Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Vistas largas

Crescemos quando abrimos horizontes

Vistas largas

Crescemos quando abrimos horizontes

Responder a quem tem a amabilidade de comentar

Queria confirmar que leio todos os comentários que me fazem. Não tenho respondido por questões de perícia. O Sapo mudou o sistema de resposta e ainda não consegui encaixar com ele. Mas os comentários são apreciados. E devo dizer que não tenho sido alvo de ataques parvos ou mal-educados. São muitos os que se queixam da violência verbal nas redes sociais. Ela existe, é um facto. Aqui, não tem aparecido. Também é verdade que promovo “vistas largas”. Acredito que a diversidade de opiniões e a tolerância pelas ideias dos outros são dois pilares importantes da prática democrática. Lutar por eles, segui-los, tudo isso faz parte do combate por uma sociedade mais evoluída e pela exclusão de todos os pequenos ditadores que por aí andam.

Obrigado.

Notas para uma agenda europeia

A agenda do próximo Presidente da Comissão Europeia deveria dar uma importância maior às questões do meio ambiente e do clima, da paz e da segurança nas diferentes vizinhanças da UE, bem como ao desenvolvimento económico e social dos Estados membros e à segurança dos cidadãos.

Isso passaria por um esforço mais intenso, quer internamente quer no exterior, na aplicação do acordo de Paris sobre o clima. Também significaria um aprofundamento da diplomacia comum. Igualmente, tratar-se-ia de conseguir chegar a mercado único, no espaço europeu, em matérias de telecomunicações, banca e transportes, incluindo a ferrovia. E, finalmente, a prossecução passo a passo de um programa de defesa e de segurança.

Tratar-se-ia de uma agenda ambiciosa, mas realista e suficientemente clara. Mostrar-se-ia, assim, aos cidadãos europeus o que significa uma União Europeia. A qual, a título simbólico, porém altamente significativo, deveria pôr em cima da mesa a possibilidade de um passaporte único, que reconhecesse as várias nações, mas que investiria na criação de uma cidadania comum e partilhada.

 

De volta

Depois de uma longa viagem pela Austrália, mais umas visitas a Singapura, Hong Kong e Macau, estou de volta. Nesta nova etapa, o blog vai falar mais do exterior e menos de Portugal. Já existe muita gente a falar de Portugal. Mas as vistas continuam estreitas, como se não houvesse mundo para além das fronteiras. Ora, o valor que posso acrescentar é o de contar outras experiências, que nos ajudem a olhar para nós próprios com uma visão mais ampla daquilo que somos e do que poderíamos ambicionar. O conhecimento e a comparação são as raízes que dão vida à ambição.

Aos tiros no deserto

A Sapo teve a gentileza de colocar o meu texto de ontem (“Política para gente inteligente”) na primeira página do seu site, como um artigo relevante de opinião. Foi uma boa surpresa.

 

No seguimento, muitos visitaram, ao longo do dia, o “Vistas Largas”. O que me deu alento, devo confessar. É que isto de escrever um texto todos os dias tem o seu custo, que é agravado pelo facto de muitas vezes me interrogar sobre a utilidade de tal esforço.

 

Quem escreve, como eu, sem estar ligado a um partido político, a um lóbi, a uma loja, a um grupo de loucos enraivecidos, ou de oportunistas, tem poucas chances de ser lido e de ter qualquer tipo de influência. É-se um mero pistoleiro no deserto, aos tiros contra os cactos que povoam o horizonte. 

Os criativos da política

Alguém me dizia ontem, pessoa bem introduzida no pequeno viveiro de boatos, conspirações, intrigas e trapaças que é a política nos becos de Lisboa, que ouvira sussurrar que...e continuou por aí fora. Claro que nada tinha fundamento, sabia eu, pois estava dentro do assunto. Mas a coisa era dita com tal convicção, as fontes seriam, se bem entendi, de tal modo impecáveis, que a minha refutação da atoarda é que poderia parecer sem fundamento. 

 

Achei curioso. 

 

E volto, hoje, a desaparecer daqui. A minha vida é outra. Que felicidade não ter que me ocupar da jardinagem do pântano nem das algas que o emaranham. Mas que dá para pensar, dá... 

Os aliados e os outros

No seguimento do meu texto de ontem e dos comentários que suscitou, uma das questões que precisa de ser discutida parece ser a seguinte: quem são os principais países aliados do nosso país?

 

Portugal tem que contar com a cooperação e a convergência de interesses de países amigos, que partilhem os mesmos valores, os mesmos interesses e a mesma visão do futuro. Quais são esses países?

 

Nenhum povo, nesta era de interdependências, pode aspirar a viver isolado.

 

A questão subsidiária é como proteger os nossos interesses, numa comunidade de países similares e amigos? Cabe a nós, como é evidente, proteger o que nos parece ser do nosso interesse. E, ao mesmo tempo, entender o que deve ser partilhado e posto numa plataforma comum de ambições.

 

E, do outro lado da medalha, quem são os países que mais poderão ameaçar os nossos interesses e o nosso futuro?

 

Por que será que o debate público não abarca este tipo de questões? 

Perspectivas

Numa longa discussão, ao fim do dia, com dois filantropos americanos, homens visionários que estão empenhados na promoção de fontes alternativas de energia que façam mover os nossos carros, saindo por isso da total dependência que hoje existe em relação aos produtos petrolíferos, um deles definiu o automóvel moderno como um computador com rodas.

 

Achei que era uma descrição interessante. Mais. Com o avanço diário dos sistemas de software, amanhã teremos carros ainda mais “inteligentes”, talvez mesmo capazes de corrigir muitos dos erros humanos de condução. Só que isso talvez não interesse à indústria automóvel, que sem acidentes não se vendem novos carros...

 

Mas a questão fundamental tem que ver com a produção industrial de carros que funcionem com combustíveis alternativos, incluindo com gás liquefeito, que é uma fonte de energia mais económica, mais amiga do ambiente e abundante em várias partes do mundo.  Uma fonte de energia que não é apenas controlada por meia dúzia de estados instáveis...E que não implica a utilização generalizada de terras agrícolas, como acontece no caso dos biocarburantes, que roubam terras aráveis à cultura de alimentos...

 

Na verdade, as tecnologias necessárias para a utilização de outras fontes de energia já são conhecidas. Não entram, no entanto, nos mercados de modo definitivo, por causa do poder dos lóbis do petróleo. 

 

 

O problema é nosso

Continua-se a discutir se o governo deve ser demitido ou não, como o faz Mário Soares no Público de hoje, se há alternativas para o Orçamento Geral do Estado de 2013, mas ninguém toca na questão fundamental: por que razão não há economia suficiente em Portugal? Por que nao se investe mais em Portugal? 

 

A verdade é que temos estado em défice económico há décadas. É isso que me preocupa. Não produzimos o suficiente para manter o nosso nível de ambições e poder ser um Estado moderno dentro da UE. Há aqui uma dimensão profundamente estrutural que tem que ser encarada de frente. 

 

Reconheço que há sectores que funcionam bem. Basta passar umas horas, como costumo fazer, na estrada que vai de Vilar Formoso para a fronteira francesa, para ver centenas de camiões portugueses a caminho do resto da Europa, com mercadorias nossas, produzidas em Portugal. Mas não chega. É preciso investir mais, produzir mais, estar presente nos sectores de ponta, atento à procura interna e externa, empreender e criar. E aproveitar melhor os recursos que temos. A título de exemplo, no que respeita ao desperdício dos nossos recursos, percorrer hoje a A23, a caminho da fronteira, é ver terras abandonadas, quando esse não era o caso há alguns anos atrás. É apenas um exemplo. 

O corte de cabelo

Conheci hoje o ministro da Defesa da Letónia, Dr. Artis Pabriks. Tem uma excelente apresentação, o cabelo bem cortado, aspecto limpo, um ar sorridente e fala um inglês impecável. Dá a impressão de ter vistas largas. A verdade é que diz coisas que fazem sentido. Sem arrogância nem sobranceria gratuita. 

 

Tentei não o comparar com outro ministro da defesa que conheço, mas era impossível não o fazer. Atis ganhou por muitos pontos de vantagem. 

A fronteira do Guadiana

Assim começa o meu texto desta semana na revista Visão:

 

"Estive recentemente em Juromenha, na fronteira do Alentejo com a Estremadura espanhola. No limite do concelho do Alandroal, na margem direita do Guadiana, Juromenha foi praça-forte na história de Portugal. Hoje, o castelo está em ruínas e aberto aos vândalos. Mas continua a oferecer horizontes amplos. Do nosso lado, temos campos secos, entregues ao desleixo. É um Alentejo meio abandonado, parado no tempo, com uma economia rudimentar, propriedades que nalguns casos são meros recreios de gente rica da capital. Do lado de Espanha, o contraste não pode ser maior. Quando a vista atravessa o rio, regalamos os olhos com uma agricultura moderna, terras ricas, bem tratadas, que constituem a planície de Olivença. E que nos lembram que a Espanha se transformou, nos últimos anos, na horta e no pomar da Europa, com a qual mantém uma balança comercial positiva. As exportações espanholas representam 50% do PIB nacional e o seu crescimento acelerado revela o dinamismo de certos sectores da economia vizinha."

 

Infelizmente, por razoes que me escapam, o texto on-line ainda não está disponível. 

 

Mas pareceu-me importante partilhar este parágrafo aqui. Olhar para a esquerda e para a direita do Guadiana faz pensar.

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

<meta name=

My title page contents

Links

https://victorfreebird.blogspot.com

google35f5d0d6dcc935c4.html

  • Verify a site
  • vistas largas
  • Vistas Largas

www.duniamundo.com

  • Consultoria Victor Angelo

https://victorangeloviews.blogspot.com

@vangelofreebird

Arquivo

  1. 2024
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2023
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2022
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2021
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2020
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2019
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2018
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2017
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2016
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2015
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2014
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
  144. 2013
  145. J
  146. F
  147. M
  148. A
  149. M
  150. J
  151. J
  152. A
  153. S
  154. O
  155. N
  156. D
  157. 2012
  158. J
  159. F
  160. M
  161. A
  162. M
  163. J
  164. J
  165. A
  166. S
  167. O
  168. N
  169. D
  170. 2011
  171. J
  172. F
  173. M
  174. A
  175. M
  176. J
  177. J
  178. A
  179. S
  180. O
  181. N
  182. D
  183. 2010
  184. J
  185. F
  186. M
  187. A
  188. M
  189. J
  190. J
  191. A
  192. S
  193. O
  194. N
  195. D
  196. 2009
  197. J
  198. F
  199. M
  200. A
  201. M
  202. J
  203. J
  204. A
  205. S
  206. O
  207. N
  208. D
  209. 2008
  210. J
  211. F
  212. M
  213. A
  214. M
  215. J
  216. J
  217. A
  218. S
  219. O
  220. N
  221. D