Um Estado caro, ineficiente e predador
Temos uma administração pública pesada e uma governação pouco eficiente. Tudo isso tem custos enormes. E em vez de se procurar fazer crescer a economia, carrega-se na imposição dos rendimentos das famílias. Temos níveis de imposição altíssimos, que depois não são correspondidos nem pela qualidade dos serviços que a administração deveria prestar nem pela cobertura que os serviços sociais e de saúde deveriam ter. A má governação e a falta de incentivo no que respeita ao crescimento dos sectores privados da economia empobrecem as famílias portuguesas. A alternativa política deveria ir no sentido oposto. E ser clara quanto ao papel dos diferentes actores económicos, do Estado ao pequeno e médio empresário, passando, claro, pela remuneração apropriada do trabalho.
É preciso insistir igualmente no desenvolvimento de uma economia de ponta, de qualidade e do conhecimento. Por exemplo, turismo, sim, mas não de massas e de poder de compra modestos. Aí, como no resto, há que transformar o sector num sector sofisticado.