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Vistas largas

Crescemos quando abrimos horizontes

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Crescemos quando abrimos horizontes

Ninguém telefona para Lisboa

Nos últimos dias, o Presidente americano passou algum tempo ao telefone. Teve uma longa conversa com Angela Merkel, para a convencer a aceitar o pacote de medidas de apoio à Grécia. Falou com o Presidente francês, este fim-de-semana, para que acelerasse o processo de aprovação do fundo de monetário de estabilização do euro. Esteve, ontem, em linha com Zapatero, para que não continuasse a haver dúvidas sobre a preocupação com que Washington vê a situação espanhola e o potencial destabilizador que representa. Felicitou David Cameron. Aproveitou para mencionar a importância que os americanos dão a uma contenção fiscal na Grã-Bretanha.

 

Depois de cada chamada, houve resultados concretos. A Alemanha decidiu alinhar-se com os outros, na ajuda urgente à Grécia, apesar dos custos eleitorais elevados para a coligação no poder, em Berlim. Sarkozy anulou a viagem a Moscovo, ficou a liderar a criação do fundo de emergência. Em Espanha, as medidas anunciadas, hoje, pelo governo respondem ao apelo de Barack Obama. A coligação em Londres está a enviar sinais positivos aos mercados, apesar de uma situação económica preocupante.

 

Duas lições a tirar de toda esta movimentação: os Estados Unidos compreendem a dimensão internacional da crise europeia; o impacto que pode ter sobre outras grandes economias; segunda conclusão, a voz de Obama pesa muito nas capitais da Europa.

 

E, Lisboa, no meio de tudo isto? Esta poderia ser a terceira lição.

Loucos 'a solta

 

Apareceram por aí uns loucos 'a solta a dizer que o povo, nesta altura de crise, de desemprego, de afundamento de Portugal, o que precisa e' de regionalização e de fazer adoptar legalmente o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Estas seriam, exclamam esses loucos bem desnorteados, as prioridades e as linhas de demarcação entre a esquerda e a direita.
 
Estamos numa situação bizarra, em que os loucos e' que estão a gerir o manicómio.
 

Portugal a perder

 

O mal-estar no sector da educação, que continua sem solução e a ser tratado de um modo conflituoso,  tem raízes profundas, interpela muitos governos, presentes e passados. São anos e anos de falta de firmeza e de linhas claras na área educativa. 
 
Tem, por outro lado,  um impacto incalculável a longo prazo na nossa capacidade de formar as novas gerações, de modo a que estejam preparados para competir num mundo em que o conhecimento e' o capital fundamental de um país. Vai continuar a contribuir para que nos deixemos ficar para trás. Como tem vindo a acontecer.
 
Perdemos todos. Sobretudo os mais novos.
 
 

 

Investigar, bem e depressa

 

A maioria dos Portugueses pensa que a investigação sobre o caso Freeport e' legítima, e não de inspiração política. Uma sondagem do jornal Publico, embora não sendo científica, mostra que mais de 70% dos que responderam assim pensam.

 

Por isso, continuar a insistir na música da cabala política não leva a parte alguma. E' argumento que não colhe, que já deu o que tinha a dar. O fundamental e' que a justiça responda a certos interrogações que precisam de ser esclarecidas, num caso que cheira intensamente a práticas corruptas. E que o faça sem demoras. Para o bem de todos, incluindo o da democracia em Portugal.

Portugal ao lado da Itália

 

Com o caso Freeport a ganhar, cada dia que passa, novos contornos, a cheirar a corrupção de alto nível, fica-se com a impressão que a política portuguesa esta' cada vez mais próxima da italiana. O senhor da Itália, Sílvio para as damas, esta' em vias de se sentir menos só, nas reuniões europeias. Podera' passar a ter um par. A não ser que as coisas se esclareçam sem demoras.

Um mini Freeport

 

 

Copyright V. Ângelo
 
 

 

Esta meia dúzia de metros quadrados e' um verdadeiro centro comercial. Funciona como farmácia, serve de central telefónica, permite transferir dinheiro, vender cupões. Parece Alcochete, pela variedade de negócios que permite.
 
Mas não foi construído em terrenos protegidos, não desrespeita as regras ambientais, nem há nenhuma suspeita de corrupção que envolva as grandes autoridades do Estado.
 
Só que não esta' implantado 'a beira-rio, nas margens do Tejo, mas sim nos confins de Bangui.
 
 
 

 

 

Prioridades e pobreza

 

Agora que as moções partidárias e os congressos com vista 'a preparação das eleições irrompem como cogumelos depois das chuvas, conviria notar que a prioridade política em Portugal tem que ser a luta contra a pobreza, sobretudo a pobreza nos meios urbanos e das famílias com crianças por educar. Muito especialmente neste ano de grande crise económica.
 
O resto e' conversa de políticos que não têm os pés assentes na terra, como infelizmente e' a norma em Portugal. Mais, muitos dos nossos dirigentes não compreendem, nem nunca souberam, o que e' ser pobre num país como o nosso. São da classe média provinciana, ou da grande burguesia, ou então vivem com a mentalidade de funcionário burocrático, que e' tão típica das nossas gentes. Estão, e estiveram sempre,  desligados das pessoas que sofrem para sobreviver o dia-a-dia.
 
Como não se pode resolver tudo ao mesmo tempo, a definição das prioridades devera' ser uma preocupação fundamental dos senhores que se dizem líderes.
 

Os debates políticos e as palhaçadas

Os debates sobre as opções políticas têm que ter lugar nas instituições que o sistema democrático criou, como por exemplo a Assembleia da República. Levar os debates para outras arenas, para a televisão, para os media, para a rua, são outras tantas maneiras de enfraquecer ainda mais o sistema democrático.

 

O desafio de Ferreira Leite para um debate público sobre a economia é mais um mau exemplo de ruído demagógico e vazio, um minar do sistema representativo, um atentado contra o reforço das instituições democráticas.

 

O que é necessário é sair das palhaçadas que os debates quinzenais com o senhor primeiro dos ministros se tornou e transformá-lo num exercício sério de confrontação política, de um modo construtivo. Actualmente, esses chamados debates são meras cenas de pugilato político, não para discutir opções, mas para ver quem esgrima melhor.

 

As lealdades institucionais

 

Esta fotografia reflecte o estado das relações entre as instituições de soberania portuguesas, após o grave episódio do estatuto dos Açores. Da' seguimento  'a  declaração, responsável e acima da média,  que o Presidente fez esta noite ao País. Esconde, algures, e sempre em parte incerta, a irresponsabilidade dos nossos dirigentes partidários.

 

 

Ilustra  também o estado da política em Portugal. São só ramos secos, a apontar para direcções perdidas.

 

 

 

Copyright V. Ângelo

 

 

 

 

O debate sem objectividade

 

O plano anticrise, divulgado pelo Governo no Sábado e discutido hoje na Assembleia da República, não e' muito nem pouco. E' um começo, e só a sua execução permitira' dizer se sim ou não. Contrariamente ao que foi dito pelas diferentes alas da Assembleia, o plano e' fundamental e deve entrar em vigor sem demoras. Veremos, em seguida, se o Governo o consegue implementar com eficiência e se haverá ajustamentos a fazer.

 

Não devera' ser apresentado como um plano de investimento, mas sim como uma intervenção, um conjunto de medidas, algumas de alcance mais longo, outras de curto prazo, uma resposta de urgência a uma situação de crise que se ira' aprofundar em 2009, incluindo um certo apoio ao emprego e a esquemas sociais temporários, que permitam a muitos portugueses navegar as 'aguas da crise sem se afundarem.

 

O aumento de capital da Caixa Geral de Depósitos não será talvez a medida mais oportuna nesta fase de crise do sistema bancário. Ao proceder 'a realização dessa medida, o Governo vai intervir no equilíbrio do sistema bancário português e dar um sinal a muitos de cidadãos que talvez seja melhor sair do banco onde se e' cliente e passar a conta para a CGD. Ou seja, poder-se-á assim fragilizar ainda mais certos bancos privados, que depois gritarão na praça pública que precisam da intervenção do Estado.

 

Finalmente, ficou por esclarecer a origem exacta dos fundos que vão ser aplicados no plano e o seu impacto a médio prazo sobre a dívida pública.

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