Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Vistas largas

Crescemos quando abrimos horizontes

Vistas largas

Crescemos quando abrimos horizontes

A TAP é uma bandeira esfarrapada

Um dos meus primos viaja frequentemente, cada mês, entre Lisboa e Madrid, por razões profissionais. Aprendeu, com a experiência, que a única opção que funciona bem em termos de horários, pontualidade, serviço, rapidez de embarque e desembarque é a que a easyJet oferece. Ir com a TAP é um desastre: anulações, atrasos, aviões em mau estado, tripulação indiferente, etc.

Por isso percebeu bem o que aconteceu à minha filha que há dois ou três dias voou com a TAP para Zurich: meia-hora de espera na placa em Lisboa em frente do avião, que estava fechado e não tinha tripulação à vista, atraso na partida, as três pessoas da família dispersas na Business Class – tinham pagado essa tarifa –, número insuficiente de refeições sem carne, e uma tripulação arrogante, como é frequentemente o caso na TAP. Mais, uma das casas de banho não estava operacional, algo que a manutenção da TAP sabia desde a véspera, quando o avião fizera a viagem do Funchal para Lisboa.

Se esta é uma companhia de bandeira, como há por aí quem o repita, temos uma bandeira esfarrapada.

 

 

A TAP tem que ser gerida como uma empresa

Sou dos que não vêem qualquer razão estratégica que justifique o financiamento público da TAP. Antes pelo contrário. A companhia aérea está inserida num mercado muito concorrencial e deve ser gerida de modo a poder competir comercialmente e a ganhar dinheiro. Tem aliás vários trunfos, nomeadamente no que respeita aos mercados africanos e brasileiro. A atribuição de subsídios provenientes do orçamento do Estado distorce a gestão racional da companhia e traduz-se numa carga fiscal adicional para os contribuintes portugueses. Nesta altura pré-eleitoral, um verdadeiro candidato reformista deveria pegar no assunto da TAP, sem receios, e propor um plano de desconexão. 

Isto vem a propósito de uma cena que aconteceu hoje no aeroporto de Lisboa e que deve ocorrer praticamente todos os dias, ao que sei.

Uma centena de passageiros não puderam embarcar no último momento, já em frente da porta de embarque. A razão tinha que ver com a papelada exigida nalguns destinos, quanto à Covid. Tendo sido impedidos de viajar, não tinham outra hipótese senão dirigir-se ao balcão comercial da TAP. Aí só estavam disponíveis dois funcionários, um número absolutamente insuficiente para poder responder com a celeridade exigida à centena de casos individuais. Nestas circunstâncias, muitos dos passageiros tiveram que esperar na fila 3, 4 ou mais horas, até ser atendidos. A quase totalidade das pessoas era estrangeira e não conseguia nem entender nem manipular o sítio internet da TAP, de modo a tentar adquirir um bilhete ou voos alternativos. O sítio é complicado para quem não esteja habituado e, mais ainda, para quem não tenha conhecimento da língua portuguesa.

A certa altura os passageiros, cansados, stressados e furiosos por causa da espera começaram a gritar. Um verdadeiro pandemónio, em plena zona de trânsito do aeroporto.  E pronto. Uma vez mais a imagem da TAP e de Portugal saíram mal na fotografia. Uma fotografia que é paga com o dinheiro de todos os portugueses.

 

Os voos que estão ao nosso alcance

Não conheço o plano de ajuda à TAP. Vejo, no entanto, que o sector da aviação é dos que conhecem um nível de competição mais elevado. Está, por outro lado, profundamente afetado pela crise da pandemia. Competição e pandemia são duas variáveis que são difíceis de projetar em direcção ao futuro, difíceis de prever. Qualquer investimento que venha a ser feito na TAP estará sempre cheio de incertezas. Eu não investiria dinheiro meu numa empresa de aviação, e muito menos numa empresa que tem uma cultura de funcionamento que não lhe tem permitido dar lucros desde há muito anos.

Também não me parece que no nosso caso, e com os poucos recursos que temos, se possa considerar a TAP uma empresa de interesse nacional estratégico. O tempo das empresas de bandeira já passou, para países como o nosso. Isso é válido no caso do Qatar ou dos Emirados, que têm dinheiro que sobra e uma grande necessidade de afirmação na cena internacional. Nós não estamos nessa situação. Não temos recursos para questões não-estratégicas e a nossa afirmação na cena internacional não passa pelas asas de uns aviões.

A Tap, recordista dos atrasos

David Neeleman, o grande accionista privado da TAP, dá hoje uma grande entrevista ao Expresso. Entre outras coisas, fala dos atrasos sistemáticos que são a marca da casa TAP. Amigos meus, que viajam frequentemente com essa companhia aérea, queixam-se repetidamente dos atrasos dos voos.

Existem razões internas à TAP que provocam essa indisciplina em termos de respeito pelos horários. Não é apenas uma questão do funcionamento melhor ou pior do aeroporto de Lisboa. É um problema de cultura interna da companhia, que precisa de ser resolvido. Neeleman fala do assunto mas não acrescenta nenhuma solução que esteja em vista.

A TAP à força

O Primeiro-Ministro de Portugal disse hoje em Bruxelas que a TAP volta para o controlo do Estado português, “com ou sem acordo”. Ou seja, à força, se for necessário.

Trata-se de uma mensagem clara. Para os esquerdistas da nossa terra, soará como música divina. Para os investidores, será mais um alerta.

Para mim, foi uma frase infeliz.

A TAP: um desafio enorme

No Brasil, a companhia aérea Azul funciona bem. É dinâmica, cumpre horários, tem uma excelente apresentação, cuida dos passageiros, sabe o que anda a fazer. Tive oportunidade de o confirmar, quando da minha última visita. Que seja o dono e gestor-mor dessa companhia, como hoje foi anunciado, quem ganha o concurso de privatização da TAP, em associação com um empresário português de sucesso, é uma notícia que não posso deixar passar despercebida.

A TAP está em risco de queda livre

Tinha uma viagem programada com a TAP para hoje à tarde. Porém, logo após o anúncio da longa greve de dez dias, pedi um voucher de reembolso e reservei o voo numa outra companhia.

Ainda tenho o regresso marcado para um voo da TAP, tendo em conta que essa etapa terá lugar já fora do período de greve. Depois, qualquer nova viagem com a transportadora nacional exigirá muita ponderação, muito cuidado na tomada de decisão. Não digo que deixarei de viajar com a TAP. Mas só o farei em reservas de última hora, quando haja um mínimo de certeza no que respeita à realização do voo e quando a diferença de preço e a conveniência de horário o justificarem.

Viajar com a TAP não é uma questão de patriotismo. É uma questão comercial e de pertinência dos horários. A ideia de companhias de bandeira já não existe. A TAP é uma companhia como qualquer outra. Deve ser medida por critérios de fiabilidade e de custos. Está inserida num sector extremamente competitivo, com margens de lucro cada vez mais apertadas. Por isso, tem que ter um comportamento que inspire confiança aos potenciais clientes. O que não é o caso com esta longa greve. E sem confiança não há futuro.

 

A TAP precisa de voltar ao bom senso

A decisão que os pilotos da TAP acabaram de tomar – dez dias de greve – é um erro de grandes proporções. Prejudica o futuro da companhia, que já está profundamente endividada, afasta potenciais investidores que ainda poderiam estar interessados na privatização da empresa, e tem um enorme impacto sobre o sector do turismo e do comércio a ele associado.

Espero que entretanto haja um regresso ao bom senso e que o anúncio de greve seja anulado.

As tretas da TAP

A TAP é uma companhia de aviação. Não é, por muito que os velhos e novos senhores e senhoras da opinião retrógrada que se publica em Portugal pensem o contrário, nem um pilar da soberania nacional nem representa um sector estratégico indispensável para a projeção do nosso país no mundo. Aliás, se projecta alguma coisa, é uma imagem de falência, de indisciplina, de deixar andar e de arrogância. Enquanto companhia de aviação tem que saber competir num mercado que é altamente competitivo. Tem que ter rotas, serviços, eficiência e preços que a distingam das suas rivais mais directas. Tem, muito especialmente, que inspirar confiança aos potenciais utilizadores. E precisa de ter contas sadias.

O resto são tretas.

Mala em falta

A minha mala resolveu ficar mais uns dias em Amesterdão. Há mais de 48 horas que estou sem notícias dela. Para quem viaja com frequência, está a tornar-se claro que certos aeroportos estão a rebentar pelas costuras. Amesterdão é um deles. Demasiado movimento, ambição a mais em relação aos meios disponíveis, querer ser uma placa giratória a todo o custo, em concorrência com outros aeroportos da mesma parte da Europa. Quando algo não corre como está previsto, é uma carga de trabalhos até voltar a pôr a coisa nos carris.

 

Já há três semanas, na minha ida para os Bálticos, a mesma mala resolvera ficar 24 horas mais em Gatwick…Apesar de quase duas horas em trânsito, o pessoal de Londres achou que não dava…

 

Felizmente que a minha próxima grande viagem será de carro.

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

<meta name=

My title page contents

Links

https://victorfreebird.blogspot.com

google35f5d0d6dcc935c4.html

  • Verify a site
  • vistas largas
  • Vistas Largas

www.duniamundo.com

  • Consultoria Victor Angelo

https://victorangeloviews.blogspot.com

@vangelofreebird

Arquivo

  1. 2024
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2023
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2022
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2021
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2020
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2019
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2018
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2017
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2016
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2015
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2014
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
  144. 2013
  145. J
  146. F
  147. M
  148. A
  149. M
  150. J
  151. J
  152. A
  153. S
  154. O
  155. N
  156. D
  157. 2012
  158. J
  159. F
  160. M
  161. A
  162. M
  163. J
  164. J
  165. A
  166. S
  167. O
  168. N
  169. D
  170. 2011
  171. J
  172. F
  173. M
  174. A
  175. M
  176. J
  177. J
  178. A
  179. S
  180. O
  181. N
  182. D
  183. 2010
  184. J
  185. F
  186. M
  187. A
  188. M
  189. J
  190. J
  191. A
  192. S
  193. O
  194. N
  195. D
  196. 2009
  197. J
  198. F
  199. M
  200. A
  201. M
  202. J
  203. J
  204. A
  205. S
  206. O
  207. N
  208. D
  209. 2008
  210. J
  211. F
  212. M
  213. A
  214. M
  215. J
  216. J
  217. A
  218. S
  219. O
  220. N
  221. D