Um Orçamento que traz preocupações
O orçamento geral do Estado é antes de tudo um documento essencialmente político. A política marca as projecções macroeconómicas e define as opções de despesas. Aqui, e em toda a parte. Por isso, quando a Comissão Europeia levanta objeções e faz perguntas sobre o projecto de orçamento, como agora acontece com Portugal, estamos no domínio da política. Não são questões técnicas. Sobretudo se as estimativas tiverem sido construídas sem bases sólidas e as despesas forem de natureza a derrapar.
Tentar minimizar as observações feitas por Bruxelas é lançar poeira para o ar. Sobretudo agora, que os técnicos da Assembleia da República, os da UTAO, vieram a público e disseram, por outras palavras, que temos um projecto de contas que é um bocado fantasista.
Enveredar de novo por essa via irresponsável seria um erro que ficaria caro.