Ultrapassar a violência política
No meu texto no Diário de Notícias de hoje, procuro reflectir sobre os grandes temas das campanhas dos dois candidatos bem como sobre o futuro do relacionamento da União Europeia com os Estados Unidos. Esta segunda parte de o meu texto será certamente uma tema de grande actualidade nos tempos mais próximos. É um debate que precisará de ser aprofundado. O que hoje publico é apenas uma abertura da discussão. É uma posição voluntarista, virada para aquilo que penso dever ser o caminho que a UE deverá procurar seguir. Mais do que uma análise, é uma proposta de agenda.
Entretanto, uma lição sobre a qual convirá igualmente reflectir diz respeito à enorme radicalização da vida política americana. As posições dos dois campos não são apenas diferentes. Para muitos, de um lado e do outro, são tomadas de posição marcadamente hostis. Esse parece ser um dos legados de Donald Trump, a radicalização da sociedade, da opinião pública americana.
O contrário, um certo desanuviamento, poderá ser a imagem de marca de Joe Biden. Será que o conseguirá? Espero que sim. Entretanto, o meu conselho seria o de tentar prosseguir essa via da reconciliação da sociedade americana. Uma sociedade desenvolvida precisa de ser um exemplo de respeito pelas divergências políticas.