Um guarda-chuva fora de casa
A minha neta, ontem ao fim do dia, teceu uma série de elogios ao guarda-chuva que utilizei para a levar da minha casa ao carro da sua mãe. Estava um tempo de trovoadas. Na exacta altura da sua partida, começou de novo a chover, e lá fui de guarda-chuva em punho. E é verdade que o dito é bonito, com várias cores, e caro, uma noção que a miúda ainda não entende.
Depois, deixei o guarda-chuva à porta de casa, do lado da rua, para deixar escorrer a água, antes de o colocar no bengaleiro.
Claro que me esqueci de o recolher. Passou a noite no exterior.
Hoje de manhã ainda lá estava. Devo dizer que esperava que tivesse encontrado outro dono, durante as horas escuras da noite. Há sempre quem ande por aqui a rondar.
Ainda bem que assim não aconteceu. A neta vai poder continuar a ficar maravilhada perante as cores do meu guarda-chuva.