"Davos 2024 decorreu esta semana. Como de costume, a reunião trouxe à estância de esqui suíça milhares de participantes, entre políticos, empresários, académicos, jornalistas, dirigentes de instituições multilaterais, ativistas da sociedade civil e lobistas. O presidente da Ucrânia esteve presente pela primeira vez, bem como o novo primeiro-ministro da China, Li Qiang, afilhado político de Xi Jinping. Ursula von der Leyen e António Guterres também voltaram a marcar presença. Por razões óbvias, os dirigentes russos não foram convidados desta vez."
Para ler o resto, por favor clicar no link acima mencionado, para ter acesso ao texto completo que hoje publico no Diário de Notícias.
Este é o link para a minha crónica de hoje, publicada no Diário de Notícias. A não comparência do líder chinês parece mostrar que já entrámos na nova ordem política internacional.
Cito de seguida umas linhas do meu texto:
"Os dirigentes indianos varrem para debaixo do tapete essa ausência. Ao reagir assim e ao sublinhar que o primeiro-ministro chinês Li Qiang estará presente, estão a proceder da maneira que é diplomaticamente apropriada. Mas isso não esconde certas evidências fundamentais. As disputas fronteiriças e a concorrência geoestratégica entre ambos os países. As críticas de Beijing à aproximação cada vez maior entre Nova Delhi e Washington. E o facto de não haver acordo sobre o texto do comunicado final da reunião, no que respeita à agressão injustificada e sem-fim da Rússia contra a Ucrânia. A China não quer entrar nessa discussão, apesar de pretender ser o líder da nova ordem internacional. Ora, liderar é ser capaz de mostrar o caminho do futuro e não cair na prática que tem sido tão habitual na cena internacional, a dos dois pesos e das duas medidas."
A minha entrevista desta manhã, no noticiário das 09:00 horas da RTP 3. A comentar a intervenção de Lavrov, que foi entrevistado ontem à noite pelo correspondente da RTP em Moscovo
Este é o link para a minha entrevista de hoje, domingo, no noticiário das 18:00 da CNN. Haveria muito mais para dizer sobre a ONU, agora que o Mali pediu a retirada sem demoras da enorme missão das Nações Unidas que está no país há uma dezena de anos. Esta posição precisa de ser analisada com muita atenção, a partir de vários ângulos: a ONU e o desempenho das suas missões de paz, a leitura feita por Guterres sobre a maneira de gerir essas missões, o papel do grupo Wagner, e também da França, os critérios utilizados na escolha dos líderes da missão, nos principais níveis de autoridade de uma missão gigantesca, a presença militar de países vizinhos do Mali, o desempenho das forças armadas do Mali, etc, etc.
Este é o link para o meu texto de hoje no Diário de Notícias.
"Mas a realidade tem muita força. Enquanto se continuar a produzir 102 milhões de barris de petróleo por dia e a determinar o seu valor em dólares americanos, será muito difícil combater a dominância da moeda dos EUA. Mesmo tendo em conta o impacto mundial, bastante negativo, das lutas políticas entre Republicanos e Democratas sobre a gestão da sua dívida pública, como agora acontece. Mas é no nosso interesse, neste lado do oceano, dar a prioridade ao reforço internacional do euro. Esta é a mensagem que me parece mais apropriada na altura em que se comemora o vigésimo quinto aniversário do estabelecimento do Banco Central Europeu."
Link para a minha entrevista ao extraordinário jornalista e homem de rádio que é Ricardo Alexandre, na TSF, no seu programa semanal O Estado do Sítio. A partir do minuto 21:20.
Vivemos num país de títulos, sobretudo de títulos académicos, diplomáticos ou militares. A esses, juntam-se uns comendadores, que são normalmente gente que subiu a escala social vindos do degrau mais baixo, mas à força de muito trabalho, punhos fortes e boa fortuna.
Criámos uma sociedade onde o título conta mais do que o valor, a capacidade e a experiência das pessoas. É, igualmente, uma sociedade provinciana, que não entende o que significam os sucessos obtidos nos círculos globais.
Vem isto a propósito de uma questão que me endereçaram hoje. Tinham a minha participação prevista para uma actividade a que davam muita importância, uma actividade cheia de titulados, mas não sabiam que designação colocar à frente do meu nome.
Não quis complicar-lhes a compreensão e sugeri um título que me pareceu claro: Vice-campeão do jogo do berlinde no Largo de S. Mamede em Évora. O único problema que fez esta honraria ir por água abaixo foi que essa glória se refere aos anos sessenta do século passado. Se fosse adoptado, eu entraria no grémio dos Excelentíssimos Dinossauros. Ora, segundo parece, esse grémio está com todas as quotas preenchidas, não tem vagas disponíveis, para além de ter uma longa lista de espera.