Enquanto cidadão da União Europeia e democrata, não posso ser neutral em relação ao regime de Vladimir Putin. Trata-se de uma ameaça real para a nossa segurança. A agressão contra a Ucrânia e as declarações de Putin, Lavrov e outros mostram a verdadeira natureza do regime. A repressão interna, contra o povo russo, também o mostra.
Nestas circunstâncias, não só não se pode ser neutral como é igualmente importante fazer tudo o que seja possível para enfraquecer Putin e os seus.
Quem no nosso país ou na nossa parte da Europa apoia ou tenta justificar o regime de Putin não entende o que está em jogo. Ou então, prefere alinhar-se, durante esta crise tão perigosa, com o inimigo. A isso chama-se traição.
O facto do Presidente Volodymyr Zelensky se ter dirigido ao povo português através de uma sessão solene na Assembleia da República honra a democracia portuguesa. E a nossa resposta foi clara: estamos com a Ucrânia e condenamos a agressão decidida pelo ditador Putin. Não pode, aliás, haver uma outra resposta, excepto para quem se alinha com as ditaduras e os criminosos de guerra. Houve um partido com uma expressão reduzida na AR que preferiu essa opção. Ao fazê-lo, mostrou não compreender onde estão os interesses nacionais vitais. Isso levou-o a tomar posição a favor do inimigo – Vladimir Putin. Numa situação de conflito como a que vivemos actualmente, que está a pôr em perigo as democracias europeias, esse posicionamento equivale a uma traição. E assim deve ser tratado.