recado. Alguns desses desafios deram origem a mudanças, outros não. Sem contar que quando isso acontece, pode aparecer um nome inesperado, um fora de jogo que resolve entrar no jogo.

 

Tudo isto é muito fracturante, gera muitas inimizades, mas a política no interior dos partidos é feita dessas coisas. As lutas internas, as intrigas, as alianças e contra-alianças, tudo isso acontece e faz parte da vivência dos partidos.

 

O importante é clarificar as questões sem grandes demoras. Um processo de luta pela liderança que se arraste deixa feridas mais profundas e enfraquece a todos, mesmo o líder que venha a ganhar.

Um Seguro a dar à costa

Em Portugal, o Partido Socialista sai enfraquecido das eleições europeias, apesar de ter sido o mais votado. A vitória é de facto por uma diferença demasiado pequena.

 

E agora, com o anúncio público feito por António Costa, sem ter avisado previamente o Secretário-geral do seu partido, o que mostra a natureza do homem político que ele é, de que estaria pronto para ser o novo líder dos socialistas, abre-se uma crise profunda.

 

Mas a vida política é assim. Não há amizades, não há delicadezas, só há interesses.

 

Seguro tem, por muito que não queira acreditar, os dias contados. Refugiar-se nos estatutos não é solução. Precisa, rapidamente, de convencer os principais barões do seu partido que ainda tem algo para oferecer.

 

Ora, depois dos resultados de domingo e das facas que os seus opositores estão a desembainhar, depois de terem passado meses a afiá-las, do golpe mortal que Mário Soares lhe deu hoje no seu texto semanal de fel e raiva, pouco resta a Seguro.

A cabecinha muito especial

Martin Schulz, o candidato social-democrata à Presidência da Comissão Europeia, conhece bem as subtilezas da língua de Sua Majestade. Quando hoje um jornalista português lhe perguntou qual seria a sua opinião no que respeita à proposta de António José Seguro sobre o desemprego – Seguro propõe que parte do subsídio de desemprego seja paga pela União Europeia – o candidato respondeu… “Interesting!”

 

“Interesting” é a maneira inglesa de dizer que se trata de uma mera idiotice.

 

Não significa, nem pouco mais ou menos, “interessante”, como uma certa imprensa gostaria de nos fazer crer. Significa, isso sim, que o proponente é um bocadinho original da cabeça…

Rio e Costa: nem sim nem sopas

Rui Rio tem sido mencionado na comunicação social e em iniciativas de amigos como um possível substituto de Passos Coelho à cabeça do PSD.

 

Hoje, veio dizer que não é candidato. Que acha que não é altura de pôr em causa a liderança actual do seu partido. Que isso iria destabilizar a governação, a execução das reformas em curso.

 

Fez-me pensar em António Costa. Também ele era dado como candidato à substituição de António José Seguro, no PS. Respondeu que esta não seria a altura de abrir uma rivalidade.

 

Ou seja, vamos continuar com Passos Coelho e Seguro, por um lado, e com rivais, por outro, que continuarão a personificar as respectivas oposições internas, mas sem dar o passo em decisivo, para já. Assim destabilizam de modo continuado por não quererem destabilizar num só dado momento, agora.

 

Com líderes assim, o PSD e o PS andam de facto com os nervos à flor da pele, sem que nada se clarifique de vez.

O PS e Paulo Portas

No calor do debate em curso, sobre o Partido Socialista, as divisões no seu sei, as opções políticas, à esquerda ou à direita, alguém me perguntava hoje se seria possível pensar numa coligação dos socialistas com um ou dois partidos à sua esquerda. A resposta é simples: ser possível, claro que é. Se os resultados das próximas eleições o justificarem e se houver vontade e acordo entre os dirigentes dos partidos em causa, a possibilidade existe.

 

Trata-se, contudo, de uma possibilidade teórica. Não vejo a direcção socialista actual encarar uma tal hipótese. Também não consigo antecipar um acordo sobre um programa comum. E não acredito que o nível de confiança entre esses partidos seja suficiente para que possa permitir um entendimento e um mínimo de boa-fé entre eles.

 

Assim, as próximas eleições só podem levar a uma de duas: ou um dos paridos ganha uma maioria absoluta, ou então terá que haver uma coligação com a direita ou à direita. A maioria absoluta deveria ser o objectivo a atingir. Mas parece-me muito improvável. Resta-nos uma coligação à direita, o que no caso de uma vitória em minoria do PS acabaria por trazer o Paulo Portas de novo ao governo.

 

Paulo Portas, ouviram bem?

 

Teríamos então um PS preso às manhas políticas de Portas.

 

Um pesadelo, este país, por agora.

 

 

 

É seguro falar

Está em curso uma nova vaga de ataques à liderança de António José Seguro. Quem deu o sinal da abertura da caça foi Mário Soares, com a referência envenenada à percentagem de 90% de intenções de voto, que seria o patamar de apoio do eleitorado, caso a direcção do PS fosse mais dinâmica. Desde então, têm surgido várias declarações públicas, a favor e contra. Mostram, sobretudo, que temos um PS com vários centros de comando e interesses divergentes.

 

Perante isto, que deve fazer Seguro? Continuar a falar por interpostas pessoas, incluindo Vitorino e Correia de Campos, que escreve um artigo no Público de hoje que vale a pena ler?

 

Acho que não. As opiniões de gente conhecida que o apoia são importantes e devem continuar a ser expressas. Mas ele, enquanto Secretário-geral do partido, tem que vir à arena. Tem que pôr os pontos nos is e denunciar o jogo de quem está a minar a autoridade da liderança.

 

Um verdadeiro líder faria assim.

 

Fingir que não vê e que não é nada com ele não é sustentável. A prazo, esse tipo de postura acabará por lhe custar o lugar que ocupa.

 

 

 

 

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