Os Países Baixos foram às urnas
Os holandeses têm uma imagem pouco simpática fora do seu país. Mas a verdade é que são um povo com um grande sentido de civismo e de dever.
Voltaram a mostrar essas qualidades nas eleições legislativas que hoje terminaram. A taxa de participação foi de 81%, um valor elevado que nos faz sonhar. Além disso, repartiram os seus votos por toda uma série de partidos, obrigando o próximo governo, que será uma vez mais conduzido por Mark Rutte –primeiro-ministro há mais de dez anos – a ser baseado numa coligação.
Será uma coligação bastante ampla, porque o segundo partido mais votado, o D66, é bastante progressista e claramente pró-europeu. Esse partido é dirigido por uma mulher com uma forte personalidade, Sigrid Kaag. Sigrid trabalhou algum tempo para a ONU. Fez uma campanha eleitoral exemplar e os cidadãos votaram em grande número por ela.
Mark Rutte é um conservador muito influenciado pelo ascetismo protestante.
A extrema-direita é muito forte nos Países-Baixos. Ocuparão 28 lugares no Parlamento, enquanto o partido de Rutte terá 36.