Um Seguro a dar à costa
Em Portugal, o Partido Socialista sai enfraquecido das eleições europeias, apesar de ter sido o mais votado. A vitória é de facto por uma diferença demasiado pequena.
E agora, com o anúncio público feito por António Costa, sem ter avisado previamente o Secretário-geral do seu partido, o que mostra a natureza do homem político que ele é, de que estaria pronto para ser o novo líder dos socialistas, abre-se uma crise profunda.
Mas a vida política é assim. Não há amizades, não há delicadezas, só há interesses.
Seguro tem, por muito que não queira acreditar, os dias contados. Refugiar-se nos estatutos não é solução. Precisa, rapidamente, de convencer os principais barões do seu partido que ainda tem algo para oferecer.
Ora, depois dos resultados de domingo e das facas que os seus opositores estão a desembainhar, depois de terem passado meses a afiá-las, do golpe mortal que Mário Soares lhe deu hoje no seu texto semanal de fel e raiva, pouco resta a Seguro.