Novos apontamentos sobre a crise migratória
Imigração e refugiados
Cimeira da Áustria sobre o corredor dos Balcãs 23/2; Países do Visegrado não foram convidados, nem a CE, nem a Alemanha e a Grécia. O governo austríaco tem medo das próximas eleições gerais. Estabeleceu um regime de quotas que limita de modo drástico o número de refugiados.
Cimeira com a Turquia: 07/3. Viktor Orban é contra o acordo
Calais: o campo está a ser demolido. Impacto sobre a Bélgica
A imigração para o Reino Unido em 2015: resultado líquido de 320 000 novos imigrantes
Sem solidariedade europeia não haverá solução comum. Sem solução comum não há solução. Ora, a verdade é que cada vez há menos solidariedade.
Não se pode falar em “desorientação”, não há desnorteamento. Vários países dão uma resposta nacional e não acreditam pura e simplesmente numa solução comunitária, europeia. É visto como um problema nacional, com fortes implicações eleitorais.
Para muitos, ou se tomam medidas limitadoras ou então a extrema-direita ganha o poder. Será assim?
Noutras épocas históricas uma situação tão grave como esta já teria levado a confrontações armadas entre os países europeus, entre estados vizinhos.
Schengen tem agora 20 anos de aplicação. Esta é a sua maior crise existencial
Que respostas são possíveis? Têm que ser várias e combinadas:
Mudar a narrativa e torná-la mais positiva, incluindo na narrativa respostas aos receios colectivos?
Suspender Schengen por dois anos? Não
Estabelecer os hotspots na Grécia? Ou noutro país?
Cooperar com a Turquia?
Criar uma Agência Europeia de Fronteiras e de Guarda-Marinha?
Responder às questões de segurança e de luta contra o terrorismo de modo conjugado?
Criar um mini-Schengen?
Sanções contra os Estados que não cooperam? Cortar parte dos subsídios? Será possível?