A resolução dos conflitos internacionais passa pelos contactos directos entre as várias partes interessadas, pelo diálogo e pela compreensão dos interesses de cada lado. O meu texto da VISÃO on-line de hoje é dedicado a este tema.
Escrevo a partir de uma perspectiva mais ampla da vida e das questões do nosso tempo. Creio que é bom abrir horizontes, numa altura em que a política portuguesa está cada vez mais reduzida ao que não tem importância.
Foi um texto escrito num TGV, entre Paris e Londres. O bilhete em classe económica custou 174 Euros. Convém ter presente estes valores, para que se perceba o que significa ter alta velocidade que funcione. Será que o português médio pode gastar um montante semelhante num bilhete de comboio?
Convém sempre ouvir os economistas. Nenhum político pode ignorar a opinião dos economistas. Mas, em seguida, o verdadeiro líder tira as suas conclusões e decide. Com uma vista ampla, que certos projectos são para o longo prazo. Cabe ao político sair da visão normal das coisas e prever o que outros não conseguem antever.
Lembro-me de que os economistas haviam previsto, no início de Século XX, que por volta de 1950, as ruas de Londres deveriam ter cerca de dois metros de altura de esterco. Tal era a progressão, em 1900, das carruagens puxadas por cavalos.
É o problema das bestas.
Portugal precisa de continuar a sua modernização. Precisa de um novo aeroporto internacional que sirva a zona de Lisboa. Precisa de trens rápidos. Precisa de uma infra-estrutura informática generalizada. Tem que oferecer meios do Século XXI se quer ter uma economia virada para o futuro. Tem que ser um país que chame o investimento.
Ousar fazer é ousar vencer. Os tímidos afogam-se nas suas penas.