Ucrânia: possíveis passos seguintes
Depois do desfile militar em Moscovo de 9 de Maio, e do que ele pareceu revelar, em termos da situação política interna na Rússia e das hesitações e divisões que poderão existir no interior da classe dirigente do país, chegou o momento de agir com muita inteligência, muita firmeza e pouco ruído. As únicas mensagens que devem ser audíveis são as seguintes: é possível negociar uma retirada pacífica e ordenada das forças russas dos territórios que ocuparam na Ucrânia; os mais altos responsáveis pela agressão devem responder pelos seus actos perante um tribunal internacional; a Ucrânia tem direito a reparações de guerra e à ajuda necessária para a reconstrução do que foi destruído, na base de um plano internacional financiado em boa parte pela Rússia mas também por outras contribuições voluntárias; a NATO e a Rússia estão disponíveis para rever as modalidades da sua cooperação e os princípios da nova era de segurança na Europa; se o processo descrito acima não for aceite por Moscovo, a contra-ofensiva ucraniana será levada a cabo, com a ajuda dos seus aliados e com base no princípio da legítima defesa perante uma agressão exterior.